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Mastite causada por S. dysgalactiae: transmissão contagiosa ou ambiental?

POR MARCOS VEIGA SANTOS

E GUSTAVO FREU

MARCOS VEIGA DOS SANTOS

EM 10/03/2021

1 MIN DE LEITURA

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A mastite bovina é a principal doença que acomete vacas leiteiras, e Streptococcus dysgalactiae é uma das principais causas dessa enfermidade.

Este microrganismo é uma causa frequente de mastite clínica em vacas, sendo responsável por prejuízos econômicos consideráveis nos rebanhos leiteiros. Apesar disso, pouco se sabe sobre o comportamento epidemiológico de Strep. dysgalactiae. Aliás, Strep. dysgalactiae é contagioso ou ambiental?

Diante deste questionamento, um estudo recente avaliou molecularmente o perfil epidemiológico de Strep. dysgalactiae identificados de casos clínicos de mastite em 16 rebanhos leiteiros da Alemanha.

Baseado no perfil molecular, os pesquisadores observaram que a transmissão de Strep. dysgalactiae ocorreu tanto pela forma contagiosa quanto ambiental.

A identificação de uma grande variedade de cepas dentro de um mesmo rebanho (e.g., rebanho F e G; Figura 1), sugerem o perfil de transmissão ambiental. Por outro lado, a identificação das mesmas cepas (e.g., rebanhos A, B e C), obtidas de vacas diferentes no mesmo rebanho sugerem transmissão contagiosa (vaca-vaca ou fonte comum) de Strep. dysgalactiae.

Alguns fatores como a capacidade de sobreviver no interior das células epiteliais mamárias sem danificá-las, persistência na glândula mamária, e capacidade de transmissão durante a ordenha, podem conferir ao Strep. dysgalactiae a característica de transmissão contagiosa.

Figura 1. Número de isolados e de cepas de Strep. dysgalactiae de acordo com os 16 rebanhos leiteiros avaliados.

Vale destacar que o perfil de transmissão de Strep. dysgalactiae é específico de cada rebanho, ou seja, a transmissão ambiental ou contagiosa vai variar de um rebanho para o outro.

Dessa forma, conhecer do perfil de transmissão de Strep. dysgalactiae nos rebanhos leiteiros pode auxiliar na adoção e direcionamento de medidas específicas para controle da mastite, principalmente pelo monitoramento de novas infecções (clínicas e subclínicas).

Em rebanhos com alta prevalência de mastite causada por Strep. dysgalactiae transmitido pela via contagiosa, estratégias direcionadas para as vacas infectadas e procedimentos de ordenha podem ser indicadas.

Já, em rebanhos com alto desafio de transmissão ambiental, uma melhoria no manejo e higiene do ambiente, assim como excelência na preparação da vaca antes da ordenha (pré-dipping) são as medidas mais recomendadas. 

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Referências
WENT, N.; KRÖMBER, V. Animals, v. 10, n. 11, p. 1-7, 2020.

MARCOS VEIGA SANTOS

Professor Associado da FMVZ-USP

Qualileite/FMVZ-USP
Laboratório de Pesquisa em Qualidade do Leite
Endereço: Rua Duque de Caxias Norte, 225
Departamento de Nutrição e Produção Animal-VNP
Pirassununga-SP 13635-900
19 3565 4260

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EVARISTO SOARES JÚNIOR

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 30/07/2022

Bom dia.
Qual a indicação de tratamento no caso de deste patógeno na mastite subclínica?
Att,
Evaristo
MARCOS VEIGA SANTOS

PIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 08/08/2022

Evaristo, em termos gerais não é recomendado o tratamento de mastite subclínica causada por este patógeno. Recomendo que seja feito o tratamento de vaca seca no momento da secagem. Caso, mesmo assim, seja feita a decisão de tratamento, recomendo que procure um veterinário para uma indicação, que geralmente é do grupo dos beta-lactâmicos, atenciosamente, Marcos Veiga
IARA NUNES DE SIQUEIRA

SÃO JOSÉ DO EGITO - PERNAMBUCO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 12/03/2021

Boa noite professor Marcos Veiga. Parabéns pelas publicações. Gostaria de pedir publicações com caprinos leiteiros. Abraaços
EDISON KUNS

SANTA JULIANA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/03/2021

Meu maior problema que imfrento hoje é carrapato se poderem nos fornecer mais dados com combate- los seria de grande utilidade.

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