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Influência de taxas de crescimento antes e após a puberdade no crescimento e na produção de leite de novilhas leiteiras recriadas a pasto (Parte - 2)

POR CARLA MARIS MACHADO BITTAR

E BRUNA DA CONCEICAO DE MATOS

CARLA BITTAR

EM 25/07/2007

13 MIN DE LEITURA

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Conforme relatado no radar técnico anterior, o estabelecimento de adequadas taxas de ganho de peso durante a pré-puberdade e um ótimo peso corporal à primeira parição são importantes ferramentas para otimização do sistema de produção. Em decorrência do melhoramento genético imposto à produção leiteira, os valores de peso à primeira parição, principalmente para fêmeas criadas em sistema de pastejo, devem ser reavaliados.

Seguindo essa corrente, para manutenção da idade ao primeiro parto, as novilhas em sistemas de pastejo devem apresentar taxas de crescimento mais rápidas. No entanto, existem algumas evidências de que altas taxas de crescimento na fase pré-pubere podem reduzir o desenvolvimento do tecido secretor da glândula mamária. Entretanto, os efeitos dessa redução sobre a produção leiteria ainda geram muitas dúvidas.

Com o intuito de avaliar as possíveis relações existentes entre a influência da taxa de ganho de peso durante esta fase crítica sobre o desenvolvimento da glândula mamária e sobre a produção futura destes animais, continuaremos com a releitura do estudo conduzido por Macdonald et al. (2007).

Material e métodos

O estudo foi conduzido na fazenda do Centro Dexcel de Pesquisa de Forragens na cidade de Hamilton, Nova Zelândia, utilizando-se 645 bezerras das raças Holandesa e Jersey (245 e 400, respectivamente), advindas de 10 rebanhos comerciais próximos.

Os animais foram trazidos ao centro com 4 dias de idade com média de peso de 37±4,1Kg e 29±4,3Kg para as raças Holandesa e Jersey, respectivamente. Sendo mantidas em grupos para uniformização dos pesos, 100±10,5Kg para fêmeas Holandesas e 80±9,5Kg para Jersey.

Após obtenção do peso proposto, as fêmeas foram alocadas em 3 diferentes sistemas de alimentação, com projeções de ganho de peso pré estabelecido:

1. Alta taxa de crescimento (A1) Ganhos de peso entre 0,80 e 0,65 Kg/d;

2. Média taxa de crescimento (M1) Ganhos de peso entre 0,60 e 0,50 Kg/d;

3. Baixa taxa de crescimento (B1) Ganhos de peso entre 0,40 e 0,35 Kg/d.

Os animais permaneceram neste manejo até atingirem 200 e 165Kg de peso, para novilhas Holandesas e Jersey, respectivamente. Sendo então novamente realocadas em dois diferentes grupos de manejo alimentar, com diferentes projeções de ganho de peso:

1. Alta taxa de crescimento (A2) Ganhos de peso entre 0,70 e 0,60 Kg/d;

2. Baixa taxa de crescimento (B2) Ganhos de peso entre 0,50 e 0,40 Kg/d.

Este período estendeu-se até as fêmeas completarem 22 meses, quando retornaram a seus rebanhos de origem (663±5,9 dias para fêmeas Holandesa e 666±11,4 para Jersey), com confirmação positiva de prenhez.

Devido as taxas de ganho impostas nos períodos iniciais de desenvolvimento, em seus rebanhos de origem as novilhas foram alocadas em 6 diferentes grupos, sendo eles:

1. A1 - A2: Altas taxas de ganhos nos períodos 1 e 2;

2. A1 - B2: Alta taxa de ganho no período 1 e baixa no período 2;

3. M1 - A2: Média taxa de ganho no período 1 e alta no período 2;

4. M1 - B2: Média taxa de ganho no período 1 e baixa no período 2;

5. B1 - A2: Baixa taxa de taxo no período 1 e alta no período 2;

6. B1 - B2: Baixas taxas de ganhos nos períodos 1 e 2;

Foram medidos com 27, 30, 40 e 43 meses de idades, o peso e o escore corporal, o perímetro torácico e altura na cernelha. Durante as duas primeiras lactações, a produção de leite e as porcentagens de gordura e proteína foram avaliadas mensalmente, a partir de coletas das ordenhas da manha e tarde. Na terceira lactação, as avaliações passaram a ser a cada 60 dias.

Resultados e discussão

A Tabela 1 apresenta o número de fêmeas alocadas nos diferentes tratamentos e a média de seus pesos a primeira parição. Conforme se pode observar, apenas os animais submetidos a altas taxas de ganho de peso nas fases pré e pós púbere alcançaram peso a primeira parição adequado.

Tabela 1. Peso a primeira parição de novilhas Holandesas ou Jersey submetidas a diferentes combinações de taxa de ganho de peso durante as fases pré e pós-pubere.


Os efeitos das taxas de crescimento foram significativos até o 51o. mês de idade, porém em menores proporções quando comparadas aos 22 meses. Não sendo mais significativos após a quarta lactação. Little e Kay (1979) relatam que as diferenças entre taxas de crescimento controladas ou aceleradas são muito evidentes nas duas primeiras parições.

Os dados referentes a produção de leite para a 1, 2 e 3 lactação estão apresentados na Tabela 2 e a produção leiteira corrigida para o peso corporal no início da lactação pode ser observado na Tabela 3. A produção e a composição do leite nas duas primeiras lactações não foram influenciadas pela taxa de crescimento, em ambas as raças, durante o período 1.

Durante este mesmo período, quando corrigida para o peso inicial a lactação, houve uma redução na produção de leite, conforme a oferta de alimento era aumentada. Sendo os efeitos evidentes na composição do leite nas 2 primeiras lactações das vacas Holandesas e nas 3 primeiras para as Jersey.

Tabela 2. Médias da produção de leite anual (Kg), componentes do leite (Kg) e composição do leite (%) nas 3 primeiras lactações de novilhas Holandesas e Jersey submetidas a diferentes taxas de crescimento nos períodos 1 (B1, M1, A1) e 2 (B2, A2).


Período 1: Período entre 100 - 200 Kg para novilhas holandesas ou 80 - 165 Kg para Jersey;
Período 2: Período entre 200 Kg para novilhas holandesas ou 165 Kg para Jersey até 22 meses;
Hol: Holandesa; Jer: Jersey; PL: Produção de leite; G: Gordura; P: Proteína

Novilhas em baixo nível de alimentação no período 2 produziram 7% a menos de leite, 8% menos gordura e 6% a menos de proteína na primeira lactação, quando comparadas a novilhas no alto nível de alimentação durante o mesmo período. Estes dados demonstram que existe benefício produtivo na primeira lactação quando se aumenta o peso ao primeiro parto dos animais.

Embora vários trabalhos tenham sido conduzidos, os efeitos de taxas de crescimento antes e após a puberdade e do peso ao primeiro parto na produção de leite ainda não estão bem definidos. Isso é particularmente evidente em sistemas baseados em pastagens onde os animais não apresentam o mesmo consumo de matéria seca observado em animais estabulados. Alguns trabalhos têm reportado aumentos na produção de leite em decorrência do aumento do peso ao primeiro parto em novilhas mantidas em pastagens.

Neste estudo, diferenças no peso em resposta a nutrição pré-púbere não afetaram a produção de leite, mas diferenças resultantes da nutrição pós-púrere sim. Isso sugere que o efeito do tamanho da novilha na produção de leite futura não se deve simplesmente ao peso ao primeiro parto, mas também envolve decisões de manejo as quais resultaram no peso final.

Tabela 3. Médias da produção de leite anual (Kg), componentes do leite (Kg) nas 3 primeiras lactações de novilhas Holandesas e Jersey, corrigidas para o peso no inicio da lactação e submetidas a diferentes taxas de crescimento nos períodos 1 (B1, M1, A1) e 2 (B2, A2).


Período 1: Período entre 100 - 200 Kg para novilhas holandesas ou 80 - 165 Kg para Jersey;
Período 2: Período entre 200 Kg para novilhas holandesas ou 165 Kg para Jersey até 22 meses;
Hol: Holandesa; Jer: Jersey; PL: Produção de leite; G: Gordura; P: Proteína

Apesar dos inúmeros estudos realizados para uma melhor compreensão dos efeitos da nutrição nos períodos pré e pós puberdade sobre o desenvolvimento da glândula mamária e a subsequente produção de leite, ainda existe muita divergência quanto as recomendações sobre taxas de ganho para novilhas. Foldager e Serjen (1987) e Ingavarsten et al. (1988) relatam reduções na produção de leite quando as taxas de crescimento durante a pré-puberdade foram superiores a 0,6 e 0,42 Kg/d, para novilhas Holandesas e Jersey, respectivamente. Da mesma forma, Lammers et al (1999) e Radcliff et al (2000) sugerem reduções de 7 a 14% na produção leiteira, durante a primeira lactação, como resultado de um excessivo crescimento na fase de pré-puberdade.

No presente estudo, as taxas de crescimento não afetaram a produção de leite até a terceira lactação. No entanto, se um aumento no peso à primeira parição eleva a produção de leite, conforme os dados do período 2 sugerem, o ajuste para os efeitos positivos de uma alta oferta de alimento no período 1 no peso vivo ao primeiro parto deve ser um melhor indicador dos efeitos da nutrição pré-pubertal sobre a produção de leite.

Os dados da tabela 3 mostram que quando a produção de leite foi corrigida para o peso corporal no início da lactação, a produção de fêmeas submetidas a altas taxas de crescimento, objetivando ganhos de 0,77 a 0,61 Kg/d, respectivamente para Holandesas e Jersey, foi reduzida, assim como a produção de seus constituintes (gordura e proteína). Deve-se ter muito cuidado na interpretação destes resultados, pois apenas a correção do peso corporal também pode indicar que taxas de ganho elevadas reduzem a produção de leite, gordura e proteína em vacas Jersey.

Embora exista uma pequena evidência de que taxas de ganho muito elevadas (acima de 0,8 Kg/d) no período de pós-puberdade possam resultar em efeitos negativos na produção leiteira, as fêmeas utilizadas neste estudo não apresentaram tais taxas, e os efeitos relatados para vacas Jersey podem não ser verdadeiros. Apesar disso, a correção do peso corporal sugere, em longo prazo, efeitos negativos de um elevado crescimento pré-pubertal, reduzindo o desenvolvimento da glândula mamária, de fêmeas submetidas a regime de pastejo.

A hipótese de que altas taxas de crescimento na fase pré-pubertal possam reduzir a produção de leite foi originalmente postulada, como resultado de uma redução no desenvolvimento do tecido secretor e um aumento no porcentagem de gordura na glândula mamária, possivelmente mediados por uma redução na secreção do hormônio de crescimento. O crescimento da glândula mamária pode ser dividido em três fases: o crescimento alométrico, anterior a puberdade, seguido pelo início do período reprodutivo e crescimento isométrico, no período pós-puberdade. Acredita-se que os efeitos da nutrição sejam mais evidentes durante as fases de crescimento alométrico da glândula.

Entretanto, estudos recentes sugerem que não há efeito da nutrição sobre o desenvolvimento diário do tecido parenquimal da glândula, em novilhas submetidas a taxas de ganho de 0,65 a 0,95 Kg/d, na puberdade (Meyer et al., 2004). Com o adiantamento da puberdade, ocorreu um menor desenvolvimento do tecido secretor (parenquimal) total durante a primeira fase de crescimento (alométrico) e, por conseguinte uma redução na produção de leite. No entanto, alguns pesquisadores observaram que a redução do desenvolvimento do tecido secretor não apresenta relação com a produção de leite, durante a primeira lactação.


No presente estudo, as altas taxas de crescimento impostas, não alteraram a produção de leite, independentemente da idade do animal. Evidenciando que apenas uma redução da idade a puberdade não pode ser um fator único possível causa do declínio, ou não, da produção leiteira.

A inconsistência dos resultados na literatura pode ser devido aos efeitos do manejo pós-puberdade, da idade à primeira parição, do tipo de alimento utilizado para atingir o ganho de peso proposto e uma combinação destes fatores, sendo difícil isolar um único efeito responsável.

Silva et al (2002) reportaram que os efeitos da nutrição na fase pré-pubertal pode não estar unicamente relacionado a taxa de crescimento, mas também ao tipo de crescimento. Relatam ainda que um aumento na gordura corporal, no período de reprodução, pode ser um melhor indicador do desenvolvimento da glandular mamária do que a taxa de crescimento. Este estudo não permite a avaliação dos efeitos dos diferentes tipos de dieta, no entanto, novilhas em alta taxa de crescimento no período 1 apresentaram maior gordura corporal e menor peso corrigido à produção de leite.

Os efeitos da gordura corporal, no período de reprodução, é um importante fator a ser considerado, particularmente em sistemas de manejo à pasto, onde as fêmeas geralmente são alimentadas quase que exclusivamente com volumoso, recebendo quantidades muito baixas de concentrado. Esta dieta não deve resultar em altas deposições de gordura (alta lipogênese) como ocorre em dietas com alto teor de concentrado. Outra característica de sistemas a pasto é o aumento na atividade física dos animais necessária para alcançar seu consumo diário de matéria seca.

Uma outra explicação para a inconsistência dos dados diz respeito a influencia do tamanho corporal sobre o potencial de ingestão de matéria seca, podendo este compensar de certa forma alguma redução no desenvolvimento da glândula mamaria, mascarando a os efeitos negativos das taxas de crescimento sobre a produção leiteira.

Conclusão

Os níveis de alimentação durante a primeira fase de crescimento alométrico (pré-puberdade) não afetou de forma significativa a produção de leite das novilhas recriadas a pasto para parição aos 24 meses. No entanto, sugere-se que altos valores de peso à primeira parição, resultante de uma elevada taxa de crescimento, podem ter compensado qualquer efeito negativo do ganho acelerado neste período. O período para inicio da puberdade foi reduzido em elevados planos nutricionais, e as diferenças no peso vivo foi evidente até o 51o. mês. Os níveis de alimentação durante a segunda fase de crescimento (pós-puberdade) esteve positivamente relacionado com a produção de leite na primeira lactação, não sendo evidente nas lactações subsequentes.

Revisão de bibliografia

Foldager, J., and K. Sejrsen. 1987. Research in Cattle Production Danish Status and Perspectives. Mammary Gland Development and Milk Production in Dairy Cows in Relation to Feeding and Hormone Manipulation During Rearing. Landhusholdningsselskabets Forlag, Tryk, Denmark.

Ingvartsen, K. L., J. Foldager, J. B. Larsen, and V. Ostergaard. 1988. Growth and milk yield by Jersey reared at different planes of nutrition. (In Danish with English summary and subtitles.) Rep. 645 Natl. Inst. Anim. Sci., Copenhagen, Denmark.

Lammers, B. P., A. J. Heinrichs, and R. S. Kensinger. 1999. The effects of accelerated growth rates and estrogen implants in prepubertal Holstein heifers on estimates of mammary development and subsequent reproduction and milk production. J. Dairy Sci. 82:1753-1764.

Little, W. and R. M. Kay. 1979. The effects of rapid rearing and early calving on the subsequent performance of dairy heifers. Anim. Prod. 29:131-142.

Macdonald, K,A.; Penno, J.W.; Bryant, A.M.; Roche, J.R. Effect of feeding level pre and post-puberty and body weight at first calving on growth, milk production , and fertility in graindg Dairy cows. J. Dairy Sci. 2005. v. 88. p. 3363-3375.

Radcliff, R. P., M. J. Vandehaar, L. T. Chapin, T. E. Pilbeam, D. K. Beede, E. P. Stanisiewski, and H. A. Tucker. 2000. Effects of diet and injection of bovine somatotropin on prepubertal growth and first lactation milk yields of Holstein cows. J. Dairy Sci. 83:23-29.

Silva, L. F. P., M. J. VandeHaar, B. K. Whitlock, R. P. Radcliff, and H. A. Tucker. 2002. Short communication: Relationship between body growth and mammary development in dairy heifers. J. Dairy Sci. 85:2600-2602.

Comentários

Na primeira parte deste trabalho (Radar Técnico passado) os autores demonstraram que altas taxas de ganho de peso podem ser obtidas com o aumento da disponibilidade de forragem para novilhas leiteiras. O aumento nas taxas de ganho possibilitou a redução na idade à puberdade, o que pode trazer benefícios econômicos à produção de novilhas de reposição, tendo em vista a possibilidade de reduzir a idade ao primeiro parto. No entanto, é sabido que altas taxas de ganho, principalmente na fase pré-púbere de crescimento de novilhas pode reduzir seu potencial de produção de leite devido aos efeitos negativos no desenvolvimento do tecido secretor da glândula mamária.

A segunda parte deste trabalho demonstrou que somente altas taxas de ganho durante as fases pré e pós-púbere foram capazes de resultar em animais com peso ao primeiro parto dentro das recomendações de literatura. O peso ao primeiro parto é um índice que tem alta relação com a produção de leite durante a primeira lactação sendo também uma importante ferramenta de manejo de novilhas leiteiras. As taxas de crescimento não afetaram a produção ou a composição do leite das novilhas Jersey ou Holandês durante as três primeiras lactações.

Entretanto, quando os dados foram corrigidos para o peso ao primeiro parto, houve redução na produção de leite de animais submetidos às maiores taxas de ganho de peso durante as duas fases de crescimento. Vários outros estudos demonstraram redução na produção de leite a primeira lactação em resposta ao crescimento acelerado de novilhas durante a fase pré-púbere.

Fato importante é que não somente é o ganho de peso per se que pode afetar a produção de leite de forma negativa, mas a composição do ganho e a redução da idade à puberdade, o que reduz o tempo disponível para o desenvolvimento da glândula mamária. De qualquer modo, alterações no manejo e na formulação de dietas para altas taxas de ganho de peso, principalmente através do aumento da relação proteína:energia, podem reduzir estes efeitos deletérios do crescimento acelerado na produção de leite.

CARLA MARIS MACHADO BITTAR

Prof. Do Depto. de Zootecnia, ESALQ/USP

BRUNA DA CONCEICAO DE MATOS

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LUCAS GABRIEL PROSPERO GIACON

SÃO GABRIEL DO OESTE - MATO GROSSO DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 14/08/2007

De acordo com o presente artigo, podemos concluir que economicamente seria mais vantajoso recriarmos novilhas com baixas taxas de cresciemento? Pergunto isso pois, para obtermos taxas de crescimento na faixa de 400 a 500g/d, teremos um custo muito menor quando comparado com taxas maiores.

Além disso, não houve variação na produção de leite que justifique expolorar altas taxas de crescimento das novilhas. Pelo contrário, seria vantajoso obtermos baixas taxas de crescimento para que as vacas tenham um menor peso a parição, produzindo quase igual ou até mais que vacas mais pesadas.

Alguns resultados me surpreendem, pois vão contra meus poucos e inexperientes conceitos na produção de leite.

Obrigado pela atenção.

Lucas Giacon

<b>Resposta da autora:</b>

Lucas,

Os dados deste trabalho devem ser vistos com cuidado, principalmente porque não foram relatados dados econômicos da aplicação de altas, médias ou
baixas taxas de crescimento de novilhas. A literatura é clara no que diz respeito a efeito negativo de altas taxas de cresciemnto na produção de leite futura de novilhas quando não é feito um ajuste na dieta
aumentando-se a relação proteína: energia, principalmente na fase pré-púbere.

As médias e baixas taxas de crescimento podem ser consideradas "seguras" sob este ponto de vista. No entanto, resultam em aumento na idade a puberdade (IP) e consequentemente em idade ao primeiro parto
(IPP). A primeira parte do trabalho mostrou um aumento na IP de novilhas com baixa taxa de rescimento.

Isso talvez não seja econômico uma vez que estes animais tem um alto custo de alimentação e não trazem retorno até que entrem em produção. Um dos objetivos na criação eficiente de novilhas de reposição e ter o animal em produção pelo menos aos 24 meses de idade.

Menores taxas de ganho podem comprometer este objetivo. Lembre-se que baixas taxas de crescimento de novilhas de reposição afetam não só a IP e a IPP, mas também tem grande impacto no aumento de nimais em crescimento no rebanho. Isso também afeta a eficiência econômica da atividade.

A avaliação econômica para a tomada de decisão é sempre nebulosa mas deve ser feita em cada propriedade uma vez que estas apresentam aracterísticas próprias em seu sistema de produção.

Att.,
Carla Bittar

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