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Descarte de Vacas

POR RICARDA MARIA DOS SANTOS

E JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

JOSÉ LUIZ M.VASCONCELOS E RICARDA MARIA DOS SANTOS

EM 01/09/2006

2 MIN DE LEITURA

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Definição: índice que aponta as vacas removidas do rebanho devido ao desempenho inadequado.

Como calcular: Dividir o número de vacas retiradas do rebanho num período pelo número médio de vacas do rebanho (vacas lactantes e vacas não-lactantes) no mesmo período e multiplicar por 100.

Taxa de descarte voluntário: a vaca é descartada por uma decisão de manejo, baseada na produção de leite, tipo, temperamento, entre outras características.

Taxa de descarte involuntário: a vaca é descartada por apresentar algum problema (morte, mastite, casco, falha reprodutiva, e outras doenças).

A maioria das vacas de leite é descartada involuntariamente devido às falhas reprodutivas ou doenças, principalmente mastite e problema de casco. A taxa de descarte involuntário deve ser a menor possível para que haja chances do rebanho crescer ou seja criada chances de descarte voluntário mais intensivo, permitindo uma seleção do rebanho.

Estudos indicam que os produtores de leite consideram muitos fatores, incluindo doenças, produção, gestação, ordem de lactação e estágio da lactação, antes de decidirem se a vacas será descartada e quando. As falhas reprodutivas são umas das causas mais citadas pelos produtores do descarte involuntário, por exemplo, vacas vazias têm 7,5 vezes mais chances de serem descartadas do que vacas gestantes. Comparado com as outras causas do descarte involuntário, as falhas reprodutivas merecem atenção especial, pois a eficiência reprodutiva determina a duração da lactação (em vacas com alta persistência de lactação).

As vacas leiteiras passam por um grande risco de desenvolverem doenças e serem descartadas no período peri-parto e durante a lactação. O efeito de sete doenças na taxa de descarte foi estudado em 7.523 vacas Holandesas no Estado de Nova Yorque, EUA (GROHN et al., 1998), apontando as seguintes freqüências de descarte após cada uma das ocorrências:

Febre do leite = 0,9% de descarte
Retenção de placenta = 9,5% de descarte
Deslocamento de abomaso = 5,3% de descarte
Cetose = 5,0% de descarte
Metrite = 4,2% de descarte
Cisto ovariano = 10,6% de descarte
Mastite =14,5% de descarte

Certas doenças reprodutivas ou desordens atrasam a primeira inseminação e a concepção, aumentando o risco da vaca ser descartada. Vacas com retenção de placenta, metrite, e cisto ovariano têm menor taxa de concepção do que as vacas sem essas desordens reprodutivas (EICKER et al., 1996). Toda vaca descartada com mais de 150 dias pós-parto vazia deveria ser considerada com descarte involuntário por falha reprodutiva. A ocorrência de distocia e metrite aumenta o risco de descarte no momento que elas ocorrem e no final da lactação, pois condição gestante ou não é um dos fatores que mais afetam a decisão de descarte involuntário.

O objetivo do manejo de uma fazenda leiteria deve ser reduzir a taxa de descarte involuntário e aumentar a longevidade das vacas. Como?

Mantendo as vacas saudáveis.
Reduzindo os distúrbios peri-parto.
Fazendo as vacas ficarem gestantes o mais rápido possível depois do período voluntário de espera.

Vacas saudáveis e gestantes raramente são descartadas!!!

RICARDA MARIA DOS SANTOS

Professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia.
Médica veterinária formada pela FMVZ-UNESP de Botucatu em 1995, com doutorado em Medicina Veterinária pela FCAV-UNESP de Jaboticabal em 2005.

JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

Médico Veterinário e professor da FMVZ/UNESP, campus de Botucatu

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