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Comportamento de pastejo do Capim Massai é comparado ao Tanzânia e Mombaça

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/08/2000

3 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 20/10/2022

Marco Antonio Alvares Balsalobre

O estudo do comportamento de pastejo, além de ser utilizado como método alternativo para estimar o consumo de forragem pelos animais, auxilia no entendimento de como os animais ajustam este comportamento em função das variações observadas no pasto e no meio ambiente.

O consumo de matéria seca (CMS) por um animal é função do tamanho de cada bocado (TB), da taxa de bocado (TX) e do tempo de pastejo (TP). A equação; CMS = TB x TX x TP, é que estimará o consumo de matéria seca de animais sob pastejo.

A dificuldade que o animal apresenta em apreender a forragem, a profundidade de cada bocado, a área de cada bocado, a densidade da forragem (kg de MS/ha.cm), bem como as condições ambientais são variáveis que alteram o TB a TX e o TP.

O capim Massai (forragem à ser lançada pela Embrapa em janeiro de 2001) foi comparado com o Tanzânia e com o Mombaça em relação ao comportamento de pastejo de animais fistulados no esôfago. As amostragens foram realizadas entre setembro e março, o sistema de pastejo utilizado foi o rotacionado com período de descanso de 36 dias e 7 dias de ocupação, o resíduo pós-pastejo foi de 2,0 à 2,5 t/ha.

O consumo de matéria seca foi maior no período de novembro em relação às medidas realizadas em setembro e março. No início da estação chuvosa (setembro e novembro) o capim Massai apresentou menor potencial de consumo em relação às outras plantas, porém com diferença significativa apenas para o Mombaça. Já no período de março, o menor consumo foi observado para o Tanzânia (Tabela 1).

Tabela 1- Consumo de matéria seca (CMS) para o Tanzânia, Mombaça e Massai relativo ao maior consumo (Mombaça de novembro).

 

Tabela 1


O TP (tempo de pastejo) e a TX (taxa de bocado) não foram capazes de explicar os diferentes CMS pelos animais: a TX teve uma variação de 28 a 40 bocados/min, enquanto que o TP foi próximo de 600 min/dia. Isso provoca um número de bocados por dia de aproximadamente 20.000.

O TB (tamanho do bocado) foi considerado como o principal componente do consumo, pois as variações de CMS acompanharam as variações de TB (Tabela 2). A TX o TP são variáveis que podem compensar as condições desfavoráveis para um bom consumo. Isso significa, por exemplo, que tamanhos de bocado pequenos provocam tempos de pastejo maiores e taxas de bocados maiores.

Tabela 2- Tamanho de bocado avaliado para três forragens; Tanzânia, Mombaça e Massai, em três épocas diferentes; setembro, novembro e março.

 

Tabela 2



Os maiores TB foram para o capim Mombaça. No período de novembro todas as plantas apresentaram maiores TB comparativamente aos outros períodos avaliados. Os maiores TB associados aos maiores CMS, no período de novembro, podem ser explicados pela melhor qualidade nutricional e maior relação folha/haste nesse período.

Os menores CMS para o capim Massai podem ser explicados pelos menores TB para essa forragem, além do que, essa planta foi a que apresentou os maiores proporções de FDN, FDA e lignina e menores teores de proteína e digestibilidade em relação ao Tanzânia e ao Mombaça.

Comentário MilkPoint: O capim Massai se caracteriza como uma planta de qualidade inferior ao Mombaça e ao Tanzânia, pois apresenta pior qualidade nutritiva e menor potencial de consumo. Nesse trabalho, o potencial de consumo esteve mais relacionado ao tamanho de cada bocado do que à taxa de bocados e ao tempo de pastejo. Porém, deve ser ressaltado que o número de bocados diários esteve abaixo do potencial de 36.000 bocados, o que significa que essas plantas podem apresentar uma dificuldade de apreensão pelos animais e, desse modo, limitar o consumo, não apenas pelo tamanho de bocado mas também pela taxa de bocado.

Brâncio, P. A.; Euclides, V. P. B.; Nascimento Jr., D. do; Regazzi, a. J.; Almeida, R. G. de; Fonseca, D. M. de. Avaliação de três cultivares de Panicum maximum Jacq. sob pastejo. 6- Estimativa de consumo pelo método do comportamento animal. XXXVII Reunião Anual da SBZ, 24 a 27 de julho de 2000 - Viçosa-MG.

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DAVI

ALTA FLORESTA - MATO GROSSO - PESQUISA/ENSINO

EM 07/05/2014

Poderiam me dizer se ha algum problema em fazer a silagem do milho consorciado com capim massai este em fase de pendoamento (sementando), pra gado leiteiro? Se o risco de causar morte nos animais so acontecem em aquinos, nessa fase do massai?

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