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Estresse Térmico: estratégias para amenizá-lo

POR JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

COWTECH

EM 28/07/2000

3 MIN DE LEITURA

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O que podemos fazer para amenizar os problemas relacionados ao estresse térmico?

O objetivo principal é a refrigeração do animal ou do ambiente em que o mesmo se encontra. Para tal existem aparelhos que podem ser utilizados em sistemas de animais confinados ou uso de sombreamento natural (árvores) no caso de pastagens.

CONFINAMENTO

No caso de animais estabulados, existem várias estratégias que podem ser utilizadas no resfriamento, tais como ventiladores, ventiladores e aspersores em conjunto ou até mesmo piscinas de refrigeração (cooling ponds). No caso do uso de ventilação e aspersão, quando a temperatura se aproxima da casa dos 25ºC, recomenda-se que as vacas sejam molhadas pelos aspersores em ciclos de 15 minutos (3 minutos acionados e 12 minutos desligados). Os ventiladores devem ter diâmetro de suas pás de aproximadamente 1m e devem ser espaçados a cada 10m um dos outros. Deve-se priorizar o resfriamento de locais com grande concentração de animais, como salas de espera na ordenha. Na ausência de aspersores, pode-se utilizar mangueira de água, resfriando os animais, seguida de ventiladores.

A oferta de água limpa e em quantidade adequada é importante ferramenta para amenizar o stress, se possível sob sombra ou perto da sombra. Uma possível estratégia de manejo que pode ser adotada para diminuir os efeitos do negativos de elevadas temperaturas é a realização de maior número de alimentações durante o dia, principalmente nas horas mais frescas. Esta prática deve ser acompanhada de avaliação visual da qualidade do alimento no cocho: aparência, odor, etc., além de atenção redobrada na limpeza de cochos e bebedouros.

Uma outra maneira de auxiliar os animais a combater condições climáticas adversas seria a mudança na proporção de matéria seca na dieta proveniente do concentrado e volumoso (densidade), uma vez que o tempo de permanência de alimentos volumosos no rúmen é bem maior, além de gerar mais calor quando fermentado, afetando a ingestão diária de alimentos. Logo, dietas mais energéticas, ricas em carboidratos não estruturais podem amenizar os efeitos do stress térmico. Em contrapartida, oferecem maiores riscos de acidose ruminal, exigindo um tamponamento eficiente (bicarbonato) e adequada proporção de partículas maiores (fibra efetiva) no volume total do conteúdo ruminal.

O fornecimento de gordura é tecnicamente racional, pois aumenta a densidade energética sem aumentar a fermentabilidade ruminal da dieta. Porém, os resultados são inconclusivos. Também deve-se tomar cuidado ao elevar o teor protéico da dieta, uma vez que, dependendo da fonte e do nível protéico, haverá maiores gastos energéticos para excreção do N adicional.

Na fração mineral da dieta, recomenda-se trabalhar com 1,5% de potássio, 0,4% de sódio, 0,3% de magnésio e 0,75 a 1,0% de bicarbonato de sódio da MS total da dieta.

O stress insere-se no contexto de manejo da propriedade, não havendo, portanto uma recomendação padrão para todas as propriedades. Cabe ao produtor uma análise crítica da sua situação particular e associar os recursos disponíveis da melhor forma possível aos conceitos mais recentes sobre o assunto.

SOMBREAMENTO A PASTO

O sombreamento natural tem maior eficiência refrigeradora em detrimento ao artificial pois os animais encontram uma maior área de céu aberto representando uma superfície mais "fria" em relação às outras possíveis fontes de radiação térmica. As espécies arbóreas recomendadas são aquelas com boa projeção de copa (frondosas) e com folhas perenes, sendo que a altura não deve ser inferior a 3m, propiciando dessa forma uma sombra mínima de 20m2. Deve-se ressaltar a importância da boa ventilação e do tipo de solo em que as árvores se encontram, no intuito de minimizar o encharcamento e conseqüente formação de barro em função do pisoteamento, evitando maiores riscos de contaminações como doenças de cascos, mastite ou até mesmo incidência de bernes. A seleção deve ser rigorosa quanto a toxicidade das folhas e frutos para com os animais, bem como o tamanho deste último, que não deve ser muito grande (diâmetro maior que 5cm) pois a sua ingestão pode obstruir a passagem do esôfago causando timpanismo ( "empanzinamento") e possível morte dos mesmos (CARDOSO, 1987; BACCARI, 1994).As árvores devem ser plantadas de modo que venham a formar agrupamentos (bosques). De acordo com trabalho feito por VALNICE (1994) as espécies mais indicadas para sombreamento em pastagens são: Casuarina (Casuarina sp), Nogueira-de-Iguapê (Aleurites mollucans ), Sibipiruna (Caesalpinia peitophoroides Benth), Sapucaia (Lecythis piosones camb) e Tipuana (Tipuana speciosa Benth). Os melhores resultados encontrados em termos de qualidade térmica foram: Sibipiruna, seguida de Tipuana e Sapucaia.

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Fonte

Hoard’s Dairyman, 10 maio 2000 e arquivo Milkpoint

JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

Espaço para artigos e debates técnicos expostos por especialistas e equipe de consultores.

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