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Penn State: a evolução do conjunto de peneiras

POR DANIEL AUGUSTO BARRETA

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/09/2018

3 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 21/12/2020

Penn State é um conjunto de peneiras utilizado no campo para adequar os teores de fibra da dieta de vacas leiteiras.

A porção de fibras do alimento é tão importante para vacas leiteiras quanto as demais frações (energia, proteína). Atender os requisitos mínimos de fibra fisicamente efetiva (FDNfe) em uma dieta é a garantia de salivação, ruminação e manutenção dos valores de pH ruminal acima de 6,0.

No entanto o desafio de conciliar a quantidade de FDNfe para garantir a saúde ruminal, porém sem afetar a ingestão de matéria seca, é um desafio que acompanha os nutricionistas há bastante tempo, principalmente para vacas leiteiras de alta produção.

De maneira geral, a efetividade física dos alimentos está relacionada a dimensão de suas partículas, haja vista que o tamanho médio das partículas é o principal fator que controla a taxa de passagem do rúmen, ingestão e digestibilidade do alimento (WELCH, 1986). Neste sentido, o conjunto de peneiras comumente chamado no campo de Penn State é uma ferramenta imprescindível para adequar os teores de fibra da dieta de vacas leiteiras.

Como a ferramenta se popularizou muito rápido desde sua materialização (LAMERS et al., 1996), é possível encontrar à campo vários modelos de peneiras. O primeiro modelo contava com apenas duas peneiras, com orifícios de 19,0 e 8,0 mm, seguidos de um fundo. 

Mais tarde, em 2003 o modelo foi adaptado por Kononoff e colaboradores, com a inclusão de uma terceira peneira, com orifícios de 1,18 mm de diâmetro. Esta mudança serviu para reter partículas pequenas, mas que também contribuiriam para a manutenção do pH ruminal. Este modelo foi amplamente disseminado por cerca de dez anos.

Contudo, alguns pesquisadores começaram a perceber que muitas partículas de alimento nas fezes de vacas leiteiras possuíam comprimento de até 4 mm, ou seja, concluíram que partículas maiores que 1,18 mm poderiam passar ilesas pelo rúmen.

Assim, a segunda e última mudança (que dura até o momento) das peneiras “Penn State” foi a substituição da peneira de 1,18 mm por uma peneira maior, com orifícios de 4,0 mm, capazes de reter partículas da dieta que efetivamente contribuem para a ruminação do animal (HEINRICHS & JONES, 2013).

Além da recomendação de uso da peneira mais atual, outros cuidados devem ser tomados na execução da técnica, como: deslizar o equipamento em uma superfície lisa, com comprimento de curso de 17 cm, e velocidade de 1,1 ciclos (vai e vem) por segundo. A execução completa consiste em 40 ciclos, ou seja, cinco vezes cada lado em dois giros completos.

Ter ciência de que existem pelo menos três modelos das peneiras “Penn State” é algo importante para produtores e técnicos da área, pois recomendações de distribuição tidas como corretas para os primeiros modelos não condizem perfeitamente com o modelo atual.

Dentro deste escopo, ao se utilizar a versão mais recente e atendendo aos requisitos de manuseio, a distribuição recomendada das partículas pode ser norteada pelos valores do Quadro 1.

Quadro 1. Valores recomendados de distribuição das partículas para silagem de milho, pré-secado e dieta total misturada.

A evolução do conjunto de peneiras chamado Penn State Particle Size Separator

Ainda, é importante salientar que estes valores podem ser tomados como auxiliares na tomada de decisão, e um ajuste mais preciso da dieta só poderá ser feito ao se considerar outros aspectos como estágio de lactação das vacas, presença de animais dominantes, efetividade da mistura de dieta, entre outros.

Autores do artigo:

Daniel Augusto Barretta e Beatriz Danieli, Zootecnistas. Mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC Oeste).

Ana Luiza Bachmann Schogor, Zootecnista. Professora do Departamento de Zootecnia da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC Oeste).

Referências bibliográficas:

LAMMERS BP et al. 1996. A Simple Method for the Analysis of Particle Sizes of Forage and Total Mixed Rations. Journal Dairy Science 79: 922-928.

HEINRICHS J & JONES CM. 2013. The Penn State Particle Separator. DSE 2013– 186. Disponível em: https://extension.psu.edu/penn-state-particle-separator. Acesso em: 28 de maio de 2018.

WELCH JG. 1986. Physical Parameters of Fiber Affecting Passage from the Rumen. Journal of Dairy Science 69: 2750-2754.

DANIEL AUGUSTO BARRETA

Zootecnista, Núcleo de Pesquisa em Pastagem - UDESC/CAV

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