As plantas invasoras de pastagens são também conhecidas como ruderais, silvestres, mato, incó, erva daninha, infestante, nativa, nociva, secundária, erva má, inço e juquira... seja qual for o nome, elas costumam ser uma das grandes vilãs da produtividade do sistema e, portanto, é preciso entender sua fisiologia e principais métodos de controle.
A facilidade que estas plantas têm de se adaptar às mais diferentes condições (solo, clima, etc.) facilita sua competição com as gramíneas. Esta competição ocorre por espaço, luz, água e nutrientes do solo, o que provoca uma diminuição da produção de massa verde nas pastagens e, consequentemente, reduz a capacidade de suporte do pasto invadido, podendo provocar, ainda, desde um atraso no estabelecimento das gramíneas forrageiras até a redução do perfilhamento.
Existem dois tipos básicos de plantas daninhas em pastagens. O primeiro ocorre em pastagens bem formadas, com forrageiras de alta competitividade por espaço e bem manejadas, situação em que as oportunidades são reduzidas para a infestação. Neste caso, as invasoras com melhores chances de estabelecimento são as arbustivas e árvores de pequeno porte, ou seja, plantas de ciclo longo (crescimento lento), que demandam controle pouco frequente e menos rigoroso.
O segundo tipo ocorre em pastagens malformadas e ou extenuadas pelo manejo inapropriado (superlotação de animais). Nesta situação, predominam invasoras de ciclo curto, ou seja, rápido crescimento, que por este motivo demandam controle frequente e rigoroso.
A infestação das pastagens por plantas daninhas ocorre, principalmente, por erros de manejo, tais como:
· Excesso da pressão de pastejo;
· Roçada inadequada, pelo número ou época das operações;
· Não reposição de nutrientes no solo;
· Plantio de gramíneas não adaptadas às condições em que foram expostas;
· Erros na formação da pastagem;
· Excesso ou deficiência de água e
· Sementes que vêm no trato digestivo de animais oriundos de outras áreas, onde há infestação de plantas daninhas.
Além de comprometer a produtividade das pastagens, as invasoras podem trazer inúmeros prejuízos, como: competição com a pastagem, reduzindo a capacidade de suporte do pasto; toxicidade aos animais; hospedagem de parasitas, como carrapatos e moscas do berne; danos físicos aos animais (ex: espinhos); alelopatia; parasitismo; hospedagem de inimigos naturais das pastagens e diminuição na qualidade de forrageiras armazenadas.
Alguns autores apontam perdas em lotação da ordem de 20 a 57%, causada por infestação de plantas daninhas. As plantas invasoras também podem causar obstáculos ao manejo adequado dos animais e à manutenção de cercas.
Animais em pastos com alto nível de infestação (barreira visual) tornam-se mais arredios ao manejo dos vaqueiros. Em pastos sujos, o manejo de vaca com bezerro ao pé é dificultado, inclusive podendo promover maior taxa de mortalidade dos bezerros recém-nascidos, além de dificultar a detecção de cio em sistemas com inseminação artificial.
Desta forma, é fundamental entender como prevenir e controlar o aparecimento de invasoras nas pastagens!
Este assunto será objetivo de um dos módulos do treinamento on-line: “Intensificando o uso das pastagens: da formação ao manejo”, com o engenheiro agrônomo Manfred Folz. O curso começará no dia 17/10 e trará as principais medidas de manejo que devem ser tomadas para obter pastagens altamente produtivas.
Ou entre em contato:
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Referências:
Folz, M. “Intensificando o uso das pastagens: da formação ao manejo”. Texto extraído do material do curso on-line, módulo 4.