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Fatores que afetam a estabilidade térmica do leite ao teste do álcool - Parte 2

POR LUÍS HENRIQUE ANDREUCCI CONTI

E MARCOS VEIGA SANTOS

MARCOS VEIGA DOS SANTOS

EM 04/11/2009

4 MIN DE LEITURA

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Estudos sobre estabilidade

Diversos autores afirmam que a estabilidade térmica do leite pode estar relacionada com o período do ano. Um levantamento feito por pesquisadores brasileiros na região de Pelotas, Rio Grande do Sul, no período de abril de 2002 a setembro de 2003, apontou para maior ocorrência de leite instável sem acidez adquirida no mês de abril de 2002, com 77,88% das amostras positivas, e mínimo em setembro de 2003, com 31,01%, indicando que o leite produzido durante o outono tem menor estabilidade sobre o leite produzido nas demais épocas do ano para aquela região. Isso indica que a transição entre a estação de maior produção para a de menor produção de massa verde das pastagens exige suplementação para suprir a deficiência da dieta. Os autores propuseram o nome de Leite Instável Não Ácido (LINA) para esta anormalidade do leite.

Pesquisadores cubanos relataram a presença de leite alcalino e positivo ao teste do álcool sem que este leite fosse proveniente de animais com mastite ou de lactação prolongada. Os animais eram da raça Holandesa, com alto potencial genético, e alimentados com cana de açúcar no período seco do ano. Esta anormalidade do leite foi denominada Síndrome do Leite Anormal (SILA) pelos autores.

O leite produzido por vacas no início e final de lactação apresentam concentrações alteradas de proteína, cálcio e fósforo devido à variação da permeabilidade de íons no tecido secretor mamário. A Tabela 1 apresenta um levantamento feito por pesquisadores argentinos relacionando a estabilidade do leite ao teste do álcool ao período de lactação em que os animais se encontravam.

Tabela 1. Distribuição percentual do rebanho segundo o período de lactação em relação ao teste do álcool.



Conforme apresentado na Tabela 1, a maior porcentagem do leite positivo para o teste do álcool 72oGL encontra-se no primeiro terço de lactação com 40% de resultados positivos e no terço final de lactação, com 27% dos resultados positivos. A maior parte do leite estável ao álcool 72oGL e ao álcool 78oGL é proveniente de animais que estão no segundo terço de lactação, representando 54 e 56% dos resultados, respectivamente. Neste caso, a concentração de caseína, cloro, sódio, potássio e a relação destes minerais com a caseína causaram a diferença entre a estabilidade do leite ao teste do álcool.

A Tabela 2 caracteriza aspectos que diferenciam a composição química dos principais componentes e qualidade higiênico-sanitárias do leite estável e do leite instável ao teste do álcool.

Tabela 2. Comparação da composição química do leite estável e instável ao teste do álcool.



Segundo a Tabela 2, o grupo de leite instável apresentou teores inferiores de sólidos não gordurosos e superiores de sódio (Na), cloro (Cl) e potássio (K) no grupo de leite estável, o que pode ter influenciado o resultado do teste crioscópico, enquanto a quantidade de caseína foi maior para o grupo estável. Neste estudo, o teor de cálcio não apresentou diferença estatística para o nível de significância utilizado, mas é possível observar que o teor de cálcio iônico foi numericamente superior no leite instável. Estudos indicam que a maior concentração de cálcio iônico, cálcio total e potássio se correlacionam negativamente com o tempo de coagulação do leite a 140oC, ou seja, quanto maior a concentração destes minerais no leite no leite, menor será o tempo de coagulação, ocorrendo o inverso quando temos uma maior concentração de nitrogênio ureico no leite (NUL), proteína do soro ou pH elevado.

Em estudo realizado por pesquisadores argentinos, comparando o teste do álcool (72oGL- instável X 78oGL- estável) com o tempo de coagulação do leite através de capilares de vidro imersos em solução de glicerina a 140oC, observou-se que o leite instável ao teste do álcool tem 60% de chance de ser termicamente instável quando submetido ao tratamento térmico, enquanto o leite que se apresentou estável ao teste do álcool tem 50% de chance de ser instável quando submetido ao tratamento térmico. Além disso, o tempo de coagulação mostrou ser mais sensível que a prova do álcool para detectar leite instável (55% X 35%). A conclusão dos autores para este estudo é que a prova do álcool não é um bom estimador da estabilidade térmica do leite.

As causas para ocorrência de leite instável não são completamente conhecidas, sendo sua ocorrência relacionada a diversos fatores. Grande parte dos estudos indica que este problema pode estar relacionado ao manejo nutricional inadequado do rebanho.

Referências

Marques, L. T.; Zanela,M. B.; Ribeiro,M. E. R.; Stumpf Júnior, W.; Fischer, V.; "OCORRÊNCIA DO LEITE INSTÁVEL AO ÁLCOOL 76% E NÃO ÁCIDO (LINA) E EFEITO SOBRE OS ASPECTOS FÍSICO-QUÍMICOS DO LEITE". R. Bras. Agrociência; Pelotas, RS; v.13, n.1, p.91-97, 2007.

Negri, L.; Chávez, M. S.; Cuatrin, A. L.; Taverna, M. A.; Rubiolo,A. "Capacidade do teste do álcool para identificar a estabilidade térmica do leite cru". In: 25º Congresso Argentino de Produção Animal. Buenos Aires, Argentina; 2002.

Ponce, P. Caracterização da síndrome do leite anormal: um enfoque das suas possíveis causas e correção. In: 4º Simpósio Internacional sobre Produção Intensiva de Leite. Anais... Instituto Fernando Costa (Caxambu), 61-76; 1999.

Santos, M. V.; Fonseca, L. F L.; "Estratégias para Controle de Mastite e Melhoria da Qualidade do Leite". 1. ed. Barueri: Editora Manole, 2006. v. 1. 314p.

Taverna, M.; Negri, L.; Chavez, M.; Costabel, L.; "Factores que afectam la estabilidad térmica y al alcohol em leches de qualidade higiênico-sanitária". In: I Conferência Internacional sobre Leite Instável; Pelotas, RS; 2009.

LUÍS HENRIQUE ANDREUCCI CONTI

MARCOS VEIGA SANTOS

Professor Associado da FMVZ-USP

Qualileite/FMVZ-USP
Laboratório de Pesquisa em Qualidade do Leite
Endereço: Rua Duque de Caxias Norte, 225
Departamento de Nutrição e Produção Animal-VNP
Pirassununga-SP 13635-900
19 3565 4260

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NADIA HERMEL GOBBI

INDEPENDÊNCIA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/03/2020

Estou com leite instável a um mês, não sei mais o que fazer, troquei toda a alimentação das vacas retirei vacas com 120 dias pre-parto e nada mudou, fiz teste do alizarol individual nas vacas lactantes e não apresentava acides, fiz teste no resfriador também não apresentou alteração, quando chega o freteiro e faz o teste apresenta acides.
PAULO LUIS HEINZMANN

SALVADOR DAS MISSÕES - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/03/2020

Bom dia Nádia!!

Uma pergunta: este leite talha ao ser submetido à fervura??
EDILEUZA DA SILVA

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/10/2019

Gostaria de saber um laboratório de teste leite são José dos campos
PRISCILA GAIA LEVANDOSKI

ITAPEVA - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 28/11/2016

Priscila G. Levandoski

Itapeva- São Paulo





Gostaria de saber se no teste do alizarol o leite instável não ácido apenas precipita ou também da a coloração amarela de ácido? Um falso positivo?? Porque se ele não da a coloração amarela é porque não está ácido e sim apenas instável, correto? Não sendo confundido com leite ácido mais... Obrigada!
LUAN CAMPOS DE MOURA SOUZA

IBERTIOGA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 04/05/2010

Gostaria de saber se a cana de açucar, quando utilizada para alimentar bovinos de leite, pode levar a ocorrência de leite acido? Qual é a explicação?
Obrigado

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado luan campos de moura souza,

A cana de açúcar é uma ótima alternativa de volumoso, mas necessita de ser incluída dentro de uma dieta balanceada. Não deve ser fornecida como única fonte de alimento para vacas leiteiras. O uso da cana em dietas não balanceadas podem levar a ocorrência de leite com instabilidade (positivo ao Alizarol), mas não necessariamente leite ácido. Não se sabe precisamente as causas da ocorrência de leite instável, mas o desbalanceamento da dieta é uma das prováveis causas.

Atenciosamente,
Marcos Veiga

LINCOLN ALVES MEDEIROS

CHAPECÓ - SANTA CATARINA - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 27/02/2010

Caro Prof. Dr. Marcos Veiga

Tivemos um problema bem interessante aqui em Santa Catarina que se destacou em outros que sabemos e tentamos resolver. A ocorrência de SILA tem aumentado muito por aqui, talvez pela maior rigorosidade dos laticínios por usar um álcool próximo de 80 graus, ou mesmo pela maior suceptibilidade dos animais. Aqui tem feito um calor muito forte, acho que isso tem colaborado muito com o aumento das ocorrencias de SILA.
Esse caso que gostaria de falar, foi um caso fora do comum. O técnico da cooperativa me ligou, porque o leite de um produtor começou acusar Hidroxido de Sódio. Na hora, tive pensamento de adulteração ou ineficiencia de limpeza do equipamento de ordenha. Dias depois, fui com o técnico a propriedade. Já tinhamos em mãos a análise do leite de cada vaca.
Esse rebanho tinha 23 animais produzindo leite, 6 animais apresentaram cloreto, dos mesmos 3 apresentaram hidroxido de sódio e 1 bicarbonato. Algumas vacas apresentaram Dornic abaixo de 13, o ph acima de 6.8, e gordura abaixo de 3.3 (1.5 a 3). Observando o laudo, era problema na limpeza dos equipamentos.
Mas o técnico da cooperativa acompanhou a ordenha e descartou o problema.
A dieta havia sido alterada, parou de dar silagem e começou a dar forragem de milho no lugar, parou de fazer ração de grão umido de milho de 15% PB e comprou ração pronta 18% PB, parou de dar mineral forçado.
Reformulamos a dieta e o problema resolveu dentro de alguns dias, algumas antes outras depois.
Conversando com o Prof. Dr André Thaler Neto de Lages - SC, tiramos a conclusão que realmente poderia ser leite Sila, descartando os problemas por deficiencia de limpeza de equipamentos (Por hora).

Foi um caso muito complexo. O que você acha Prof. Marcos?

Abraço


<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Lincoln Alves Medeiros,

Obrigado pelo envio da carta e da descrição do caso ocorrido. Concordo que quando se usa o teste do álcool/Alizarol com álcool 80º, a chance de ocorrência de falso-positivos é realmente alta. Além disso, eu acredito que a grande maioria de problemas de instabilidade do leite tenham um componente ligado a nutrição e pela descrição isso também acontecia.

Uma dificuldade em relação a análise individual do leite das vacas é que os padrões de composição do leite não foram feitos para leite de cada vaca e sim para o leite do conjunto. Sendo assim, é possível que o leite de alguma vaca dentro de um rebanho apresenta menor teor de gordura ou mesmo de cloretos (ocorrência de mastite), mas isso não pode ocorrer no leite do conjunto de todas as vacas.

Pela descrição que foi feita, a nutrição foi o fator preponderante, o que torna a resolução mais complexa, uma vez que cada rebanho tem particularidades e uma grande variação em termos de dietas e ingredientes utilizados.

Atenciosamente, Marcos Veiga
CLAUDIO ROBERTO DE SOUZA PEREIRA

SANTA CRUZ DE MONTE CASTELO - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 29/12/2009

qual diferença do lina para o acido? tem como saber se o leite é acido ou lina no campo, fazendo alizarol?

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado CLAUDIO ROBERTO DE SOUZA PEREIRA",

A denominação de Lina (leite instável não ácido) foi sugerida por pesquisadores do RS para caracterizar o leite que não passa no teste do Alizarol (teste positivo), mas que não apresenta alteração de pH.

O leite ácido teria resultados positivos tanto no teste do Alizarol quanto no teste de acidez titulável (Dornic). Geralmente, em nível de campo não se faz a análise de acidez titulavel, mas isso poderia sim ser realizado, pois o procedimento é bastante simples, mas requer um mínimo de estrutura laboratorial.

Atenciosamente, Marcos Veiga
LUIS MAURICIO ZENTENO BURELO

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/11/2009

Bueno antes de todo felicitar a los participantes del foro. La ocurriencia de rechazos de leche inestable a la prueba de alcohol es un problema generalizado en los trópicos. El proceso UHF en las empresa lacteas han provocado el incremento de manera irracional el contenido de alcohol en los reactivos. Pasando del 70 al 72 y ahora al 78%. Así es practicamente imposible que la caseina no se precpite.

Nosotros hemos tenido un año muy dificil con muchos rechasos, hemos implementado buffers, hemos inyectado aminoacidos, citrato, limpieza extrema y adecuado el nivel de protíena en dieta.

Y aun así tenemos problemas. Lo único que puedo aportar es que un problema nutricional no se resuelve de la noche a la mañana se debe de tener paciencia para obtener respuestas.

Saludos

Chiapas, México.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado luis mauricio zenteno burelo",

Obrigado pela sua participação e pelas suas informações. Atenciosamente,

Marcos Veiga
PAULO LUIS HEINZMANN

SALVADOR DAS MISSÕES - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/11/2009

Prezado Sr. Marcos

Muito oportuna a abordagem deste assunto, dada a frequência com que somos solicitados a resolver problemas de resultadops positivos ao teste do álcool, e nos carece maiores informações sobre o assunto, pela ainda pouca compreensão do problema como um todo, e pelos prejuízos que tem causado a toda a cadeia láctea, principalmente aos produtores, que continuam tendo que ordenhar suas vacas sem no entanto poder comercializar esta produção.

No nosso dia-a-dia, na prática, temos sugerido aos produtores com o problema, um ajuste na dieta, em quantidade e qualidade (equilíbrio nutricional), usando programas de balanceamento (SPARTAN), bem como uma suplementação de mineral 20 % a mais do que a recomendação normal, e com inclusão de leveduras e/ou probióticos via ração. Esta recomendação nem sempre é seguida por carência de alimentos ou recursos na propriedade, geralmente pequena

Além disso, o manejo nutricional é revisto caso a caso, buscando maximizar o consumo de MS, observando tempo de pastejo, redução de stress calórico, etc.

Ao mesmo tempo, avalia-se o resultado deste leite quando fervido, e em qual a graduação alcoólica o leite deixa de acusar resultado positivo (ponto de corte), observando-se que os leites verdadeiramente ácidos acusam resultados positivos tanto em concentrações menores (70 ou 72) e maiores (78 e 80), "engrossa" à fervura, e apresenta °D acima de 18, e como conclusão, trata-se, neste caso, de leite IMPRÓPRIO PARA O CONSUMO HUMANO, ao contrário dos casos de LINA, onde o leite deveria sim ser carregado pelo freteiro, por tratar-se o teste do álcool, dum teste que NÃO relaciona-se positivamente com a estabilidade térmica do leite, como mostra o trabalho dos pesquisadores argentinos.

Isto comprova que urge uma complementação na nossa lei maior que rege as normas sobre qualidade do leite (IN 51), onde deveriam ser regulamentados testes complementares que fariam a diferenciação de leite ácido e LINA (Dornic, pH, fervura, CBT, CCS, por exemplo), onde somente o primeiro (leite verdadeiramente ácido) seria rejeitado pela indústria, e o segundo (LINA), seria carregado e destinado a processos industriais que não o submetessem a altas temperaturas (não UHT e pó), evitando assim que o LINA, perfeitamente apto ao consumo humano (considerando-se que não tenha outro problema de qualidade), fique sendo literalmente jogado fora pelos produtores, por não terem opções de aproveitamento deste alimento.

Se ficar como está, continuamos nós técnicos tentando resolver um problema de campo, possivelmente nutricional, que se mostra cada vez mais frequente, e enquanto não for resolvido, litros e mais litros de um alimento nobre continuarão sendo jogados fora, trazendo prejuízos aos produtores, enquanto poderiam estar sendo consumidos e matando a fome de muitos brasileiros que normalmente não tem acesso ao consumo de lácteos.

Abraço a todos!

Att,

Méd. Vet. Paulo LUis Heinzmann

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado PAULO LUIS HEINZMANN,

Obrigado pela sua mensagem e pelo relato fiel da realidade que enfrentamos na questão da estabilidade do leite.

Pelos dados de resultados de composição que temos acompanhado dos laboratórios de qualidade do leite, uma parcela significativa (entre 20-50%) do rebanhos em algumas épocas do ano não se alimenta de forma adequada, visto que não atinge a porcentagem de sólidos não-gordurosos (proteína, lactose, minerais). Essa situação é ilustrativa dos problemas ligados a nutrição que ainda ocorrem, a despeito de toda a informação e tecnologia disponível. Se por um lado existe um problema de análise e metodologia para identificar o leite instável, é verdade também que as vacas passam fome durante parte do ano.

Atenciosamente, Marcos Veiga
FERNANDO MELGAÇO

GOIÂNIA - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 16/11/2009

Prezado Dr.Marcos,
Acho que o melhor a fazer,seria abandonar esse teste do álcool,usando outros mais precisos,como Acidez Dornic e pH,para se classificar leite ácido.
Fernando Melgaço.

<b>resposta do autor:</b>

Prezado Fernando Melgaço,

Minha opinião é de que o teste do álcool/alizarol é muito útil, mas não pode ser usado como teste único da condenar leite, principalmente resfriado. Nessa situação, a recomendação seria usar um segundo ou terceiro teste complementar para determinar se condena ou não o leite. Um dos problemas é de que nenhum dos testes que você mencionou pode ser feito de forma tão rápida e fácil na própria fazenda, pois demandam algum tipo de treinamento e maior complexidade.

Sendo assim, acredito que o teste do álcool/ alizarol ainda será utilizado por muito tempo nas nossas condições.

Atenciosamente, Marcos Veiga
MARCIA DE AGUIAR FERREIRA

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PESQUISA/ENSINO

EM 13/11/2009

Como uma das causas de instabilidade proteíca pode estar associada a uma deficiência de Fosfato, que é um dos responsáveis por manter a proteína estável, o fornecimento de sal de BOA qualidade pode reverter o quadro.
Mas, existem casos em que nenhum tratamento surte efeito, caracterizando uma predisposição do animal devido a uma incapacidade na síntese proteíca, e a única solução é o descarte do animal.
CONSULTOVET

APARECIDA DE GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/11/2009

Parabéns, pela abordagem.
Gostaria de saber, como relatado grande parte dos estudos indica que este problema pode estar relacionado ao manejo nutricional inadequado do rebanho, qual seria a sugestão da alimentação para evitar este problema. Dadas condições climáticas da região Centro-Oeste.

<b>Resposta do autor:</b>

"Prezado consultovet",

Infelizmente, não tenho como fazer uma recomendação tão geral em relação à alimentação na região Centro Oeste. Para uma formulação mais específica e detalhada é necessário consultar um nutricionista, que estaria mais preparado para a formulação das dietas.

O que tem sido observado em termos de pesquisa é que quando a vaca sofre restrição alimentar (menor consumo de alimentos), existe alteração da composição do leite (além da perda de produção) e redução da estabilidade da proteína. No entanto, ainda não existem estudos específicos sobre quais nutrientes (proteína, energia, cálcio, fósforo) podem estar mais ou menos ligados aos problemas de instabilidade do leite.

A minha sugestão geral é de que se houver o aparecimento do problema, deve-se fazer uma avaliação completa na dieta e melhorar a condição de alimentação, caso seja identificado problemas de desbalanço ou deficiências na dieta.

Atenciosamente, Marcos Veiga

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