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Desafios e oportunidades da cadeia leiteira

VÁRIOS AUTORES

FAMÍLIA DO LEITE

EM 09/11/2020

9 MIN DE LEITURA

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A diferença de 29 milhões de toneladas de litros de leite separa a primeira produção de leite anual registrada no Brasil pela FAO em 1961 da última produção registrada no país pelo IBGE em 2018. Desde então, o mercado de leite no Brasil vem evoluindo, e as fazendas se tornando mais tecnológicas e profissionais.

Quanto melhor planejada for a atividade, menor será o custo pelo leite produzido. A competitividade do produto é importante para o mercado de leite, ainda mais devido ao fato de existir uma tendência mundial na redução de produtores. No Brasil, dados apresentados pelo IBGE em 2006 e 2014 indicam a redução do número de produtores de leite em 25,9 e 20,1% entre 1996 a 2006, e 2006 a 2014, respectivamente. Contudo, a redução no número de produtores de leite não impactou na produção, uma vez que essa tem crescido linearmente desde 1961. Em relação a 1996, ocorreu um aumento de 87% na produção e uma redução de mais de 50% no número de produtores (Vilela et al., 2017).

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp, 2016) prevê um crescimento de 2,4% ao ano, e uma produção de 44,4 milhões de toneladas para 2026. Porém, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, 2016) é menos otimista e prevê a produção de 39 milhões de toneladas em 2025. Já estudos sobre o consumo de lácteos pela população indicaram momentos de aumento e de queda, sendo o aumento do consumo desses produtos diretamente influenciado por momentos de aumento da renda per capta do brasileiro. A previsão da Fiesp (2016) estima o consumo de 198 litros de leite por habitante/ano em 2026, número ainda aquém dos 220 litros por habitante/ano recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Outro desafio da cadeia leiteira brasileira é a exportação do leite, pois, historicamente o Brasil importa mais leite que exporta, exceto nos anos de 2004, 2005, 2007 e 2008. Um dos impasses para ampliar a exportação está ligado à sua qualidade nutricional e bacteriológica e dois pontos chaves se destacam. O primeiro diz respeito ao baixo teor de sólidos do leite produzido no país. O leite produzido na Nova Zelândia, por exemplo, possui cerca de 15% a mais de sólidos do que o leite brasileiro. O incentivo financeiro da indústria para o aumento da produção de sólidos ao produtor ainda é pequeno, porém ambos sairiam ganhando se isso mudasse. O segundo ponto diz respeito a legislação interna que precisa ser adaptada para ter conformidade com as normas internacionais.

As atuais exportações brasileiras de produtos lácteos concentram-se em países com mercados menos exigentes, como a Venezuela e países africanos. Espera-se que a diminuição dos produtores de leite do país selecione apenas os mais profissionais, e isso reflita na melhoria da qualidade do leite, o que poderia contribuir para o aumento das exportações. O preço do leite pago no Brasil é 10,6% superior comparado a média do preço pago a diversos países entre os anos de 2012 a 2017 (EMBRAPA, 2019). Isso ocorre, pois o nosso custo de produção é alto, porém, menor do que o de países europeus e Estados Unidos. Esse fato ainda qualifica o leite do país para explorar mercados novos e potenciais, como o da China, Emirados Árabes, México, países emergentes da Ásia-Pacífico, Rússia, Chile, Vietnã, Indonésia e Filipinas.

O sucesso na atividade leiteira não abre espaço para amadores, visto que os produtores de leite do futuro precisarão garantir bons índices zootécnicos na fazenda e adotar estratégias para diminuir o custo da produção do leite. Para se manter na atividade leiteira será preciso cada vez mais reduzir a mortalidade da cria e recria, a idade ao primeiro parto das novilhas, o intervalo entre partos das vacas, aumentar as taxas de concepção e as médias de produção de leite. Portanto, outra mudança no mercado leiteiro é a adoção de novas tecnologias.

A partir de 1950, coincidindo com o fim da segunda revolução industrial do país, a pecuária começou a dar os primeiros sinais de modernização. Em 1952, Getúlio Vargas assinou o decreto de Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA) e a pasteurização do leite se tornou necessária. Demais avanços ocorreram até momentos atuais e Alves et al. (2012) compararam a produção do intervalo entre 1996 e 2006 e relataram que 68% de seu aumento é explicado pela adoção de tecnologias e esse processo continua em progresso. Outras tecnologias fora das fazendas também contribuíram para a melhoria do setor leiteiro. Caminhões com tanques refrigerados e com grande capacidade de transporte, a melhoria das estradas e a coleta de leite programada são exemplos disso.

O aumento do investimento em startups para o setor leiteiro e o grande crescimento de tecnologias na área vem tornando as inovações cada dia mais acessíveis. Os custos de produção são diretamente afetados por essas tecnologias, visto que elas evitam a descoberta tardia de doenças, aumentam as taxas de concepção, direcionam os tratamentos com antibióticos, entre outros. Ou seja, a adoção dessas tecnologias inimagináveis em fazendas leiteiras diminui os custos, fazendo com que esses produtores consigam produzir um leite mais barato.

Em 2012 a primeira ordenha robótica foi instalada no Brasil, em Castro, no Paraná. Em 2015, 10 fazendas contavam com essa tecnologia (Paiva et al., 2015). Em 2020 esse número é cerca de 10 vezes maior. A robótica vem diminuindo os custos de produção, substituindo a mão de obra e melhorando a produtividade, a qualidade de vida do trabalhador do campo e seu retorno ocorre em média, com 6 anos. Além dos robôs, diversas tecnologias vêm se tornando cada dia mais acessíveis e fazendo parte da rotina das fazendas. A implementação dessas tecnologias possui tendência de aumentar ao longo dos anos, principalmente tecnologias “on farm”. São exemplos destas tecnologias: sistemas de detecção e identificação do tipo de mastite na fazenda, colares que checam níveis de ruminação que são capazes de diagnosticar doenças e pedômetros que são capazes de identificar o cio nas vacas pelo aumento da taxa de locomoção.

A automação dos sistemas melhora a coleta e análise de dados da fazenda. Gerando assim cada vez mais índices zootécnicos que ajudarão na tomada de decisão e identificação de possíveis pontos de melhoria (Vilela et al., 2017). Pesquisadores do McKinsey Global Institute (MANYIKA et al., 2017) concluíram que, em 2050, sete em cada dez pessoas viverão em cidades e máquinas e equipamentos serão imprescindíveis para garantir a produção no campo do futuro. O estudo antecipa que metade de todas as atividades desempenhadas hoje por trabalhadores terão possibilidade de ser automatizadas até 2055.

Apesar de grande parte dos produtores brasileiros já estarem adotando novas tecnologias no país, a realidade da maioria do setor ainda não é essa. Segundo o IBGE, cerca de 71,2% das fazendas de leite do Brasil produzem menos de 50 litros de leite por dia e apenas 2% das fazendas leiteiras brasileiras têm a produção diária maior do que 500 litros. Essa realidade é curiosa, considerando que o Brasil é o terceiro maior produtor de leite do mundo (EMBRAPA, 2019). Se compararmos o perfil de produção de leite dos produtores de outros países destaque, a realidade é bem distinta, sendo a porcentagem de médios e grandes produtores bem maior.

Dos 1.176.295 produtores de leite mapeados pelo senso de 2017, somente 634.480 comercializam a sua produção. Ou seja, o leite e produtos lácteos inspecionados consumidos pelos brasileiros vêm de apenas 54% dos produtores de leite (Bezzon, 2020). O restante do leite produzido no país é utilizado para produção de lácteos caseiros ou venda sem registro. Estados como Minas Gerais possuem um terço do leite total produzido vendido sem passar por fiscalização (EMBRAPA, 2018).

Outra possível melhoria nas fazendas leiteiras é a adoção da inseminação artificial (IA). A utilização de sêmen de touros testados garante uma melhoria genética do rebanho, produzindo assim animais cada vez mais produtivos. Apesar disso, apenas 10% das fazendas de leite no Brasil utilizam IA, mas a quantidade de inseminações artificiais vem crescendo nos últimos anos (EMBRAPA, 2020). A tendência futura é de aumento da melhoria genética do rebanho, principalmente das fazendas que querem se manter na atividade.

Portanto, diversos são as oportunidades e desafios para a cadeia de leite brasileira e para o produtor de leite do país. Parte dos produtores de leite do Brasil mudarão de atividade nos próximos anos e esse fato auxiliará na profissionalização da atividade. A tecnologia irá chegar cada dia mais as fazendas leiteiras do país, assim como o planejamento baseado em análise de índices. Segundo previsões, a quantidade produzida pelo país aumentará nos próximos anos, e espera-se que a qualidade do produto produzido também. Com o aumento da qualidade, o leite brasileiro pode atingir mercados internacionais distintos e mais exigentes.

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Referências

ALVES, E. R. A.; SOUZA, G. da S.; ROCHA, D. de P. Lucratividade da agricultura. Revista de Política Agrícola, ano 21, n. 2, p. 45-63, abr./jun. 2012.

BEZZON, L. C. 2020. Quantos Produtores de leite queremos ter no Brasil? - Parte II – O efeito da escala. MILKPOINT. Disponível em: < https://www.milkpoint.com.br/noticias-e-mercado/panorama-mercado/quantos-produtores-queremos-parte-ii-o-efeito-da-escala-217493/>. Acesso: 01 nov. 2020.

EMBRAPA. Anuário do leite 2018. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1094149/anuario-leite-2018-indicadores-tendencias-e-oportunidades-para-quem-vive-no-setor-leiteiro. Acesso: 01 nov. 2020.

EMBRAPA. Anuário do leite 2019. Disponível em: < https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1109959/anuario-leite-2019-novos-produtos-e-novas-estrategias-da-cadeia-do-leite-para-ganhar-competitividade-e-conquistar-os-clientes-finais>. Acesso 01 nov. 2020

EMBRAPA. Anuário do leite 2020. Disponível em: < https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1124722/anuario-leite-2020-leite-de-vacas-felizes>. Acesso 01 nov. 2020

FAO. Agriculture Outlook 2013-2022. Paris, 2013. Disponível em:<https://dx.doi.org/10.1787/agri.outlook2013>. Acesso em: 31 out. 2020.

FAO. Faostat: statistics division, trade, download data, crops and livestock products. Disponível em:<https://faostat3.fao.org/download/Q/QL/E>. Acesso em: 01 nov. 2020.

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Outlook Fiesp 2015-2026: projeções para o agronegócio brasileiro. São Paulo: Fiesp, 2016. 90 p.

IBGE. Censo agropecuário 2006. Rio de Janeiro, 2006. 146 p. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/agropecuaria/censoagro/2006/agropecuario.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2016.

IBGE. Censo agropecuário de 1995-1996. Rio de Janeiro, 1996. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/agropecuaria/censoagro/1995_1996/>. Acesso em: 01 nov. 2020.

IBGE. Pesquisa da pecuária municipal e censo agropecuário. Rio de Janeiro: Sidra, 2016. Disponível em: <https://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?c=94&z=p&o=29>. Acesso em: 01 nov. 2020.

MANYIKA, J.; CHUI, M.; MIREMADI, M.; BUGHIN, J.; GEORGE, K.; WILLMOTT, P.; DEWHURST, M. A future that works: automation, employment, and productivity. [S.l.]: McKinsey Global Institute, 2017. Disponível em: <www.mckinsey.com/mgi>. Acesso em: 01 nov. 2020.

ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. OECD: Agriculture Outlook 2016- 2026. Paris: OECD, 2016. Disponível em: <https://dx.doi.org/10.1787/agr_outlook-2016-en>. Acesso em: 01 nov. 2020.

PAIVA, C. A. V.; PEREIRA, L. G. R.; TOMICH, T. R.; POSSAS, F. P. Sistema de ordenha automático. Embrapa, 2015. Disponível em: < https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/139556/1/Cnpgl-2015-CadTecVetZoot-Sistema.pdf>. Acesso em: 06 nov. 2020.

VILELA, D.; RESENDE, J. C. D.; LEITE, J. B.; ALVES, E. A evolução do leite no Brasil em cinco décadas. Revista de Política Agrícola, v. 26, n. 1, p. 5-24, 2017.

GUSTAVO CAMPOS BUENO DIAS

Zootecnista pela UFV e mestrando de nutrição e produção animal FMVZ/USP

POLYANA PIZZI ROTTA

Professora de Produção e Nutrição de Bovinos de Leite da UFV e coordenadora do Programa Família do Leite

DAYANNE LIMA DE SOUSA

Zootecnista com Doutorado em Nutrição de Ruminantes e membro da Família do Leite.

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JOAO PAULO HOLANDA BARROS

IBICUITINGA - CEARÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/07/2021

Parabéns aos autores pela excelente matéria. As informações aqui apresentadas nos dá uma visão mais concreta do atual mercado.
JUAREZ GONÇALVES MOREIRA

BANDEIRA DO SUL - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/11/2020

Está é a realidade.melhor quálidade melhor preço. O maior problema é o custo dos insumos.O adotar o produtor fiel,a fidelidade será muinto importante para o comprador de leite.Bom para o produtor e os laticínio.
GUSTAVO CAMPOS BUENO DIAS

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 16/11/2020

Sim, Juarez, o problema é que ainda se paga muito pouco muito pouco pela qualidade do leite, pela grande maioria dos laticínios do país. Sobre insumos, é importante se planejar e ter lugar para armazenar alimentos. Assim, possibilita comprar a maior quantidade possível quando o preço estiver baixo, e armazenar.
DIOGO FERNANDES

CURITIBA - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 16/11/2020

excelente reportagem, precisamos produzir cada vez mais e melhor.
GUSTAVO CAMPOS BUENO DIAS

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 16/11/2020

Agradecemos o feedback!
CLAUDIO SOUZA

SENHOR DO BONFIM - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/11/2020

O mercado é o soberano. Temos q sempre ficar atentos as novas tecnologias, otimizar nossos processos internos, enfim, ter uma visão 360° do nosso negócio.
Para podermos ser competitivos e ter poder de negociação.
GUSTAVO CAMPOS BUENO DIAS

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 11/11/2020

Verdade, Claudio!
NELSON JESUS SABOIA RIBAS

GUARACI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/11/2020

Muito bom artigo, o levantamento e o ordenamento da realidade do setor é importante, ter um modelo para isso e faze-lo com frequência é a base para o planejamento estratégico e formulação de politica e regras para o setor.
Gostaria que o mesmo grupo, se focasse em levantar os detalhes das tão faladas IMPORTAÇÕES. quem importa e de quem, como esses produtos s]ao apresentados no mercado. Se as grandes redes importam, estarão fazendo o bypass de um elo da cadeia produtiva, e realmente ganham mais?
Outro ponto importante é como enfrentar o Varejo/consumidor final, que não se importam com os custos de produção e outras dificuldades dos produtores. Enfim muita coisa a se pensar e fazer para a sobrevivência dos milhares de produtores pequenos e médios do Brasil.,
GUSTAVO CAMPOS BUENO DIAS

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 11/11/2020

Nelson, obrigado pelo comentário, muito boa a sua visão sobre a atividade, parabéns. O foco dessa coluna geralmente é em nutrição e produção de vacas, novilhas e bezerras. Nosso conhecimento de mercado é menos aprofundado, e esse artigo foi uma exceção devido ao "acaso". Porém, enviei sua demanda para o grupo família do leite. Se algum estudante do curso de agronegócio souber melhor do assunto e estiver com tempo para escrever, publicaremos. Se não, deixaremos essa demanda para outros autores da MilkPoint. O pagamento por teor de sólidos no leite ainda é uma prática pouco frequente no Brasil no geral, sobre pequenos mercados não tenho certeza. Porém essa reportagem conta sobre um caso em específico: https://www.milkpoint.com.br/noticias-e-mercado/giro-noticias/inedito-verde-campo-lanca-programa-de-pagamento-por-solidos-221455/ . Bom, sobre os demais questionamentos não tenho resposta. Se você achá-las algum dia, me avise também! Abraços.
LUIZ SOARES

MOSSORÓ - RIO GRANDE DO NORTE - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 10/11/2020

Tudo bem. Porem a grande e única pergunta continua: QUANTO CUSTA PARA SE PRODUZIR UM LITRO DE LEITE, na cadeia como um todo. O leite "in natura" e o leite acondicionado? O sucesso do empreendedorismo não mais se mede por rendimento ou qualidade intrínseca do produto; mas, pela produtividade animal dia, custo total, margem de lucro e taxa interna de retorno. Fora disso é aventura e não empreendedorismo.
Pelo visto, no comentário o produtor de leite brasileiro continua sendo o vilão da historia - LEDO ENGANO.
Eng. Agro. Luiz Soares
GUSTAVO CAMPOS BUENO DIAS

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 11/11/2020

Luiz, o custo de produção do leite varia muito em cada estado e região. Lugares produtores de grãos como o sul, centro-oeste e triângulo mineiro possuem custos mais baixos, já que economizam na ração. Porém, esse não é o foco do artigo, quem sabe não é assunto para um próximo? Obrigado pela dica. O sucesso do empreendimento se mede por qualidade sim, existem leis para isso, além de classificação em leite A, B... São vários índices zootécnicos importantes, temos que ter visão holística para a atividade ir pra frente.
DUARTE VILELA

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 10/11/2020

EXCELENTE. Ver e rever a história do leite no Brasil de 1961 à 2020 é algo enriquecedor e motivador. Quanta evolução, quantos desafios quebrados e quantos ainda à nossa frente. Mas, é assim que se constrói um setor promissor, palmeando os erros do passado e trilhando o caminho do futuro.
GUSTAVO CAMPOS BUENO DIAS

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 11/11/2020

Obrigado, Duarte Vilela. Ficamos muito feliz com seu comentário, abraços para você e o pessoal da EMBRAPA aí.
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/11/2020

Excelente texto. Parabéns. Que muitos produtores e técnicos o leiam.
GUSTAVO CAMPOS BUENO DIAS

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 11/11/2020

Obrigado pelo feedback, ficamos muito felizes!
OTONISMAR ALMEIDA DE AGUIAR

SÃO LUÍS DE MONTES BELOS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/11/2020

O nosso custo tecnológico, ainda é muito caro.
GUSTAVO CAMPOS BUENO DIAS

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 11/11/2020

Verdade, Otonismar. Mas nos últimos anos principalmente a EMBRAPA vem investindo muito em startups. Essas tecnologias vem chegando mais baratas no mercado. O programa família do Leite mesmo está terminando de montar sua terceira startup (Volutech, Nutrisolver, "surpresa, aguarde"). Além disso, tem várias startups surgindo em outras universidades, como é o caso da CowMed, que já está disponível para compa. Depois procura saber mais se tiver interesse.
CANDIDA AZEVEDO

UBATUBA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/11/2020

Excelente artigo! É muito esclarecedor ver, de forma clara, como estamos na atividade em relação a outros produtores.
GUSTAVO CAMPOS BUENO DIAS

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 11/11/2020

Obrigado pelo feedback, ficamos muito felizes.

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