A PGF2a pode ser usada eficientemente no manejo reprodutivo de vacas leiteiras, mas, devido à baixa taxa de concepção quando se insemina em horário prefixado, torna-se indispensável a detecção contínua de estro. Assim, não elimina o problema de muitos rebanhos, caracterizados pela baixa detecção de estro.
O protocolo "Ovsynch" sincroniza a ovulação em vacas leiteiras, possibilitando a utilização da inseminação artificial, sem a necessidade de observação do estro. O protocolo "Ovsynch" consiste em uma aplicação intramuscular de 100mcg de GnRH, independentemente do dia do ciclo estral em que as vacas se encontram, causando ovulação do folículo dominante presente e, iniciando ou coincidindo com o início de uma nova onda de crescimento folicular, sincronizando o desenvolvimento do próximo folículo dominante. Uma injeção intramuscular de PGF2a (35 mg) é administrada sete dias após a primeira aplicação de GnRH, causando a regressão do corpo lúteo.
A ovulação é sincronizada em um período de 8 h , 24 a 32 h após a segunda aplicação de GnRH (Figura 1), ocorrendo a sincronização da ovulação porque os folículos pré-ovulatórios estão sincronizados no mesmo estádio de desenvolvimento e respondem ao LH liberado em resposta à segunda aplicação de 100 (g de GnRH (PURSLEY et al., 1995).
O protocolo "Ovsynch" (Fig.1, Tab.1), elimina a necessidade de detecção de estro, por sincronizar a ovulação, diminuindo o número de dias para a primeira inseminação (54 vs. 83 dias; P<0,001), mantendo a mesma taxa de concepção ao primeiro serviço (37 vs. 39%; P>0,25), aumentando a % de vacas gestantes aos 100 dias (53 vs. 35%; P<0,001) e, diminuindo o período de serviço (99 vs. 118 dias; P<0,05), quando comparado à utilização de PGF2a (PURSLEY et al., 1997).
Tabela 1. Intervalo parto - IA, parto concepção e taxa de concepção em vacas inseminadas após observação de cio vs. vacas inseminadas após sincronização de ovulação (Ovsynch).
fonte: MilkPoint