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Aditivos Alimentares: Impacto sobre a Saúde e a Lucratividade

POR JUNIO CESAR MARTINEZ

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/09/2011

8 MIN DE LEITURA

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A alimentação de vacas de alta produção continua a desafiar os produtores de leite e os nutricionistas. Além disso, as margens de lucro variam à medida que o preço do leite e o custo da ração mudam de ano a ano. Os objetivos de um programa alimentar bem sucedido estão listados abaixo.

• Otimizar a produção de leite;
•Produzir componente desejáveis no leite;
• Maximizar o produção microbiana no rúmen;
• Estimular o consumo de matéria seca;
• Produzir nutrientes essenciais para a síntese de glândula mamária.

Os aditivos alimentares são um grupo de ingredientes da ração que podem causar uma resposta animal desejável através de um papel não-nutricional (como mudança de pH, promotor de crescimento ou modificador metabólico). Diversos aditivos contêm nutrientes, como o sódio do bicarbonato de sódio ou a proteína numa cultura de leveduras. Os aditivos alimentares não são essenciais, nem garantem alta produtividade ou lucratividade.

Avaliação dos aditivos alimentares

Quatro fatores podem ser levados em consideração ao usarmos um aditivo alimentar: resposta esperada, retorno econômico, pesquisa disponível e resposta a campo. A resposta se refere a mudanças de desempenho que o usuário pode esperar quando o aditivo alimentar é incluído.

• Maior produção de leite (pico da lactação e/ou persistência da produção)
• Aumento dos componentes do leite (proteína e/ou gordura)
• Maior consumo de matéria seca
• Estímulo da síntese ruminal microbiana de proteína e/ou produção de ácidos graxos voláteis (AGV)
• Aumento da digestão no trato digestivo
• Estabilização do ambiente e do pH ruminais
• Melhora do crescimento (ganho e/ou eficiência alimentar)
• Redução dos efeitos do estresse por calor
• Melhor saúde (como menos cetose, redução da acidose ou melhora da resposta imune).

Os retornos refletem a lucratividade do uso de um aditivo selecionado. Como uma melhora na produção é uma resposta mensurável, pode ser calculado um ponto em que não haja perda nem lucro. Por exemplo, um consultor recomenda um aditivo que aumenta os custos de ração em R$ 0,10 por dia. Se o leite vale R$0,12 para cada 0,45 kg, cada vaca deve produzir 0,22 kg a mais de leite para cobrir o custo adicional associado à inclusão de um tampão. Outra consideração é se todas as vacas recebem o aditivo, mas apenas as vacas com menos de 100 dias pós-parto respondem. Estas vacas devem cobrir os custos do aditivo para todas as vacas (as que respondem e as que não respondem).

A pesquisa é essencial para determinar se as respostas medidas experimentalmente podem ser esperadas a campo. Devem ser conduzidos estudos em condições controladas e não tendenciosas, os resultados devem ser estatisticamente analisados (determina se as diferenças podem ser repetidas) e conduzidos sob delineamentos experimentais similares às situações de campo.

Os resultados obtidos em granjas individuais valem a pena em termos econômicos. Os gerentes das granjas e os nutricionistas devem ter uma base de dados para comparar e medir respostas. Várias ferramentas para medir resultados incluem registros de leite (produção no pico, persistência, componentes do leite e curvas de lactação), sumários de reprodução, dados de contagem de células somáticas, consumo de matéria seca, gráficos de crescimento das novilhas e perfis da saúde do rabanho, que permitem uma avaliação crítica de um aditivo selecionado.

Tampões

O ruminante tem um complexo sistema de regulação ácido-base, sendo que o pH no rúmen varia entre 5,5 e 6,8. O pH ruminal está diretamente relacionado às concentrações ruminais de AGV, uma função da degradação microbiana ruminal da matéria orgânica, do fluxo de água através do rúmen, taxas de fluxo ruminal, fluxo de saliva e acidez da ração. Se o pH do rúmen não é ideal, diminui o consumo de matéria seca. A acidose pode causar problemas de saúde e a produção microbiana de energia e proteína diminuem. A adição de tampões dietéticos para controlar o pH do rúmen se justifica se o manejo do cocho e fatores nutricionais causarem queda no pH. As aplicações bem-sucedidas de tampões resultam em maior consumo de ração, aumento da produção de leite e composição favorável do leite.

Niacina

Niacina (B3) é o nome genérico do ácido nicotínico, da nicotinamida e de outros compostos que têm atividade biológica similar. A principal função biológica da niacina é seu papel em um sistema de co-enzimas de energia (metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteína; formação de ATP; e regulação de enzimas). As fontes dietéticas de niacina são variáveis, com baixa disponibilidade biológica, especialmente em não-ruminantes. Os micróbios do rúmen podem sintetizar niacina, mas esta fonte pode ser limitada no início da lactação por alterações de ingredientes da ração no pós-parto e do ambiente ruminal.

Os animais que podem responder economicamente incluem os rebanhos (mais de 8.000 kg de leite por vaca) e vacas (mais de 9.000 kg de leite) de alta produção, vacas em balanço negativo de energia, vacas com tendência a cetose, vacas secas pesadas e vacas com baixo consumo de matéria seca no início da lactação;

Colina

A colina geralmente é classificada como uma vitamina B, mas não se adequa ao papel tradicional de uma vitamina. Seu papel na nutrição de gado leiteiro inclui a minimização da formação de fígado gorduroso, melhora da neurotransmissão e serve como doador de metila. A falta de resposta à colina dietética deve-se à extensa degradação ruminal, estimada em 85 a 95 % da colina suplementar. O mecanismo primário de interesse, em gado leiteiro, é o efeito da colina sobre a transferência de triglicerídeos do fígado, especialmente no início da lactação, quando os ácidos graxos livres do tecido adiposo são mobilizados e se combinam em lipoproteínas, requerendo um doador de metila.

Hidróxi-análogo de metionina

A metionina é um aminoácido sulfurado essencial que está envolvido na formação de lipoproteínas no fígado. O hidróxi-análogo de metionina (MHA) é um composto metabolicamente semelhante à metionina, antes considerado resistente à degradação microbiana. Resultados positivos incluem estágio de lactação (100 dias pós-parto), nível de produção de leite (mais de 22kg de leite), dose (0,15% da matéria seca da ração ou 30 gramas), dietas de alto concentrado (mais de 50%) e baixos níveis de proteína na dieta (menos de 15%).

Sais aniônicos

Sais aniônicos (cloreto de amônia, sulfato de amônia, sulfato de alumínio, sulfato de magnésio ou cloreto de cálcio) fazem com que as rações fiquem mais ácidas, aumentando a absorção de cálcio na dieta e estimulando a mobilização de cálcio dos ossos. Quando há mais cálcio disponível, a vaca consegue manter os níveis de cálcio no sangue, que diminuem devido ao desvio de cálcio causado pela síntese do leite.

Aspergillus oryzae

O Aspergillus oryzae (AO) é um extrato de fermentação produzido a partir de uma cepa selecionada de AO, produtora de enzimas. O aditivo fúngico tem seu principal efeito no rúmen, aumentando as bactérias celulolíticas, alterando os padrões de fermentação de AGV e estabilizando o pH ruminal. Respostas em produção de leite resumidas de cinco experimentos foram de 28,5 kg para animais suplementados com AO, em comparação a 27,3 kg para as vacas controle. Os animais em condições de clima quente tiveram redução da temperatura corporal quando foi fornecido AO. Bezerros recebendo AO foram desmamados mais cedo, com maior atividade microbiana.

Beta-caroteno

O beta-caroteno é precursor biológico da vitamina A, e ocorre naturalmente nos ingredientes (como a alfafa e o milho). Ocorrem perdas significativas de beta-caroteno durante o armazenamento de ração. Seu papel como aditivo é através da melhora da reprodução e da redução de mastite. Um papel específico do beta-caroteno é regular a defesa do hospedeiro nos linfócitos sanguíneos. A adição de 300 mg de beta-caroteno reduz a contagem de células somáticas no leite em comparação a vacas não-suplementadas.

Ionóforos

A monensina (nome comum comercial: Rumensin) e a lasalocida (nome comum comercial: Bovatec) são antibióticos que alteram os padrões de fermentação ruminal. As primeiras pesquisas foram conduzidas com gado de corte. Em experimentos com monensina em gado leiteiro, a melhora em crescimento variou entre 6 a 14%, sem efeitos negativos sobre a reprodução, facilidade de parto e tamanho de bezerro. Ambos os ionóforos são rotulados como coccidiostáticos para novilhas em crescimento. O benefício dos ionóforos como coccidiostáticos é maior crescimento e saúde dos animais jovens. No Canadá, a monensina foi liberada para vacas secas e em lactação como coccidiostático e tem uma indicação para cetose (níveis relatados no Canadá são de 300 a 350 mg por vaca por dia).

Cultura de leveduras

A cultura de leveduras é uma cultura viva de levedura (fungo) e o meio no qual foi cultivada e seca para preservar a capacidade de fermentação da levedura. Vários outros tipos de produtos de leveduras estão disponíveis a partir de processos de fermentação (como levedura de cervejaria e de destilaria). Um sumário de 7 estudos com leveduras concluiu que vacas alimentadas com leveduras produziram, em média, 25,1 kg de LCG (leite corrigido para gordura) a 4%, enquanto as controle produziram 23,5 kg. Vacas no início da lactação tiveram um aumento significativo na produção de leite, enquanto que as no meio da lactação não responderam.

Zinco metionina

O zinco metionina é um composto de zinco e metionina. O aditivo é resistente à degradação pelos micróbios ruminais.

Em oito estudos de lactação, a produção de leite foi de 30,3 e 31,9 kg para as vacas controle e suplementadas com zinco, respectivamente. Entretanto, pesquisadores de Ohio verificaram que a suplementação de zinco metionina não teve efeito sobre a cicatrização de feridas, mastite, resposta imune ou níveis plasmáticos de zinco. Foi relatado que, a campo, o zinco metionina endurece as superfícies dos cascos e reduz distúrbios nas patas. Várias concentrações de zinco metionina estão disponíveis no mercado (os rótulos devem ser verificados para evitar excesso de consumo).


Considerações finais

O interesse em aditivos alimentares vai continuar e será influenciado por novos resultados de pesquisa, publicidade e margens de lucro, permitindo que produtores de leite, consultores, nutricionistas de empresas de rações e veterinários decidam se um aditivo deve ser adicionado. O status atual dos aditivos é classificado da seguinte forma:

• Recomendado: incluir à medida que necessário
• Experimental: precisa ser mais pesquisado e estudado
• Avaliação: monitorar em situações individuais e específicas
• Não recomendado: falta resposta econômica para ser usado hoje.

Referências bibliográficas

Erdman, R. A. 1988. Dietary buffering requirements of the lactating dairy cow. J. Dairy Sci. 71:3246.
Hutjens, M. F. 1991. Feed additives. Vet Clinics North Am.: Food Animal Practice. 7:2:525.
Hutjens, M.F. 1998. Cost effectiveness of feed additives. Advances in Dairy Technology. Dollars and Sense. Western Canadian Dairy Conf. Proc. 10:221

JUNIO CESAR MARTINEZ

Doutor em Ciência Animal e Pastagens (ESALQ), Pós-Doutor pela UNESP e Universidade da California-EUA. Professor da UNEMAT.

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RENATO GIACOMETTI

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 07/03/2013

Parabéns pelo artigo. Gostaria que comentasse um pouco sobre a diferença de usar Levedura viva e MOS na dieta de ruminantes. Existe muita confusão no campo.



Abraço.
JUNIO CESAR MARTINEZ

TANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/04/2012

Prezada Edimara,

As vitaminas normalmente são limitantes, por isso é importante fornecer premix mineral-vitamínimo para evitar a ocorrencia de deficiência ou carência de vitaminas.

Já sobre os modificadores orgânicos existem produtos variados no mercado. São importantes, principalmente para combater endoparasitas gastro-intestinais ou para fornecer suplementos aos animais. Normalmente uma aplicação a cada 90 dias é o suficiente.
EDIMARA SOUZA

UMUARAMA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 23/04/2012

Excelente!

E o que o sr. poderia comentar a respeito das vitaminas e modificadores?

E para gado de corte (desenvolvimento e precocidade)?
ROGÉRIO ISLER

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 17/04/2012

Boa tarde Junio. Parabéns pelo artigo.

Notei no comentário do Gustavo Salvati, de Lavras, que gostaria de mais informação sobre Zinco-metionina. Como a Zinpro detém a patente do complexo metal aminoácido específico (Zinco-metionina) e sou o responsável pela área de ruminantes da empresa no Brasil, gostaria de anexar ao meu comentário o resumo da meta análise publicada no Journal of Dairy Science em 2010 (J. Dairy Sci. 93:4239-4251 doi:10,3168/jds.2010-3058?© American Dairy Science Association®, 2010).

Efeitos da suplementação de microminerais orgânicos sobre a produção de leite e o desempenho reprodutivo de vacas leiteiras em lactação: uma meta-análise.

A. R. Rabiee,*1 I. J. Lean,* M. A. Stevenson,+ e M. T. Socha+

*SBScibus, PO Box 660, Camden 2570, NSW, Australia?+EpiCentre, Institute of Veterinary, Animal, e Biomedical Sciences, Massey University, Palmerston North, New Zealand +Zinpro Corporation, 10400 Viking Dr., Ste. 240, Eden Prairie, MN 55344

Resumo

Os objetivos desta meta-análise foram avaliar o efeito da suplementação com microminerais orgânicos (MMO; Availa-4 e 4-Plex, Zinpro Corp., Eden Prairie, MN) sobre a produção e composição do leite, a produção de componentes do leite e o desempenho reprodutivo em vaca leiteiras. Vinte trabalhos de pesquisa sobre os efeitos de MMO foram considerados nesta meta-análise. Os critérios para inclusão no estudo foram informação sobre a forma do MMO, uma descrição adequada dos dados de randomização, produção e reprodução , e as medidas de variância associadas (EP ou DP) e os valores de P. Os MMOs aumentaram a produção de leite em 0,93kg [intervalo de confiança (IC) de 95% = 0,61 a 1,25], a gordura do leite em 0,04kg (IC 95% = 0,02 a 0,05) e a proteína do leite em 0,03 kg (IC 95% = 0,02 a 0,04) por dia. Não houve diferenças na contagem de células somáticas (CCS) do leite de vacas suplementadas com MMO. Com exceção dos sólidos do leite e CCS, todos os resultados de produção foram heterogêneos. A análise da meta-regressão mostrou que a suplementação pré-parto, durante toda a lactação desde o parto e o uso de outros suplementos aumentaram a resposta em relação à suplementação somente após o parto, a suplementação durante parte da lactação ou não usar outros suplementos, respectivamente. A suplementação de vacas com MMO reduziu o número de dias vazios (diferença de média ponderada = 13,5 dias) e o número de serviços por concepção (diferença de média ponderada = 0,27) em vacas leiteiras em lactação. O risco de prenhez aos 150 dias de lactação foi maior em vacas alimentadas com MMO (razão de risco = 1,07), mas MMO não teve efeito significativo sobre o intervalo do parto ao primeiro serviço e a taxa de prenhez aos 21 dias. Não houve evidência de heterogeneidade para qualquer um dos parâmetros reprodutivos avaliados. Os resultados desta meta-análise mostraram que a suplementação com microminerais orgânicos poderia melhorar a produção e a reprodução de vacas leiteiras em lactação.

ANTONIO DIAS DE SOUZA FILHO

SERRA - ESPÍRITO SANTO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 14/04/2012

Uma aula mesmo, doutor. Obrigado. Sobre a materia, estamos realizando testes de campo para a apuração de resultados da nossa realidade brasileira relativos à utilização de tamponante de alga marinha calcarea Lithothamnium Calcareum, que produzimos aqui, para confirmação de surpreendentes resultados de pesquisas conduzidas por Celtic Sea Minerals na Irlanda e Islandia, avaliados todos os aspectos desta utilização, como facilidade, praticidade, custo, imediata resposta, volumes de produção e incremento dos fatores de valorização(gordura,etc.), alem de ganhos subsidiarios, mas não menos importantes, produzidos pela mineralização no overall state e prevenção de patologias. Um tópico para sua análise, que, quem sabe, nos brindará em breve com mais uma tecnicamente arrasadora e definitiva monografia. Nossos cumprimentos por sua qualidade tecnica.
VANDERLEY ANTONIO CHOROBURA KLEIN

COLORADO DO OESTE - RONDÔNIA - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 19/12/2011

muito importante o artigo, parabens!
JOSÉ LEONEL VICENTE SALUSTIANO

ARACAJU - SERGIPE - ZOOTECNISTA

EM 23/11/2011

Muito esclarecedor e informativo o artigo do Professor Dr. Junior Martinez.


A realidade da pecuária leiteira do Brasil, caracterizada por pequenos produtores, esta longe de um nivel de qualidade nutricional de seus animais condizente com o uso de aditivos. Na verdade em uma grande parte de nossos rebanhos as vacas ainda passam fome. Primeiramente precisamos garantir um nivel satisfatorio de ingestao de alimentos, com qualidade nutricional capaz de satisfazer as necessidades nutricionais dos nossos rebanhos, e proporcionar condições para que nossas vacas possam expressar a sua capacidade de produção.


A partir do momento em que tivermos rebanhos com bom potencial genético, bom manejo nutricional e sanitário, ai teremos um mercado preparado para o uso de aditivos que proporcionam pequenos ganhos que podem representar um ganho financeiro significativo numa produção leiteira eficiente e em larga escala.    
JUNIO CESAR MARTINEZ

TANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/10/2011

Prezado Rodrigo!





O uso de antibióticos é pouco explorado no Brasil. Logo, temos poucos dados sobre virginimicina para afirmar categoricamente. Até o momento ela tem apresentado efeitos positivos na eficiência alimentar e ganho de peso, tanto para monogástrico como para ruminantes. No caso de ruminantes, pesquisas mostram que promove maior inibição na produção de lactato em relação a outros aditivos, o que pode ser uma vantagem no tocante ao pH.
RODRIGO LEMOS MEIRELLES

PIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 14/10/2011

Junio





parabéns pelo artigo!





e o que tu nos comentas sobre a virginiamicina no controle de ph ruminal?


abraço
GUSTAVO SALVATI

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 11/10/2011

Prezado Junio.....





Gostaria que me enviasse se possível o trabalho que você menciona de suplementação com Zinco Metionina. meu e-mail é gustavosalvati@hotmail.com

Desde já agradeço peça atenção e fico no aguardo de sua resposta.





Att,
JUNIO CESAR MARTINEZ

TANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/10/2011

Prezado Luciano,


O tipo de avaliação financeira dependerá do tipo de aditivo ou ionóforo que se usa.


Prezado Carlos,


Obrigado pela contribuição com os dados de alfafa.
CARLOS R. OLIVEIRA

SÃO PAULO - SÃO PAULO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 19/09/2011

Professor Junio, muito me agradou ler e anotar seus comentarios em torno da produção de leite, desta feita focando o Estado do Paraná.


Não pude deixar de notar, entretanto, que você não incluiu em suas observações, o feno de Alfafa  (Medicago Sativa ), rica em proteínas, vitaminas e sais minerais e importante na composição da dieta para a pecuária de leite, reunindo características específicas como alta produtividade, elevado teor proteico, altamente palatável e digestível com excelente qualidade de fibras.


É sabido que a alfafa é consumida na forma de feno que facilita o transporte e a estocagem. O processo de fenação retira 75% do líquido sem prejuízo do valor nutritivo original e das propriedades fibrosas


Como o Sr. sabe a alfafa proporciona substancias  minerais importantes  Cálcio, Fosforo, Magnésio, Potássio, Sódio, etc. e tem seguintes valores garantidos:


Proteína s.m.s: . Min. 18%


Umidade:            Máx. 16%


Fibra Bruta:         Máx. 28%


F.A.D.:                  Máx. 30%


Cinzas:                Máx. 12%


Impurezas:          Máx. 8%





Específicamente na PECUÁRIA DE LEITE, empregada para alimentação do gado de leite, melhora substancialmente a qualidade do leite fornecido porque aumenta a fertilidade das fêmeas, além de propiciar um corte de 50% no fornecimento de rações complementares e produzindo maior volume de leite a preços mais acessíveis e de melhor qualidade.





A qualidade nutricional da alfafa, seu uso nas dietas de rebanhos leiteiros de alto potencial genético e em sistemas intensivos de produção, melhora a eficiência de sua utilização, preservando os animais de distúrbios metabólicos, como a acidose e suas consequências, como a laminite reduzindo os custos de produção.


Seu emprego na alimentação de vacas leiteiras, além de proporcionar a melhoria da qualidade de dietas em volumosos, permite melhor balanceamento da relação energia:proteína.


Embora ainda náo esteja suficientemente difundida posso lhe afirmar que os produtores de leite no Estado de Sáo Paulo, Minas Gerais e Paraná que passaram a utilizar o feno de alfafa regularmente em suas dietas obtiveram excelentes resultados.


Enveredamos há alguns anos pela produção na Argentina, cujo custo é baixo e isento de impostos por estar no Mercosul e pelo fato de obter-se excelete qualidade e produtividade superior àquela da produção sazonal no Brasil e volume para manter o mercado abastecido pelo ano inteiro.


Grato
LUCIANO MARTINS REDU

PARAÍ - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 06/09/2011

ok junio!! bela revisão a respeito de aditivos alimentares !! mas aproveito o assunto para te perguntar e quando a resposta do aditivo a ser incluido na dieta, não tem apenas nos resultados de produtividade de leite ou seus componentes a melhor resposta e sim ,as vezes, numa resposta a medio prazo, muitas vezes atrelados a melhora ou nào de desempenho reprodutivo ou imunologico, qual a melhor avaliaçào financeira a ser feita para adoção ou não deste aditivo?

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