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Estratégias para amenizar o estresse por calor

POR RAFAELA CARARETO POLYCARPO

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/12/2011

3 MIN DE LEITURA

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Verão está se aproximando, trazendo consigo a promessa de tempo quente, alta umidade relativa do ar e estresse térmico para vacas leiteiras, portanto este é o momento para aprender a diagnosticar os animais estressados e técnicas para minimizar o problema.

Sinais de animais com estresse por calor:

Os sintomas de estresse por calor são fáceis de reconhecer: respiração rápida e superficial, com taxas de respiração de pelo menos 60 respirações por minuto; animal ofegante; boca aberta; língua estendida; animais babando.

As fotos a baixo ilustram animais com sintomas aparentes de estresse térmico.
 

 




Figura 1: Vacas com boca aberta e com salivação excessiva.

 

 



Figura 2: Vaca com sinais de estresse térmico.

Estes são os principais indicadores de estresse térmico nos animais. Porém eles não são os únicos, há também os sinais menos aparentes, ou seja, aqueles que agem internamente nos animais. O que precisamos entender é que um animal submetido ao estresse por calor permanece no ´modo de sobrevivência´, ou seja, o animal fica o tempo todo tentando minimizar sua produção de calor e isso traz algumas consequências:

Sua ingestão de alimentos pode diminuir em 35%. A degradação da proteína produz uréia como um subproduto e parte dessa uréia pode acumular-se no útero, resultando em redução da fertilidade e o restante deve ser removido pelos rins, um processo que exige que o animal use mais energia.

Estratégias para amenizar o problema:

A boa notícia é que podemos minimizar algumas destas perdas pelo resfriamento do ambiente e conseqüentemente dos animais. Proporcionar sombra deve ser a prioridade número um. A radiação solar pode aumentar o índice de temperatura e umidade (THI) em 6-9 ° C ( veja o quadro de THI na figura 3). Além disso, certifique-se que o animal tenha disponível água potável de qualidade (veja importância da água no artigo Água: o nutriente esquecido). Fator importante a ser considerado é que as vacas consomem 30% da sua necessidade diária de água ao sair da sala de ordenha, portanto, certifique-se um tenha espaço adequado para todas as vacas beberem água ao saírem da sala de ordenha.



Figura 3: Índice de temperatura e umidade - Quadro de THI

Outra estratégia importante é garantir boa ventilação nas instalações. A ventilação adequada dentro de uma instalação é de extrema importância, pois é responsável pela remoção da umidade, dispersão de gases e do excesso de calor. Com o uso da ventilação natural eficiente, taxas mínimas de ventos em uma instalação são garantidas e isto é muito desejável, pois pode renovar o ar e com isso limitar a elevação de temperatura no interior das instalações.

Vários aspectos devem ser considerados para assegurar uma ventilação natural eficiente: altura do pé direito; orientação das instalações, garantindo que o vento passe no sentido transversal da instalação; conhecimento prévio dos ventos da região; abertura mínima da parede lateral de 1 m2 por cada m2 de área de piso; abertura do cume - 5 cm para cada 3 m de largura do estábulo; evitar uso de estruturas no telhado e o uso exagerado de arborização em torno da instalação (Silva, 1998). As forças naturais disponíveis para o aumento do movimento do ar são devido à ação do vento através das aberturas da instalação e da diferença de temperatura entre o interior e o exterior.

Por fim podemos citar as técnicas de resfriamento adiabático evaporativo (SRAE) que podem aplicadas em diversos mecanismos: nebulização, microaspersão e aspersão nos animais, conseguindo-se reduções de até 6ºC na temperatura interna das instalações (em climas secos). Porém, há um problema relacionado a regiões com alta umidade relativa, onde o acionamento do sistema deve ser intermitente, evitando excessiva umidade relativa, também prejudicial aos animais.

Referências:

Have a Plan for Heat Stress. Bervely Cox; Franklin County. Disponível em: https://pubs.ext.vt.edu/news/dairy/2011/06-01/dp_2011-06-01-1.html

RAFAELA CARARETO POLYCARPO

Profa. Dra. Universidade de Brasília - UnB

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LUIZ CARLOS TRINDADE ALVIM

LAJINHA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/09/2013

Queria saber recursos para serem usados em area aberta pois tenho pouco espaço com cobertura,se posso usar sombrite e qual a altura correta grato

WILL

BOM JESUS DO ITABAPOANA - RIO DE JANEIRO - PESQUISA/ENSINO

EM 20/12/2011

Texto muito bom. Importantíssimo não só pela estação vindoura, mas por sermos um país com clima predominantemente quente. O uso de técnicas e tecnologias que visem amenizar o estresse por calor dos animais são imprecindíveis para se obter bons índices zootécnicos em todos os setores de produção animal.

Há, portanto um equívoco na informação quanto à produção de calor gerada pela mobilização de gordura e proteína. Apesar da gordura ser muito energética, seu incremento calórico é o menor entre os macronutrinetes, ao contrário da proteína que apresenta um incremento calórico considerado elevado, gerando grande quantidade de calor ao ser mobilizada e metabolizada. Tal fato é explicado pelo tipo de ligação química presente nas moléculas dessas duas substâncias, que necessitam de maior ou menor quantidade energia para serem quebradas.

Mas então porque os animais aumentam a degradação de proteína quando submetidos ao estresse por calor?

Este fato está relacionado à manutenção da massa geradora de calor corporal. A manutenção do tecido gorduroso no corpo (turnover lipídico) necessita de muito pouca energia, ao contrário da manutenção do tecido proteico (turnover muscular). Assim, degradar a massa muscular durante um estresse por calor torna-se vantajoso, pois reduz-se uma das principais fontes endógenas de calor. Todo o processo é desencadeado por uma  série alteração endócrinas e está relacionado ao mecanismo de sobreviência ao longo prazo.
LOUIS BAUDRAZ

ROLÂNDIA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/12/2011

Queria mais informação e dado experimental sobre ASPERÇÃO   NOS   ANIMAIS.

  Louis  Baudraz

baudraz@brsul.com.br

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