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Uso de óleos essenciais na higienização de superfícies: Nova tendência?

POR LÍVIA RODRIGUES SALCEDO

INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 24/04/2015

2 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 21/09/2022

Na indústria de alimentos há correlação positiva entre falhas nos procedimentos de higienização e formação de biofilmes microbianos. Assim, estratégias de controle do biofilme devem ter como objetivo o retardo, a redução e até a eliminação dessa colônia de microrganismos que se fixam fortemente às superfícies de equipamentos, utensílios e estruturas como um todo.

Atualmente, os sanitizantes químicos mais utilizados em superfícies de equipamentos e utensílios nas indústrias alimentícias brasileiras são os que possuem princípios ativos dos grupos: quaternários de amônio (Ex: cloreto de alquildimetilbenzil amônio); compostos inorgânicos liberadores de cloro ativo (Ex: hipoclorito de sódio e de cálcio); compostos orgânicos liberadores de cloro ativo (Ex: dicloroisocianurato de sódio); peróxido orgânico (ácido peracético); peróxido inorgânico (peróxido de hidrogênio); iodo e seus derivados.

No entanto, com a crescente idéia de incorporar em procedimentos de higienização sanitizantes com menor toxicidade para o consumidor, houve o surgimento de novas linhas de pesquisa sobre o efeito antibiofilme de óleos essenciais com foco para o uso em indústrias de alimentos, visando sanar o problema de resistência às alternativas convencionais.

O que são óleos essenciais?

São compostos naturais voláteis e complexos, caracterizados por forte odor e formados pelas plantas aromáticas como metabólitos secundários. São líquidos, límpidos e raramente coloridos (amarelados).

São solúveis em lipídeos e solventes orgânicos, apresentando densidade, geralmente, menor que a da água. Podem ser sintetizados por todos os órgãos vegetais, como brotos, flores, folhas, caules, galhos, sementes, frutos, raízes, cascas. Esses compostos têm sido amplamente utilizados, em função de suas propriedades já observadas na natureza, como atividades antibacteriana, antifúngica e inseticida.

Como é a interação: óleos essenciais X microrganismos?

Devido a propriedade lipofílica dos óleos essenciais, eles são capazes de passar pela parede celular e se acumular na membrana citoplasmática bacteriana, causando aumento da permeabilidade por danificar a estrutura de diferentes camadas de polissacarídeos, ácidos graxos e fosfolipídeos, desestabilização da força próton motriz (FPM), fluxo de elétrons, transporte ativo e coagulação do conteúdo da célula.

De quais plantas esses óleos são extraídos?

Podem ser extraídos de diversas plantas, como os dos gêneros Cymbopogon (Citronela, Capim-limão), Cinnamomum (Canela) e da espécie Satureja thymbra.

Há muita diferença entre a aplicação do óleo essencial e dos sanitizantes tradicionais?

De uma maneira geral, a utilização de soluções contendo óleos essenciais ou seus constituintes para sanitização de superfícies não irá alterar significativamente a rotina usual de higienização das indústrias de alimentos. Binômios como tempo de contato e temperatura devem ser ajustados para que o agente antibacteriano (óleo essencial ou constituinte) seja aplicado na menor concentração possível. Concentrações baixas e efetivas de óleos essenciais ou constituintes serão facilmente removidas após o procedimento de higiene e não irão causar problemas de odores residuais.

Apesar do pouco uso desse tipo de “sanitizante natural”, principalmente aqui no Brasil, estudos demonstram que há a possibilidade potencial de uso destes óleos como agentes antimicrobianos. Porém, a forma de utilização (extratos brutos ou óleos essenciais) ainda merece atenção especial e estudos mais aprofundados que visam estabelecer economicamente o uso e a melhor forma de preparo de cada derivado vegetal se fazem necessários. Também, devem estabelecer os parâmetros de toxicidade de acordo com a concentração e à exposição a longo prazo.

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LÍVIA RODRIGUES SALCEDO

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SERGIO CHAVEZ

INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 28/04/2015

Jose: si el cloro o sus combinaciones (el mas usado en queseria), no es recomendable el iodo  (si las superficies no estan bien limpias las mancha). Si el acido peracetico en proporcines del a.2 - a.3 % sie es al 15 % de pureza, con agua fr4ios. Todos los desinfectantes se deben usar con agua fria. He encontrado una solucion de desinfeccion que funciona muy bien y es el uso de agua ozonizada, se coloca un ozonizador en linea y el agua la puedes usar de desinfectante sin ningun inconveniente para la salud.
JOSÉ AUMIRO FEITOZA

NOSSA SENHORA DA GLÓRIA - SERGIPE - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/04/2015

Muito interessante esta matéria!

Espero que dentro em breve este óleo esteja aprovado para uso no Brasil.



Os sanitizantes químicos estão prejudicando a saúde dos funcionários, principalmente em laticínios aqui em Sergipe.  
SERGIO CHAVEZ

INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 27/04/2015

El uso de aceite esenciales en la preservación de quesos que necesitan madurar en cavas o camaras, esta con un desarrollo importante. Como mucho de los principios activos de estos aceites, tienen actividad microbiana, me parece muy positivo, el desarrollo de los mismos para usarlos en la limpieza de los equipos en queseria.

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