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Manejo alimentar visando reduzir acidose ruminal e laminite em vacas leiteiras |
Atualizado em 24/08/2022
JUNIO CESAR MARTINEZ
Doutor em Ciência Animal e Pastagens (ESALQ), Pós-Doutor pela UNESP e Universidade da California-EUA. Professor da UNEMAT.
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EDER GHEDINITAPEJARA - RIO GRANDE DO SUL EM 17/04/2010
Ok, obrigado pela correção, temos um aumento na acidez, me equivoquei quanto a colocação. Gostaria apenas de ressaltar oque propus, no sentido da exploração máxima da produção. Ao passo que melhoramos geneticamente nossos animais para que produzão cada vez mais, estes por sua vez ficam vulneráveis a mínimos detalhes, estes dentro da dieta alimentar, ou seja, a mobilização energética para a produção acaba acarretando alguns transtornos os quais deixariam de existir ou seriam menos frequente se, quem sabe, utilizassemos um método mais racional, é o que penso. Oque dizer então de animais de alta produção que acabem contribuindo signifcativamente ao descarte involuntário? Cito-lhes um exemplo aqui de minha região quanto ao índice de deslocamento de abomaso, que se tornou-se assustadoramente alto e acompanhando propriedades com alta produção por animal. Os estudos nesta área com certeza contribuem para o bom andamento da atividade, espero eu, como futuro profissional da área contribuir para isso. Forte abraço!
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JUNIO CESAR MARTINEZTANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 16/04/2010
Prezado Carlos!
Sim, a alfafa pode ajudar na minimização dos problemas com laminites. Normalmente os alimentos com muitas frutanas são os mais problemáticos com laminites. Prezado Eder! Quando o pH ruminal aumenta, conforme você escreveu, ele fica mais ácido ou básico??? Com relação à sua pergunta, somentes estaríamos "desregulando" o metabolismo de vacas leiteiras se não formos capazes de formular dietas adequadas. Os problemas digestivos ou metabólicos, bem como as suas consequencias, somente acontecem porque não atendemos adequadamentes os requerimentos do animal. Veja, uma vaca pode produzir 40 litros de leite/dia e estar em pleno conforto, basta darmos as condições para tal, e podemos fazer isso tranquilamente. Por outro lado, podemos perfeitamente ter vacas produzindo 8 kg de leite/dia, fato muito comum no Brasil, e depararmos com um animal magro, cheio de endo e ecto-parasitas, cascos por fazer, péssima eficiência reprodutiva, etc.. entende? Não concordo quando você diz que as doenças metabólicas estão cada vez mais eminentes, pois a cada dia que passa, produtores e pesquisadores aprimoram os seus conhecimentos, melhoram suas técnicas de produção, e paulatinamente, novas informações são geradas e incorporadas ao sistema. Lembre-se, conforto e nível de produção não andam necessariamente em caminhos opóstos. |
EDER GHEDINITAPEJARA - RIO GRANDE DO SUL EM 06/03/2010
Olá Martinez,
Ao apresentar um quadro de acidez, consequentemente, a laminte estará presente, ou seja, com o aumento do pH ruminal(ácido), ocorre liberação de substância vasoconstritoras e o ingurgitamento dos vasos sanguíneos nas extremidades. No caso de acidose sub-clínica também, mas de forma mais amena, o animal acaba ao se deslocar, mudando a maneira correta do "pisar" no solo. Nesses casos ocoore um crescimento anormal do casco e se não tivermos um bom manejo de casqueamento, as consequências serão ainda mais desastrosas. Faço-lhes uma pergunta: Como dissestes em seu artigo, a respeito da máxima exploração do fator genético para a produção de leite e a utilização necessária de concentrados, aumentando os riscos de acidose, pergunto-lhes: Será que agindo dessa maneira estaríamos indo na contramão, ou seja, para obter resulatados máximos quanto a produção, estaríamos desregulando o metabolismo normal de nossos animais? Não seria melhor então evitarmos essa consequência óbvia? Estaríamos também falando em bem estar animal. Enfim, as doenças de ordem metabólica estão cada vez mais frequente, e se não tomarmos medidas eficazes e imediatas o prejuízo será eminente. Forte abraço! |
CARLOS OLIVEIRA - TRADEAGROSÃO PAULO - SÃO PAULO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS EM 18/02/2010
Prezado Junio Martinez
Muito interessante seu artigo. Solicito-lhe permissão para perguntar-lhe se a aplicação da ALFAFA não tem um poder corretivo nos sisntomas ao mesmo tempo que melhora a qualidade e produtividade do leite. Temos plantio na Patagonia Argentina e estamos trazendo em grandes quantidades para o mercado nacional. Qualquer orientação nos seria de grande valia. Atenciosamente |
MARÍLIA SARAIVA PEREIRABELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - MÉDICO VETERINÁRIO EM 11/02/2010
Muito bem abordado o assunto,e eu que trabalho com tratamento e prevenção de problemas de casco,vejo muito bem como o desbalanceamento de uma dieta pode acarretar danos aos animais.
Um comentário à parte que gostaria de fazer é em relação à identificação que está sendo feita ao produtor de leite.Vocês estão colocando PRODUTOR DE LEITE(DE VACA). A Instrução Normativa já determina que quando se refere à "leite", está implícito ser de vaca. Por sua vez,quando se referir a outro tipo de leite,aí sim deve-se colocar "leite de búfala", "leite de cabra", etc. Portanto,não precisa ser frisado este (de vaca) que tem sido colocado. |
ELMESON FERREIRA DE JESUSNOVO CRUZEIRO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 08/02/2010
Dr. Junio Cesar,
É com muito prazer que venho por meio desta parabenizar pelo tema abordado, é sabido que estes são alguns desafios para os produtores com animais de raças especializados com produção acima do 10.000 Kg/lactação. |
JUNIO CESAR MARTINEZTANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 03/02/2010
Prezado Genécio,
Nunca trabalhei com esse tipo de produto, e uma rápida pesquisa na internet não achei informações a respeito. Caso o Sr. tenha a composição bromatológica do produto, eu gostaria de ter conhecimento a respeito. Ao que parece, o germe de milho gorduroso é complicado de armazenar porque deteriora muito rapidamente. Lembre-se, o segredo de se fornecer uma alimento pouco tradicional para vacas leiteiras resume-se em conhecer a sua composição nutricional, saber se tem algum componente que possa a vir causar algum tipo de disturbio nos animais, caso os animais nunca tenha consumido tal alimento, começar fornecendo em pequenas quantidades, e o mais importante, sempre fornecer uma dieta balanceada. |
GENECIO FEUSERPARANAVAÍ - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE EM 03/02/2010
Boa tarde Junio Cezar Martinez, o uso do germe de milho gorduroso ou não, em substituição ao milho, poderia ser uma ferramenta na alimentação de vacas leiteiras, visando a administração da acidose?
O germe de milho gorduroso substitui o milho nutricionalmente? Abraços. Genecio. |
JUNIO CESAR MARTINEZTANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 02/02/2010
Prezado Bruno!
Complicadíssimo te dar uma resposta e acertar de primeira para resolver o seu problema, pois vários fatores podem resultar neste quadro. Além da nutrição, que acredito ser o mais importante, vários aspectos como estação do ano, composição racial, estádio de lactação das vacas, doenças, estresse, dentre outros, podem afetar o teor de proteína do leite. A sazonalidade, relaciona-se com a temperatura ambiente e disponibilidade de alimentos. Altas temperaturas e umidade normalmente reduzem o teor de proteína e a produção de leite, pois o animal reduz o consumo de alimento, não sei se é esse o seu caso. Talvez a qualidade do pasto tenha caido e o concentrado possa estar com algum problema, enfim, difícil dizer. Recomendo pensar um pouco sobre os pontos que eu relatei e tentar eleger um que possa estar atuando na sua situação. Recomendo começar pelo fator nutrição. |
JUNIO CESAR MARTINEZTANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 02/02/2010
Prezados Cláudio e David, obrigado pela colaboração.
Prezado Ramiro! Probleminha complicado esse da acidez, pois às vezes, o leite pode dar positivo no teste de acidez, mas não estar ácido, e o resultado é dependente do tipo de análise, se com álcool, Lina ou teste de ´Dornic´. No caso de leite ácido, as bactérias fermentam a lactose - o açúcar do leite - que se transforma em ácido láctico. Eu somente vejo dois problemas para o caso: 1. O leite só fica ácido depois que sai da vaca, geralmente, por causa da falta de higiene na hora da ordenha ou até mesmo por falhas no sistema de resfriamento. Sujeira e calor, por exemplo, aumentam a quantidade de bactérias no leite e são elas que deixam o produto "ácido". Portanto, higiêne é a palavra de ordem e provavelmente o principal fator causador do problema. 2. Mas, comida de menos ou desbalanceada também pode ser a causa, mas nunca a única. A genética dos animais também pode influir, principalmente aquelas vacas que ficam muito tempo em lactação, mais de dez meses, também podem apresentar algum problema. A mensagem é muito clara: as vacas leiteiras elas não deveriam sofrer qualquer tipo de restrição nutricional durante a fase de lactação. Então o produtor teria que se precaver, usando forragem conservada, cevada, silagem ou um feno, ou mesmo a pastagem cultivada. Se precaver com concentrado, balancear, entender que não basta comprar a melhor ração pronta do mercado, que é outra ideia errada que vem junto. E o mais importante, ter higiêne. |
BRUNO CEZARRIALMA - GOIÁS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO EM 30/01/2010 bom dia, Martinez. Gostei do texto, gostaria de saber em relação ao meu rebanho leiteiro. Tenho vacas 3/4 holândes de produção média de 14,5 litros ao dia, entrego leite para nestlê, nos últimos dois meses a análise da composição do leite em relação a proteína e gordura caiu bastante. Trabalho em média com 3 a 5Kg de concentrado por vaca dia, dividido para as duas ordenhas da manhã e tarde. Trabalho com sistema de piquetes com adubação na saída dos animais. Tenho tentado manejar os piquetes pela altura do pasto, no caso é braquiarão, na altura de entrada na faixa de 30 a 35cm e saida o mais baixo possível, em torno de 15cm, quando consigo. Adubo com ureia na faixa de 40kg de N/ha, cada piquete a cada dia de saída dos animais. Te pergunto? 1) Pode estar faltando forragem nos piquetes para esses animais? 2) A falta de forragem diminui Proteína e Gordura no leite? Muito obrigado por uma possível resposta!!! |
CLÁUDIO HENRIQUE OLIVEIRA DE CARVALHOCÁSSIA - MINAS GERAIS EM 26/01/2010
Caro Junio,
Parabéns pela matéria que, na minha opinião, é muito esclarecedora. Achei muito importante você ter citado, principalmente, a questão do uso de fibra na dieta, o que nas minhas recomendações, faço questão de frisar a impotância desta na nutrição. Devemos nos preocupar em melhorar o ambiente do rúmen, estimulando o processo de ruminação. Somente assim os aditivos terão seus efeitos esperados e sabidamente eficases, não é mesmo? Confesso que me preocupo muito com o uso indiscriminado (livre acesso em cochos, por exemplo) de tamponantes em dietas achando que somente este é suficiente para prevenir os distúrbios de acidose. Abraços. Cláudio H. O. de Carvalho. Zootecnista. |
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