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Resíduos de antibióticos no leite: por que evitá-los?

POR MARCOS VEIGA SANTOS

MARCOS VEIGA DOS SANTOS

EM 09/06/2000

2 MIN DE LEITURA

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Marcos Veiga dos Santos

A ocorrência de resíduos de antibióticos nos alimentos tem se tornado uma grande preocupação para consumidores, indústria e produtores. Os efeitos negativos dos resíduos foram inicialmente identificados pela indústria de laticínios, uma vez que foi verificado que os fermentos (culturas lácteas) usados na fabricação de derivados, como iogurtes e queijos, não se desenvolviam bem em leite com resíduos de antibióticos.

Um fator importante, é que a pasteurização praticamente não altera o conteúdo de resíduos no leite e mesmo a fervura a 100oC destrói apenas 50% dos resíduos de penicilina, mas não apresenta nenhum efeito sobre o cloranfenicol.

Por parte do consumidor, a ingestão de leite com resíduos de antibióticos e outros antimicrobianos pode representar risco de ocorrência de reações alérgicas, principalmente à penicilina e seus derivados. Estas reações podem se manifestar como urticárias, dermatites e sintomas respiratórios, como asma e rinite. Além dos riscos de reações alérgicas, algumas drogas podem apresentar ação cancerígena, como os nitrofuranos e o cloranfenicol, os quais comprovadamente podem aumentar a freqüência de tumores em animais de laboratório, e desta forma, representar um risco em potencial.

Ainda que seja um assunto não totalmente esclarecido, a presença de resíduos de antibióticos pode favorecer o aumento da resistência bacteriana aos antibióticos que fazem parte da flora intestinal. Logicamente, o uso indiscriminado destas drogas em medicina humana e veterinária pode futuramente resultar em resistência múltipla de bactérias patogênicas, dificultando o tratamento de infecções.

Devido a importância econômica e em termos de saúde pública, a Organização Mundial da Saúde e a FAO (Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), através do Codex Alimentarius, estabelece limites máximos de resíduos (LMR) de antibióticos nos alimentos. Este LMR é estabelecido como sendo a concentração máxima do resíduo que é legalmente permitida. Mesmo que haja a ingestão diária deste LMR durante toda a vida, não existe risco para a saúde de quem consome estes alimentos. Para o leite, o LMR é igual a 1/10 do LMR da carne, pois se considera que o leite é um alimento fundamental para crianças e idosos que são mais sensíveis aos efeitos negativos dos resíduos.

Os resíduos são encontrados no leite em concentrações muito baixas, geralmente sendo medidos em ppb (partes por bilhão). Os limites legais permitidos para resíduos no leite são apresentados na tabela abaixo. No Brasil, a fixação dos LMR no leite é competência do Ministério da Saúde, sendo que no caso de não haver ainda estes limites estabelecidos, usa-se como referência aqueles limites internacionalmente aceitos pelo Codex Alimentarius. O governo brasileiro está implantando atualmente um Programa Nacional de Controle de Resíduos em Produtos de Origem Animal, que através de um programa de amostragem e análise em laboratórios credenciados fiscaliza a presença de resíduos de várias drogas nos alimentos.

Tabela - Níveis máximos permitidos no leite de resíduos de drogas aprovadas para uso veterinário

 

Figura



Comentário MilkPoint: Atualmente, o principal responsável pela detecção de resíduos de antibióticos no leite é a indústria, que tem investido em novos métodos de detecção, uma vez que estes resíduos geram problemas na fabricação de produtos fermentados e à saúde dos consumidores. Algumas indústrias têm usado este critério para penalizar produtores que enviam leite com resíduos de antibióticos.

 

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fonte: Milkpoint

MARCOS VEIGA SANTOS

Professor Associado da FMVZ-USP

Qualileite/FMVZ-USP
Laboratório de Pesquisa em Qualidade do Leite
Endereço: Rua Duque de Caxias Norte, 225
Departamento de Nutrição e Produção Animal-VNP
Pirassununga-SP 13635-900
19 3565 4260

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