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Bezerreiros coletivos: quando e por que utilizar?

POR CARLA MARIS MACHADO BITTAR

E GIOVANA SIMÃO SLANZON

CARLA BITTAR

EM 12/09/2018

8 MIN DE LEITURA

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Ao longo dos anos a criação de bezerras leiteiras vem se adaptando às necessidades produtivas e sanitárias dos diferentes sistemas de produção.

A separação do bezerro da mãe logo após o nascimento é uma das práticas mais frequentes entre os produtores, pois assegura maior eficiência na colostragem. Logo após essa separação, muitos animais iniciam uma jornada individualizada, alternativa que diminui a transmissão de doenças com transmissão horizontal (oral/fecal ou por contato) e a competição por alimento entre eles.

Já em outras propriedades, alguns produtores optam por criar os animais em grupos desde o nascimento, principalmente pela maior facilidade de alimentação, mas favorecendo assim a interação social.

O número de pesquisas que buscam entender o comportamento animal dos ruminantes e suas preferências vem crescendo ao longo dos anos. Já é conhecido que os animais, tanto jovens como adultos, se beneficiam de interações sociais em grupos.

Alguns estudos associam esse fator a um maior bem-estar animal, o que resulta em benefícios produtivos (Tabela 1) ou comportamentais que possam também afetar desempenho ou simplesmente facilitar o manejo (Tabela 2).

Tabela 1. Efeito do agrupamento de bezerros no desempenho. Adaptado de Costa et al., 2016.

Tabela 2. Efeitos do agrupamento no comportamento de bezerros. Adaptado de Costa et al., 2016.

Em um dos primeiros estudos sobre o tema, Warnick et al. (1977) observaram trinta e seis bezerros Holandeses durante quatro meses para determinar os efeitos de três tipos de criações: em grupo, individual ou isolados (Tabela 3). Através dessa pesquisa, os autores relataram que bezerros criados em grupos apresentaram maior ganho de peso após o desaleitamento em comparação com bezerros criados isoladamente.

Os bezerros criados em grupos, iniciaram o consumo de concentrado antes que os animais dos outros dois tratamentos, mas o consumo total de concentrado não foi diferente entre os tratamentos.  Animais criados em grupo também tendem a apresentar maior escore no ranking de hierarquia social, principalmente após o desaleitamento, característica que pode influenciar diretamente no maior ganho de peso, já que a disputa hierárquica entre os animais afeta diretamente o consumo.

Tabela 3. Efeitos de diferentes sistemas de alojamento no desempenho de bezerros. Adaptado de Warnick et al. 1977.

Em sistemas comerciais a maioria dos bezerros é criada em instalações individuais, prática essa que pode interferir no seu comportamento. A capacidade de aprendizado pode ser estimulada por interações sociais que ocorrem entre a mãe, outros bezerros ou animais mais velhos. 

No trabalho realizado por De Paula Vieira et al. (2012) foi avaliado se bezerros criados com animais mais velhos iniciaram o consumo da dieta sólida mais cedo e apresentaram maiores taxas de crescimento, durante e após o período de desaleitamento.

Quarenta e cinco bezerros foram dispostos em diferentes grupos: com três bezerros jovens ou dois bezerros jovens e um bezerro mais velho já desaleitado. Animais criados na presença de um animal mais velho consumiram mais feno e tiveram maior ganho de peso antes e após o desaleitamento em comparação aos bezerros criados com animais da mesma idade.

O consumo de concentrado não apresentou diferença entre os tratamentos antes do desaleitamento, mas animais criados na presença de um animal mais velho, visitaram mais vezes e gastaram mais tempo no alimentador automático.

Os autores concluíram que criar bezerros jovens na presença de animais mais velhos, estimula o comportamento alimentar e favorece o crescimento após o desaleitamento. É importante salientar que estes resultados só são possíveis por que não existe restrição de recursos como alimento, água, cama ou sombra.

A pressão social para adoção de métodos de criação em que seja possível manejar os animais de forma que eles possam expressar suas características naturais e demonstrar seus próprios comportamentos é cada vez maior. Embora no Brasil em torno de 50% dos animais leiteiros sejam alojados de forma individualizada, isso está longe de poder ser considerado isolamento social.

Além disso, os autores Chua et al. (2002) mostraram que a porcentagem média de tempo que os animais ficam engajados realizando contato social com outro animal é de apenas 2% do seu tempo diário (Tabela 4).

Tabela 4.  Porcentagem média de tempo de engajamento nos comportamentos avaliados semanalmente durante 24h. Adaptado de Chua et al. (2002).

Outra preocupação que surge ao manejar bezerros em grupos é a ocorrência de mamadas cruzadas. Essa atividade demanda um alto gasto energético do animal, energia que poderia ser gasta se alimentando, ruminando, brincando ou descansando. Dessa forma, é uma ocorrência indesejada que afeta a produção leiteira, pois altera o desempenho do animal que sofre a mamada cruzada.

Além disso, em sistemas onde este comportamento é frequente se observa maior ocorrência de traumas na orelha e umbigo, além de perda de tetos, comprometendo a produção futura.

A preocupação com a disseminação de doenças através do contato ainda é o principal motivo que faz os produtores escolherem criar os bezerros de forma individualizada durante a fase de aleitamento. Doenças como, por exemplo, a diarreia, que afeta boa parte dos animais em aleitamento e é a principal causa de morte de bezerros, tem transmissão do tipo oral-fecal, mecanismo que pode ser agravado na presença de um maior número de animais agrupados.

Os efeitos da criação coletiva na sanidade dos animais ainda não está claro, mas muitos trabalhos mostram maior ocorrência de doenças, principalmente quando existe um animal no lote com histórico da doença (Tabela 5).

Tabela 5. Efeito da composição do grupo na incidência de doenças respiratórias em bezerros. Adaptado de Bach et al. (2011).

O número de bezerros no lote também é um dos fatores que afeta diretamente a saúde dos animais e seu desenvolvimento, principalmente pela rápida disseminação de doenças, mas também por maior competição por recursos. Dessa forma, o tamanho do grupo deve ser considerado pelo produtor ao adotar o sistema de criação coletiva.

Um estudo realizado na Suécia avaliou a saúde de animais de diferentes rebanhos, agrupados em lotes de 8 ou 16 animais. Os autores puderam concluir que, bezerros criados em grupos maiores tiveram maior incidência de doenças e através de uma perspectiva de crescimento e saúde, é preferível agrupar os bezerros em conjuntos com menos de dez animais (Svensson e Liberg, 2006).

Por outro lado, é importante ressaltar que a variação entre as % de ocorrência foi bastante grande, sugerindo que existe um forte efeito do rebanho que pode estar associado a manejo alimentar, ambiente e treinamento do colaborador.

Tabela 6. Efeito do tamanho do lote na saúde de bezerros. Adaptado de Svensson e Liberg (2006).

O desenvolvimento de sistemas de aleitamento automático tem estimulado muitos produtores a adotar o sistema de criação coletiva. Este sistema facilita o fornecimento de dieta líquida para os animais, permitindo não só o controle individual como também o fornecimento de maiores volumes e comportamento mais natural de mamada (várias refeições por dia).

Como os bezerros são em sua maioria separados da mãe ao nascer, os primeiros dias recebem cuidados individualizados através do tratador, mas logo são colocados em grupos e se alimentam através do aleitador automático.

Essa prática é adotada principalmente em grandes produções, onde exige muita mão de obra e é necessário otimizar o tempo. No entanto, existe um período de adaptação para esses animais agora introduzidos em uma vida social. Hierarquia e competição são fatores que afetam os bezerros não só na hora de socializar, mas também na sua eficiência em se alimentar.

O tempo que cada bezerro leva para aprender a utilizar o aleitador automático e para se adaptar a ele é diferente para cada animal.

Atrasos no processo de adaptação podem resultar em menores quantidades de leite ingeridas durante a primeira e segunda semana. Os autores Fujiwara et al. (2014) sugerem que animais jovens levam mais tempo para se adaptar as condições de criação em grupos utilizando aleitadores automáticos, em comparação a animais mais velhos.

No entanto, de acordo com a pesquisa, muitos bezerros com seis dias de vida se adaptam rapidamente às novas condições de agrupamento, especialmente aqueles que apresentam alto vigor após o nascimento.

A dúvida sobre qual alternativa é melhor ainda persiste, mas novos estudos surgem a cada dia para tentar esclarecer os prós e contras dos diferentes sistemas. É necessário ressaltar que o sucesso da criação não depende apenas da escolha do alojamento dos animais, e sim do manejo adequado das bezerras de acordo com as condições de cada local e principalmente do treinamento do colaborador.

Referências bibliográficas

BACH, A., TEJERO, C., AHEDO, J. 2011. Effects of group composition on the incidence of respiratory afflictions in group-housed calves after weaning. Journal of Dairy Science, v. 94, n. 4, p. 2001-2006.

CHUA, B.; COENEN, E., VAN D, J. WEARY, D. M. 2002.  Effects of pair versus individual housing on the behavior and performance of dairy calves. Journal of Dairy Science, v. 85, n.2, p. 360-364.

COSTA, J. H., DAROS, R. R., VON KEYSERLINGK, M, A., WEARY, D. M. 2014. Complex social housing reduces food neofobia in dairy calves. Journal of Dairy Science, v. 97, n. 12, p. 7804-7810.

COSTA, J. H.; KEYSERLINGK, M. A.; WEARY, D. M. 2016. Invited review: Effects of group housing of dairy calves on behavior, cognition, performance, and health. Journal of Dairy Schience, v.99, n.4, p. 2453-2467.

DE PAULA VIEIRA, A.; VON KEYSERLINGK, M. A., WEARY, D. M. 2012. Presence of na older weaned companion influences feeding behavior and improves performance of dairy calves before and after weaning from milk. Journal of Dairy Science, v. 95, n. 6, p. 3218-3224.

FUJIWARA, M.; RUSHEN, J.; DE PASSILLÉ, A. M. 2014. Dairy calves adaptation to group with automated feeders. Applied Animal Behavior Science, v. 158, p. 1-7.

SVENSSON, C., LIBERG, P. 2006. The effect of group size on health and growth rate of Swedish dairy calves housed in pens with automatic milk-feeders. Preventive Veterinary Medicine, v.73, p.43–53.

WARNICK, V. D.; ARAVE, C. W.; MICKELSEN, C. H. Effects of group, individual, and isolated rearing of calves on weight gain and behavior 1977. Journal of Dairy Science, v. 60, n.6, p. 947-953.

CARLA MARIS MACHADO BITTAR

Prof. Do Depto. de Zootecnia, ESALQ/USP

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LARISSA NUNES DA SILVA

SÃO MIGUEL ARCANJO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/09/2018

Carla,boa tarde
Gostaria de sabe se aleitar o bezerro,estando ele deitado,trás algum risco ?
MATOZALÉM CAMILO

ITUIUTABA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 14/09/2018

O Problema é que as pesquisas, quase sempre, não levam em conta se as medidas são viáveis para serem aplicadas no dia a dia das fazendas. Por exemplo criar bezerros novos juntos com bezerros mais velhos, não parece ser razoável apenas para estimular o consumo precoce de dieta sólida. Existem maneiras eficientes de estimular o consumo precoce de alimentos em criações individualizadas. Os benefícios da criação individualizada são infinitamente superiores aos malefícios. Portanto devemos ser muito críticos ao nos depararmos com algumas pesquisas que tentam colocar a baixo todo um trabalho bem feito ao longo de décadas. Inúmeros trabalhos de pesquisas têm, inclusive, cunho comercial. No caso da recria de bezerros em sistema coletivo eu tenho observado nos últimos anos, a tentativa de empresas que tentam colocar seus produtos a qualquer custo, inclusive patrocinando pesquisas que nos levam crer que bons manejos utilizados até então não sejam mais eficientes. Temos que saber o que queremos e selecionar nossas leituras, Nem tudo que está escrito é bom e nem toda pesquisa é útil. Pelo contrário, existe um número grande de pesquisas que não servem para quase nada e estão engavetadas nos departamentos das universidades, muitas vezes patrocinadas com o dinheiro público.
CARLA BITTAR

PIRACICABA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 18/09/2018

Matozalém,
Acredito que o artigo levanta de maneira bastante crítica as vantagens e desvantagens dos dois sistemas de alojamento. Criar de maneira individualizada com certeza nos permite melhor controle do consumo de alimentos e diagnóstico de doenças, além de reduzir de maneira significativa a disseminação de doenças. Por outro lado, você tem que concordar que alguns sistemas são eficientes em criar as bezerras em lotes, e talvez facilitar o manejo diário da fazenda, além de permitir que os animais tenham um tipo de criação mais próximo daquilo que faz parte de sua biologia. Bovinos são animais gregários, gostam de ficar em grupos.
De qualquer modo, nem toda propriedade está pronta pronta para sistemas coletivos!
JOAO COSTA

SÃO JOÃO BATISTA - SANTA CATARINA - PESQUISA/ENSINO

EM 26/09/2018

Caro Matozalém, Muito obrigado pela resposta. Como alguns dos artigos citados nessa matéria são do grupo de pesquisa que trabalho, vou esclarecer alguns pontos. A maioria dos trabalhos (5 dos 8) ali citados foram feitos com dinheiro proviniente da indústria de leite canadense, visto que a pressão por novas estratégias de manejo de bezerras é muito alta. Os próprios produtores de leite financiaram esses projetos para a descoberta de novas formas de produção que sejam eficientes e beneficiem a todos. A mudança na produção leiteira é uma constante e não é diferente no manejo de bezerras. Assim, Não concordo com você sobre a eficiência de criar bezerras isoladamente, a eficiência da criação de bezerras em grupos é muito superior no uso da mão de obra e recursos na fazenda. Tanto que a maioria das fazenda que o fazem, fazem exatamente para diminuir custos com mão de obra, ou para ter a possibilidade de dar mais leite aos animais.E sim, temos outras formas de estimular consumo de bezerras, mas nenhum é tão fácil e barato como colocalas em grupos bem manejados. Nesse artigo aqui e em muitos outros fica claro a discussão dos pontos possitivos e negativos, e muito trabalhos, incluindo o que faço no meu grupo de pesquisa estamos tentando aliar os beneficíos dos dois sistemas. Óbvio que tem uma razão para o sistema individual ser realizado, principalmente no controle de doenças, e temos muito ainda a evoluir no que é o manejo perfeito de bezerras. Creio eu que cada fazenda, e cada lugar do mundo é um caso, mas uma das maiores mundaças que hoje ocorrem na indústria leiteira é a introdução de manejos mais bem vistos pelo público em geral e que tenham mais automação e menos necessidades de mão de obra. Assim, a avaliação do que é o melhor sistema não é tão simples, e muitas vezes ficamos seguros com o que sabemos e conhecemos e não vimos as possibilidades de melhorar com as mudanças. Uma das coisas que sempre recomendo para as propriedades leiteiras interessadas na mudança para sistemas coletivos, é o de colocar bezerras em par ou em três no começo. Assim se acostumar com o sistema e ver a diferença do novo e do velho. Como a Prof. Bittar acertadamente falou "De qualquer modo, nem toda propriedade (OU PRODUTOR) está pronta pronta para sistemas coletivos!"
JACKELINE THAÍS DA SILVA

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/09/2018

Caro Matozalém, concordo com a Carla e com o João Costa, e um ponto importantíssimo que você precisa considerar é forma que é feita a criação individual no Brasil, na verdade não é criação individual e sim alimentação individual das bezerras. Criação individual é feita principalmente para que não ocorra contato entre os animais evitando a disseminação de doenças; já a maioria (grande maioria) da criação "individual" no Brasil que é feito com o "sistema argentino" ou gaiolas os animais se tocam, de forma que se um esta doente facilmente a doença passará para todos da mesma linha; e outo ponto é que geralmente o sistema argentino é montado em terreno com declive e quando chove "a sujeira" vem passando para todo o bezerreiro. Já em gaiolas, a maioria é montada um colada na outra (dividindo as laterais) e todos os bezerros voltam a ter apenas a alimentação individualizada. Criação individual é uma excelente ferramenta para os primeiros 15 dias (período crítico de doenças), depois a criação coletiva torna-se a mais eficiente: custo com mão de obra, bem estar animal e desempenho. Lembrando, sempre quando bem manejada!
LUCAS BRANDÃO-GONÇALVES

OURO VERDE DO OESTE - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 13/09/2018

Eu sempre tenho maldito problema chamado "mamada cruzada". Não importa se vc oferece 6 ou 8 litros de leite diariamente, muitas bezerras insistem nesse hábito, e mesmo outras parecem que pedem pra serem mamadas. Já tivemos algum prejuízo com perda de tetos em nossa criação. Eu prefiro agrupar os animais o mais tarde possível.
CARLA BITTAR

PIRACICABA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 18/09/2018

Lucas,
Existe grande variação na ocorrência de mamada cruzada. De acordo com vários estudos, além do volume de dieta líquida aspectos como composição da dieta e número de refeições também afetam a ocorrência.
Abs.,
EM RESPOSTA A CARLA BITTAR
LUCAS BRANDÃO-GONÇALVES

OURO VERDE DO OESTE - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 15/01/2019

Olá Professora.
Entendo que a interação social é benéfica, até pelo fato de que se trata de uma espécie que vive em rebanhos, é um comportamento instintivo. Infelizmente a domesticação e os sistemas de produção animal acabam interferindo em vários processos/eventos naturais a estes organismos.
Na criação de bezerras e novilhas eu realmente quero equilibrar os métodos que focam na eficiência produtiva com práticas que favoreçam as reais manifestações comportamentais desses animais. Assim, no meu ponto de vista, o tópico da mamada cruzada tem um peso muito importante. Após a desmama, isso se torna um verdadeiro pesadelo pra mim. Realmente gostaria de achar soluções que me deixem mais tranquilo. Farei testes com uma dieta de mesmo volume, mas com maior valor nutricional. Penso em enriquecer o leite com acréscimo de sucedâneo, o que acha?
Obrigado,
Abraço!
EM RESPOSTA A LUCAS BRANDÃO-GONÇALVES
CARLA BITTAR

PIRACICABA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 15/01/2019

Lucas, esta é uma ótima ideia e deverá aumentar as taxas de ganho. Uma outra ideia é utilizar bicos que façam com que os animais gastem mais tempo se alimentando, além de maior número de refeições.
Abs.,
Carla

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