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[Áudio], revisão da IN62: "ainda não é o momento de alterarmos os padrões de CCS e CBT"

RAQUEL MARIA CURY RODRIGUES

EM 19/04/2018

4 MIN DE LEITURA

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O Ministério da Agricultura (Mapa) colocará entre esta semana e a próxima o texto de duas Instruções Normativas (INs) que pretendem trazer um novo regramento para a produção de leite no Brasil. Os textos substituem a IN 62 (antiga IN 51), que traz parâmetros importantes de qualidade do produto, como limites para a Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem de Bactérias (CBT). A fim de buscar mais informações sobre o assunto, a Equipe MilkPoint entrou em contato com Mayara Pinto, Médica Veterinária, Auditora Fiscal Federal Agropecuária e Coordenadora do Grupo de Revisão da IN62.

O assunto foi apresentado na última quarta-feira (11/04) e segundo Mayara, um Grupo de Trabalho (GT) foi criado em janeiro deste ano com o objetivo de revisar as normas. O GT contou com colaboradores da Embrapa Gado de Leite, LANAGRO/MG e Associação Paranaense de Bovinos da Raça Holandesa, representando a Rede Brasileira de Laboratórios da Qualidade do Leite.

“Era uma ansiedade muito grande do setor e por isso, reunimos o nosso GT, auditores fiscais da área leiteira de vários estados representativos na produção de leite e profissionais da área de fomento do MAPA. Um dos principais pontos discutidos foram os padrões de CCS e CBT, que teoricamente, sofreriam alterações a partir de julho. Ao longo do processo de revisão, entendemos que ainda não era o momento de alterarmos esses limites e decidimos mantê-los. Porém, temos a consciência que é necessário avançarmos efetivamente nas melhorias da qualidade do leite para daqui alguns anos abaixarmos esses valores previstos”.

Uma das novidades da norma é a parceria com a Secretaria de Mobilidade Social e Cooperativismo, que fomentará a área de educação sanitária dos produtores de leite a fim de desenvolver etapas primárias, que são fundamentais para uma produção de qualidade. A Secretaria também compõe o GT e contribuiu com as ferramentas necessárias para a instituição das Boas Práticas Agropecuárias (BPA).

Quais foram as principais alterações propostas e que entrarão em consulta pública?

- diminuição da temperatura de recepção do leite de 10º para 7º;

- participação da Secretaria de Mobilidade Social e Cooperativismo para o fomento da educação sanitária e de um plano de qualificação dos fornecedores de leite. Também, serão feitas auditorias em propriedades rurais para verificar se as plantas estão sendo bem atendidas;

- proposta de um padrão de contagem bacteriana do leite já estocado nos estabelecimentos (hoje há discrepâncias entre o padrão do leite que está na propriedade e o leite que chega às indústrias);

- os produtores que reincidentemente (três meses) apresentarem resultados de contagem bacteriana – em média geométrica – fora do padrão, terão a coleta de leite suspensa até a apresentação de um novo resultado enquadrado no padrão.

“O objetivo não é punirmos os produtores de leite, mas, queremos que os estabelecimentos desenvolvam meios de trabalho para que isso não aconteça. Até por isso, colocamos três meses de consecutividade para ocorrer à interrupção”, explica a coordenadora do GT.

Confira abaixo um trecho do áudio gravado com Mayara Pinto:

Para Mayara, este é o momento de estabelecer um limite para o recebimento de um leite com qualidade inferior. “Quando conseguirmos consolidar as melhorias contínuas desses processos, pensaremos em mudar os limites de CCS e CBT. De dois em dois anos nós analisaremos a necessidade de uma nova revisão das normas. Nós também estudamos os padrões de qualidade de países exemplo, como a Nova Zelândia e chegaremos lá, pois ainda não atingimos o padrão que gostaríamos. Estamos buscando algo factível para a realidade brasileira e não podemos retroceder”.

Ela ressaltou que a revisão também está sendo importante devido à necessidade de harmonização com alguns critérios do novo RIISPOA (Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal), publicado em março de 2017. Alguns artigos publicados precisam de regulamentação complementar.

Separação da IN 62

Outra novidade é a separação da IN 62 em duas normativas:

a) Uma para tratar do regulamento técnico dos produtos (leite cru refrigerado, leite pasteurizado e leite tipo A);

b) E a outra para tratar do regulamento dos critérios e procedimentos para a obtenção do leite, conservação, transporte, seleção e recepção nos estabelecimentos registrados.

“Vale ressaltar ao setor e à sociedade que vão ser colocadas em consulta pública essas duas normas e é de extrema importância que todos leiam para fazer sugestões. Elas estão abertas para consulta, então, qualquer ponto de discordância e dúvidas, tanto do setor produtivo como dos consumidores, devem ser apontados visto que acessaremos todas as manifestações e as responderemos por e-mail”.

Conscientização dos produtores de leite

Mayara destaca que hoje já existem projetos que estão sendo tocados pela Secretaria de Mobilidade Social e Cooperativismo. “Nós tentamos alertar os produtores que a preocupação deve ir além da CCS e CBT. Ela deve extrapolar para a gestão de qualidade como um todo: a alimentação do rebanho, a sanidade, entre outros. Tudo isso contribui para o aumento da produtividade, e consequentemente, a renda do negócio. Reafirmo que queremos oferecer ferramentas para que os produtores melhorem suas produções, aprimorem a sua qualificação e forneçam uma matéria-prima de maior qualidade. Todos esses pontos favorecem as questões de mercado, como as exportações, que atualmente são restritas por causa de questões primárias. Não é pelo nosso plantel industrial, que é muito moderno e serve de exemplo, mas, a questão ainda recai na qualidade do leite, o ponto nevrálgico na cadeia do país”.

Ela aposta que se houver melhorias na primeira etapa, que é o objetivo da norma, o Brasil ampliará mercados, o que contribuiria para o escoamento do leite em momentos de super oferta.

A Equipe MilkPoint se prontifica a acompanhar as novas publicações e instruir os leitores sobre as alterações. Em breve, publicaremos outras novidades sobre o tema. Fique ligado!

trofeu agroleite 2018

RAQUEL MARIA CURY RODRIGUES

Zootecnista pela FMVZ/UNESP de Botucatu.

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MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/04/2018

Caro Tarso

Em 2016 o MAPA podia ter dado 10 em vez se 2 anos que o resultado seria o mesmo, cerca de 50% dos produtores não atingiriam o limite preconizado para CCS! Nos USA o limite é 750.000 mas a média do leite produzido é de cerca de 200.000!!! Por que isso? Porque simplesmente colocar um limite no papel não resolve nada, a menos que seja descartado o leite fora do limite.
Se a norma obrigar o descarte do leite acima do limite atual, provavelmente estaríamos metendo azul de metileno em algo da ordem de 30% da produção nacional, provavelmente causando grandes problemas para a indústria de laticínios nacional, gerando uma importação de leite absurda ou causando desabastecimento, com grave consequência para a economia e geração de empregos no País. Isso é sensato?
Não são limites em normas que levarão a média de CCS do leite produzido no Brasil a algo próximo de 200.000, mas sim uma política leiteira adequada, que falta em nosso País. Em vez de pensar em baixar o atual limite para CCS preconizado na IN 62, no meu modo de o MAPA e associação das indústrias de laticínios e de produtores deveriam partir para discutir e implementar uma política leiteira no Brasil que efetivamente leve a isso.
Por isso, com as devidas vênias divirjo do ponto de vista de produtores que acreditam que baixar o limite na IN 62 vai levar a baixar a CCS no Brasil para algo próximo dos 200.000, e penso que isso é uma utopia e perda de tempo, e o que precisamos é de uma política leiteira que estimule isso.

Alguns falam pejorativamente que os que não atingem limites mais baixos de CCS são tiradores de leite, que tem no leite uma segunda ou terceira atividade na propriedade. Em quase 50 anos como produtor de leite conheço muitos destes que tem no leite a única atividade para sustentar a família. Conheço outros que tem algumas outras atividades porque só a atividade leiteira não permite sobreviverem.
Mas conheço também muitos que tem CCS em torno de 200.000, que tem outras atividades inclusive fora da agropecuária, tem mansões em cidades e carros de luxo importados. Talvez seja por isso que para alguns desses produtores tem uma visão simplista de eliminar estes produtores para baixar o nível médio da CCS do leite produzido no Brasil.

Marcello de Moura Campos Filho


Marcello de Moura Campos Filho
TARSO QUEDI PALMA

PALMEIRA DAS MISSÕES - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/04/2018

Meu caro Marcello de Moura! olha quando chegamos em 2016 o ministério prorrogou(como vc sabe) por dois anos a IN62. Pois naquela ocasião eu ja achei errado,tinha que fazer atuar os parâmetros estipulados pela normativa. Naquela ocasião prorrogaram porque 45% dos produtores estavam fora,foi um absurdo eles (ministerio) deu mais importancia pela minoria do que a maioria que com esforço conseguiu se adequar na normativa(55 %) . Temos que pensar naqueles que realmente querem produzir leite de qualidade e não naqueles em que o leite é a segunda ou terceira atividade da propriedade(Os tiradores de leite).
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/04/2018

Caros Guilherme e Tarso.

Caros Guilherme e Tarso
Se todos que não atendem o limite atual preconizado pela IN 62 para CCS, como vocês sugerem "caírem fora", como o Brasil a anos precisa importar significativa quantidade de leite para abastecer o mercado interno, o que aconteceria com as importações? Ou atingiriam patamares absurdos ou teríamos desabastecimento. Com as devidas vênias, ironias não resolvem nada.
Seria melhor não pensar em baixar mais o limite para a CCS, deixar o limite para CCS como está, e o MAPA junto com associações da indústria e de produtores discutirem e encontrarem um caminho para que, independentemente do limite da norma IN 62 a média da CCS do leite produzido no Brasil possa efetivamente caminhar para algo próximo de 200.000.
Marcello de Moura Campos Filho
TARSO QUEDI PALMA

PALMEIRA DAS MISSÕES - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/04/2018

Eu compartilho com o mesmo pensamento do Guilherma Alves Franco pois não consigo entender que ja passaram 17 anos e ainda os produtores não sabem ou não têm vontade de produzir leite com qualidade nesse país. É uma vergonha. Como o Guilherme falou: " quem não esta apto caia fora". Parabens Guilherme pelo seu comentário.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/04/2018

Obrigado, Tarso Quedi Palma!!! Não é possível que fiquemos a esperar que os inúmeros amadores que pululam pelo setor se adaptem, algum dia, às normas de produção. Os que atendemos aos termos ínsitos na Instrução Normativa 62, há muito tempo, e produzimos, sim, leite ao nível do que é produzido nos países mais desenvolvidos, não podemos mais esperar a "boa vontade" dos que não a atenderam. Precisamos crescer como setor e ampliar nossas fronteiras de atuação par começar a exportar, única saída para que possamos, finalmente, receber o preço justo pelo alimento que produzimos. Adiar a aplicação da Instrução Normativa 62, como vem sendo efetivado, com constância, não nos levará a lugar nenhum, como, aliás, tem sido fato durante todos esses anos. Além do mais, baixar de 500.000 para 400.000 o máximo permitido pela Contagem de Células Somáticas diferença alguma fará para os que não se preocupam com ela, que vendem, leite no latão, que tiram leite no barro, debaixo de chuva, manualmente, sem quaisquer condições de higiene, que devem ser alijados do sistema e que, certamente, são os que mais reclamam destes índices, muito embora jamais os alcancem. Se recebemos, atualmente, mal pelo que produzimos é culpa, única e exclusivamente, deles mesmos que, além de não fazerem suas partes, atrapalham quem faz!!!
TARSO QUEDI PALMA

PALMEIRA DAS MISSÕES - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/04/2018

Bom dia pessoal!
Eu como consultor na qualidade do leite penso que o padrão no que diz respeito a CBT sim podemos seguir a IN62 pois depende unicaexclusivamente dos produtores(da HIGIENE) , mas os padrão da CCS aí sim no meu ponto de vista deveríamos seguir(por enquanto) a atual exigencia(500.000) pois nos aqui estamos ainda engatinhando a respeito de qualidade comparando com os paises mais adiantados. E nesses paises sabemos que o padrão de CCS é ainda um pouco maior que aqui.Temos que observar essas questões.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/04/2018

O grave problema é que ainda nem foi implantada, no rigor da norma, a Instrução Normativa 62 e, ao invés de implementar sua imediata aplicação, já se está pensando em modificá-la. Por isso, o Brasil não é exportador de leite: falta seriedade no trato com um alimento tão importante, como, aliás, acontece em outras áreas e legislações. Pode até ser que Charles de Gaulle não tenha tido a intenção de dizer isso, mas, ele estava certo: o Brasil não é um País sério"!!!!!"
EDILSON COSTA MOTA

EM 23/04/2018

O problema é que queremos ter leite com qualidade de países onde o governo desses países distribui fartamente subsídios aos seus produtores. O produtor brasileiro vai demorar muito pra chegar nesse nível sem a ajuda das autoridades.
EM RESPOSTA A EDILSON COSTA MOTA
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/04/2018

Este pensamento que espera do Governo o que nós temos que fazer é que está atrapalhando a evolução do leite no Brasil, Edilson Costa Mota. Temos que fazer a nossa parte e, desculpe, mas a maioria não está fazendo. Infelizmente, quem não pode suportar gastos com higiene e sanidade do rebanho, não pode, mesmo, continuar no mercado. Produzir alimentos sem a necessária atenção é, desculpe, inaceitável, sob todos os aspectos. Os subsídios já foram retirados, há anos, da Europa e o leite lá produzido é melhor que o que fazemos aqui. Isso não é desculpa, me perdoe. Roberto M Hawkins: quem se interessou em evoluir, estudou, aprendeu e desenvolveu sistemas de qualidade. Quem se estagnou, parou no tempo, aceitou o antigo estado de coisas, manteve sua produção em níveis intoleráveis de qualidade, não pode, agora, querer adiar a implantação de um sistema que vai levar a pecuária nacional de importadora para exportadora de leite. Não dá mais para esperar que os "tiradores de leite" evoluam para "produtores de leite". Já são passados dezessete anos desde a edição da Instrução Normativa 61, tempo suficiente para que os produtores se adaptassem à realidade, que, convenhamos, já não é nova. Infelizmente, vale, aqui, a máxima popular segundo a qual, "quem não tem competência, não se estabelece".
ROBERT M HAWKINS

TEODORO SAMPAIO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 23/04/2018

Em 2001 em reunião em Brasilia com o Mapa, um dos pre-requisitos para a implantação da IN 61 que foi levantado foi a questão de investimento em formação dos produtores. Até hoje pouco foi feito. Muitos produtores não entendem nem o negocio do leite, trabalham sem saber o custo e a margem, perdem produção e animais porque não previram a quantidade de alimento, ou o numero de animais que a sua propriedade pode suportar. A CBT como disse o Marcello de Moura, não é tão difícil, em termos, porque a higiene e refrigeração devem ser "perfeitas". Cadê a água quente? Cadê a água da propriedade de boa origem e clorada? Uma outra coisa que deve ser feita é introduzir modificações nos tanques de refrigeração, como a limpeza CIP dos mesmos, além de que a mangueira para carregar o leite deve ser do produtor. Da nojo ver os caminhões de coleta com a mangueira enrolada cheia de restos de leite chacoalhando alegremente ao sol...
ANTONIO GAMBARELLI

BOCAINA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/04/2018

Perfeito, como sempre, nosso amigo Robert Hawkins, essa é a cereja do bolo que faltava!
MARCO MORAES

BERNARDINO DE CAMPOS - SÃO PAULO

EM 23/04/2018

A verdade é que só querem prejudicar os produtores de leite, pois certamente terão que investir em suas propriedades cada vez mais para atender às exigencias, porém nunca melhora a compensação financeira para os produtores , basta ver o que ocorreu em 2017 e 2018 com os preços do nosso produto. Vai continuar na mesma para quem produz leite, pois quem ganha sempre é a indústria e a revenda. Daqui a pouco vão querer acabar com as associações de produtores, extinguindo desta forma os pequenos. Isto é Brasil.
JOSÉ DONIZETE DINIZ DE OLIVEIRA

BOCAINA DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/04/2018

Como poderíamos melhorar ainda mais a qualidade do nosso leite, se não existe estímulo, preço. Sou pequeno produtor de leite na região de Bocaina de Minas, MG. Aqui o preço pago pelo leite resfriado é de 1 Real o litro, e o Laticínio promete uma bonificação pela qualidade, mas ela nunca sai. E tem mais, o Governo exige muito, mas não entra com nenhum retorno para o pequeno produtor. Do jeito que a coisa vai, o pequeno pecuarista vai mesmo e desaparecer do Mercado.
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/04/2018

O Mapa continuam misturando coisas simples com coisas complexas. Um limite baixo de CBT é uma coisa fácil de atingir, bastando para isso higiene e refrigeração, dois aspectos fundamentais para se produzir leite de qualidade.
Já CCS é um assunto complexo, exige muito mais investimento e capacitação dos produtores e no meu ver pretender reduzi-lo abaixo do atual estará muito fora da realidade brasileira pelo menos nos próximos 10 anos ( aliás, me parece que o limite nos USA é superior ao atualmente praticado no Brasil) e num País que a décadas é importador de leite por não consegue produzir para atender quantitativamente seu mulada não por redução de limite em norma mas por pagamento de bônus adequados pelas indústrias interessadas num leite com valores mais baixos do que o limite de norma.
Muito mais importante do que baixar em norma o limite para CCS é o MAPA envidar esforços para melhoria da sanidade do rebanho,

Marcello de Moura Campos Filho
FERNANDO RODRIGUES PINTO

IPORÁ - GOIÁS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 20/04/2018

O mercado lácteo vem exigindo uma adequação correta e necessária, mas como tudo que é básico devido a vários fatores vem deixando o ônus para o produtor sem bônus. A margem cada vez mais apertada e quando o mercado assimila uma valorização as importações estragam novamente o cenário, por período grande.

Concordo com a exigência em qualidade, mas não podemos aceitar o preço máximo, devemos partir para o preço mínimo ao produtor.
#valorizaçãodoleite
JUNIOR MACHADO

MARECHAL CÂNDIDO RONDON - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/04/2018

Isso é bom que aos poucos ficarão os produtores de leite e sairão do mercado os tiradores de leite. Infelizmente muitos perderão sua renda mensal, mas são aqueles que apenas reclamam da atividade e não fazem nada para melhorar, além de produzir um.leite de péssima qualidade por falhas no mais básico na atividade, que é a higienização e manejo na sala de ordenha.
ERNANDES

EM 20/04/2018

Olha como pequeno produtor é uma pena que a maior não tire leite mas decida, concordo com a qualidade, mas também com preço, assistência, daí as indústrias teriam que ser parceiros não meros compradores, falta. De conhecimento nossa é um pilar a considerar, mas não é do contratar empresa e lavar dinheiro em cursos como acontece, é parceria e compromisso... Gestão de ambos...
GUI RIBEIRO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/04/2018

No meu ponto de vista precisamos preocupar com a qualidade do leite primeiramente pra nossa sobrevivência futura na atividade e consequentemente ter valor agregado ao produto. ..O padrão da empresa que compra nosso literatura já é cbt 100 Ccs 400 e claro que atingindo esse padrão mínimo já existe bonificação e sabemos que vaca saudável maior produtividade...Que pensemos por esse lado
E sigamos em frente ...
JOÃO SEZAR DICHEL KAUFMANN JUNIOR

IBIRUBÁ - RIO GRANDE DO SUL

EM 19/04/2018

Não adianta nada fazer essas alterações enquanto não se a efetiva fiscalização de todos os produtores, independente de que indústria se vai o leite. O que tem que haver é uma fiscalização total in loco. (Quero ver fiscal pisar na merda, ao fiscalizar as propriedades) não adianta as leis e normas virem de cima pra baixo, tem que se começar as melhorias de baixo pra cima, do produtor para a indústria, enquanto isso não ocorrer vira e mexe não se muda padrões e produtores fogem para empresas menos rígidas.
HELOISA LOURENÇO ZUCATELI

NOVA VENÉCIA - ESPÍRITO SANTO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 20/04/2018

Falou tudo ..concordo plenamente
EDILSON COSTA MOTA

EM 19/04/2018

Tá bom
Mas para se conseguir total adesão dos produtores é preciso que o governo faça a parte dele e fiscalize a importação de leite, pois com os atuais preços o que mais vejo aqui na minha região são produtores vendendo o gado de leite e jogando nelore no pasto.
ANTONIO GAMBARELLI

BOCAINA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/04/2018

Caro Edilson, concordo plenamente que o governo faça a parte que lhe cabe, aliás cada um com sua; mas gado de leite vendido não morre, troca de pasto e, provavelmente delas cuidarão, porque animais com CCS próximo de 1 milhão ocorre perdas de até 25% na produção, além de perda de quartos, quando não inviabilizando o animal.
Esses produtores fazem parte daqueles que, contra todas as falhas da cadeia leiteira, estão na taxa crescente de 3 a 5% ao ano no aumento da produção.
ANTONIO GAMBARELLI

BOCAINA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/04/2018

Muito bom Doutoras, embora ainda tenho a opinião de que deveríamos "apertar" mais os limites dos índices, reconheço (mais de 30 anos na área), que as dificuldades são imensas. Começo pelo fato de que, para cada estabelecimento SIF, exitem dezenas de outros atuando na mesma região com Serviço de Inspeção Estadual ou Municipal; assim, os fornecedores migram facilmente onde (geralmente, nem todos ) é menos rígido, sem falar nos clandestinos.
Tanques coletivos ou comunitários, geralmente não tem controle (também conheço muitos que funcionam, quando a empresa compradora atua diretamente). Mas o caminho é esse mesmo, conscientização, treinamento, contando com profissionais dedicados na área, e não somente compradores de um produto, que muitas vezes de leite só tem a cor.
OLIVINO DOS SANTOS FILHO

ANGATUBA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 19/04/2018

concordo com o comentário do Sr Antonio Gambarelli acho que primeiramente temos que ter um cuidado e qualidade dentro da propriedade tendo esta qualidade dai sim cobrar o laticínio e tentar agregar o preço .
também entendo o lado do produtor que vem sofrendo a anos , com esta política da pecuária os governantes não fazem absolutamente nada para melhorar a atividade . mas volto a dizer primeiro lugar qualidade dai fica mais fácil o caminho.

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