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Melhoria da fertilidade em vacas repeat breeder

POR RICARDA MARIA DOS SANTOS

E JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

JOSÉ LUIZ M.VASCONCELOS E RICARDA MARIA DOS SANTOS

EM 19/03/2009

11 MIN DE LEITURA

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Este texto é parte da palestra apresentada pelo Dr. Todd R. Bilby, no XIII Curso de Novos Enfoques na Reprodução e Produção de Bovinos, realizado em Uberlândia em março de 2009.

Introdução

O custo da baixa fertilidade para a pecuária foi estimado em 600 milhões de dólares em 1979 (Gerrits et al., 1979). Este valor é provavelmente subestimado para a pecuária leiteira de hoje, já que houve declínio drástico na fertilidade desde 1979. Falhas reprodutivas perdem apenas para a mastite em termos de causa de descarte involuntário, o que enfatiza a importância econômica de conseguir que as vacas emprenhem no intervalo correto.

A vaca "repeat breeder" é definida como qualquer vaca que foi inseminada pelo menos três vezes e retornou ao estro ou a uma quarta inseminação a tempo fixo. Essa síndrome pode ser um dos problemas mais frustrantes afetando o manejo reprodutivo do rebanho leiteiro. As taxas de concepção normais nos rebanhos de vacas leiteiras holandesas costumam variar entre 35 e 45% e a porcentagem de repeat breeders entre 28 a 17% (Tabela 1).

Como mostrado na Tabela 1, quanto mais baixas as taxas de concepção, maior o número de vacas repeat breeders no rebanho. Consequentemente, vacas repeat breeders constituem um problema significativo que afeta não só a fertilidade, mas também a lucratividade da granja.

Clique na imagem para ampliá-la.

Custo das Repeat Breeders

O modo de estimar o custo de repeat breeders varia dependendo das condições de cada granja. O valor de uma prenhez depende de vários fatores, como produção esperada no futuro, idade da vaca, dias em lactação, estágio da gestação, preço do leite, custo médio de reposição, etc. Dois fatores principais a serem considerados são a produção de leite e o número de dias em lactação.

O percentual mais alto de vacas repeat breeders é observado em fase mais tardia da lactação. Por exemplo, se a primeira inseminação é feita em média no dia 65 da lactação e os ciclos estrais das vacas modernas costumam durar 22-24 dias, o quarto serviço ocorreria próximo ao dia 134 da lactação; assumindo, é claro, que nenhum estro é perdido e que as vacas são inseminadas sempre que o cio é detectado. Se as fazendas usam programas de inseminação em tempo fixo (sem a detecção de cio), então isso pode ocorrer em pontos até mais adiantados da lactação dependendo do período voluntário de espera e de quão rápido se diagnostica a gestação. Muito provavelmente esse número é subestimado e a maioria das repeat breeders está ainda mais adiantada na lactação.

O Gráfico 1 mostra o valor da gestação em produção de leite em relação ao número de dias em lactação. Como ilustrado, o custo de emprenhar uma vaca aumenta quanto mais adiantada a lactação, demonstrando a importância de conseguir a prenhez das repeat breeders que costumam estar mais adiantadas na lactação. No entanto, existe um ponto no qual esse custo cai drasticamente (dependendo da produção de leite), significando que a partir daí é mais lucrativo descartar a vaca e substituí-la por uma novilha.



Gráfico 1. Valor de uma nova gestação durante a segunda lactação por dias após o parto e produção relativa de leite (baixa, ; média, ; alta, ) comparada com uma curva de lactação média. Adaptado de De Vries et al., 2006.


A fazenda possui um problema sério de repeat breeders quando elas ultrapassam 30%. Pode ser difícil diagnosticar o problema porque ele pode ter várias causas, de origem no animal ou rebanho, ou decorrentes de problemas de manejo.

Os problemas que podem afetar tanto o rebanho quanto (ou) vacas individuais, aumentando as chances de animais se tornarem repeat breeders são os seguintes: Infecções uterinas (metrite e endometrite), infecções vaginais ou cervicais, doenças infecciosas de origem bacteriana, viral ou protozoária, distúrbios endócrinos e de ovulação (ovários císticos, anovulação e atraso na ovulação), defeitos anatômicos no trato reprodutivo, baixa qualidade dos ovócitos e perda embrionária ou morte fetal.

A síndrome da repeat breeder também pode ser causada por problemas de manejo ou pela falta dele. Alguns fatores de manejo que devem ser considerados são: momento inadequado na inseminação (tarde ou cedo demais, inseminação de vaca já prenhe, etc), inseminação de vacas que não estão em estro, acompanhamento inadequado dos programas de ressincronização, falha na detecção de cio, manuseio inadequado do sêmen ou falhas na técnica de inseminação, uso de touros com fertilidade baixa, touros estéreis, problemas no ambiente das vacas e falhas no período de transição e na nutrição.

Excluindo-se as repeat breeders com defeitos anatômicos, pode-se obter uma taxa de concepção praticamente normal com um único serviço. Portanto, a maioria das repeat breeders não é estéril, tem uma fertilidade baixa. Estudos antigos e até mesmo recentes mostram maneiras de reduzir o número de repeat breeders com a utilização de ferramentas de manejo reprodutivo. A seguir estão algumas das possíveis estratégias.

Possíveis soluções para reduzir o número de repeat breeders

Melhorar a detecção do cio

Falhas na detecção do estro costumam ser a causa mais frequente de vacas se tornarem repeat breeders. Como a detecção de cio é inferior a 60% em muitas fazendas leiteiras, é necessário encontrar maneiras mais eficientes e precisas de detectar o cio. A utilização de uma combinação de ferramentas de detecção de cio melhora tanto a precisão quanto o número de animais inseminados durante o estro, o que por sua vez melhora a taxa de concepção (Rorie et al., 2002). Por exemplo, algumas ferramentas para a detecção de cio são giz na base da cauda, pedômetros, sistemas de radiotelemetria, lista previsão de retornos ao cio, palpação para avaliação do tônus do trato reprodutivo e observação de secreção de muco cristalino.

No entanto, ainda não existe um método tão bom em termos de custo-benefício quanto um observador bem treinado, além do touro. Pode até mesmo ser necessário "dar alguns passos pra trás" em termos de detecção de cio e utilizar a inspeção visual 2 a 3 vezes por dia. A utilização de sinais secundários é eficiente para aumentar a precisão e o número de vacas realmente em estro. Pesquisas mostraram que de 7 a 20% das vacas inseminadas não estavam na verdade em estro.

Transferência de Embriões

Quando bem sucedida, a transferência de embriões em vacas leiteiras apresenta benefícios em melhorar a fertilidade do rebanho, principalmente durante o estresse térmico do verão. Essa técnica pode contornar determinadas causas de infertilidade (como falha na fertilização e perda embrionária precoce). Um estudo recente conduzido no Japão pesquisou a eficácia da transferência de embriões in vitro congelados em estabelecer a gestação em vacas repeat breeders (Dochi et al., 2008). Vacas leiteiras holandesas (n=532) com falhas em pelo menos 3 tentativas anteriores de IA foram incluídas no estudo. Os embriões foram transferidos 7 ou 8 dias após a observação do cio, para dois grupos de animais que foram inseminados ou não com sêmen congelado. Observou-se um aumento (P<0,05) na taxa de prenhez para o grupo de transferência de embriões mais IA, comparado com TE sem IA, tanto em novilhas (49,2% vs. 29,5%) quanto vacas (41,5% vs. 20,4%).

Nesse estudo, taxas de prenhez bastante aceitáveis foram obtidas em novilhas e vacas holandesas repeat breeders após a transferência de embriões produzidos in vitro; sendo assim, a transferência de embriões pode ser usada para melhorar as taxas de prenhez em vacas leiteiras repeat breeders.

Administração de GnRH na inseminação

Stevenson et al., (1990) agruparam os efeitos da administração de GnRH no momento da inseminação de vacas repeat breeders. Um resumo desses estudos está apresentado na Tabela 2, e os dados provenientes das publicações originais foram submetidos a uma série de análises estatísticas por W. W. Thatcher (1993 Florida Dairy Production Conference Proceedings). Dos estudos relatados, seis apresentaram efeitos benéficos significativos do GnRH sobre as taxas de concepção que variaram entre 7 e 25%. No entanto, em sete estudos não foram observados efeitos significativos. A diferença nas taxas de concepção entre os grupos com GnRH e os controle variaram de -15 a +15%.

Em todos os estudos, o GnRH aumentou a concepção em 7,6%, mas foi detectada uma interação entre tratamento e estudo, indicando diferenças entre os resultados dos trabalhos quanto ao efeito do GnRH sobre as taxas de concepção. Ainda são necessárias pesquisas para determinar quais são os fatores contribuindo para essa variabilidade na resposta ao GnRH observada entre os estudos.

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Administração de hCG após a IA

Vários estudos analisaram os efeitos da gonadotrofina coriônica humana (hCG) sobre a fertilidade observando pouco ou nenhum resultado. No entanto, poucos deles usaram um número grande de animais para avaliar a eficácia do hCG sobre as taxas de concepção e perda gestacional de vacas leiteiras de alta produção em condições de campo (Eduvie and Seguin, 1982).

Santos et al. (2001) avaliaram os efeitos do hCG administrado no dia 5 após a IA sobre número de CL, concentração plasmática de progesterona, taxa de concepção e perda gestacional de vacas leiteiras de alta produção. Um total de 406 vacas receberam uma injeção de hCG ou de solução salina no dia 5 após a IA. O tratamento com hCG resultou em 86,2% das vacas com mais de um CL comparado com 23,2% nos controles. As concentrações plasmáticas de progesterona estavam aumentadas em 5,0 ng/mL nas vacas tratadas com hCG. O aumento no número de CL no grupo tratado levou ao aumento na concentração plasmática de progesterona comparada com o controle. As taxas de concepção também aumentaram (P<0,01) no grupo tratado com hCG nos dias 28 (45,8 vs. 38,7%), 45 (40,4 vs. 36,3%) e 90 (38,4 vs. 31,9%) em comparação com o controle. No entanto, não foram observadas diferenças entre os grupos para o número de perdas gestacionais. Sendo assim, o efeito positivo do hCG foi mediado pela redução na perda embrionária precoce. O benefício do hCG em aumentar a taxa de prenhez foi mais evidente nas vacas que estavam perdendo condição corporal entre a IA e o dia 28 da gestação.

Um estudo recente com receptoras de transferência de embriões detectou aumento na taxa de prenhez nos animais tratados com hCG (Nishigai et al., 2002). A taxa de prenhez de vacas recebendo hCG no dia 6 foi mais alta (67,5%) do que nas vacas controle (45,0%) ou nas vacas recebendo hCG no dia 1 (42,5%) após o estro. Isso reforça a idéia de que a indução de um CL acessório e aumento nas concentrações plasmáticas de progesterona reduzem a perda embrionária precoce em bovinos. Em outro estudo com repeat breeders, o hCG foi administrado no dia 5 após a IA e as taxas de prenhez e a progesterona no leite foram mensuradas (Kendall et al., 2008). Houve aumento significativo na taxa de prenhez (P<0,05) nas vacas multíparas (65% vs. 37%), mas não nas primíparas (40% vs. 37%), e a concentração de progesterona no leite aumentou nas vacas tratadas com hCG comparadas com o controle (34% vs. 11%).

Parece que a indução do CL acessório e conseqüentemente o aumento na progesterona podem melhorar a fertilidade de repeat breeders, embora a condição corporal e a paridade das vacas podem influenciar a resposta ao hCG.

IA continuada vs. monta natural

Uma possível questão de manejo que aumenta as chances de uma vaca se tornar uma repeat breeder, ou continuar sendo uma repeat breeder, pode ser o quão extensiva é a utilização e o manejo do touro no programa reprodutivo da fazenda. Freqüentemente as vacas são apresentadas ao touro para monta natural (MN) em um dia determinado da lactação (como dia 180) ou após certo número de IAs (como mais de 3 IA). Consequentemente, muitas granjas nos EUA usam um programa reprodutivo que combina IA e MN (Champagne et al., 2002; NAHMS, 2002; Smith et al., 2004).

Muitos produtores se voltam para a MN porque ela contorna erros humanos como falha na detecção do cio, principalmente em situações de estresse térmico. No entanto, quando se opta pela MN em vez de IA, perde-se em progresso genético e no ganho econômico potencial decorrente do aumento na produção de leite. Mostrou-se que vacas filhas de touros provados para IA produziram 1400 kg a mais de leite ao longo da vida produtiva no rebanho e foram 148 dólares mais rentáveis do que filhas de touros não provados para IA (Cassell et al. 2002). Além disso, Overton (2005) mostrou que a MN apresenta em média um custo/vaca/ano 10 dólares mais alto comparado com o da IA.

Outro efeito negativo da utilização de MN são problemas de fertilidade relacionados ao estresse térmico, que prejudica de maneira significativa a qualidade do sêmen quando os touros são continuamente expostos a temperaturas ambiente de 30 ºC por 5 semanas ou 37,8 ºC por 2 semanas, apesar de não haver um efeito aparente sobre a libido. O estresse térmico reduz a concentração, a motilidade e aumenta a porcentagem de defeitos nos espermatozóides em um ejaculado (Ott, 1986). Após um período de estresse térmico, a qualidade do sêmen não retorna ao normal por aproximadamente 2 meses devido à duração do ciclo espermático, o que influencia a reprodução. Uma possível estratégia para contornar os efeitos negativos da MN e a redução da manifestação de estro durante o verão é a utilização da IA a tempo fixo.

Fazendas que usam monta natural como parte de seu manejo reprodutivo precisam ter um programa intensivo de manejo do touro. Um estudo recente conduzido na Flórida mostrou que touros manejados de forma intensiva produzem taxas de prenhez semelhantes a aquelas obtidas com programas de IA a tempo fixo com os protocolos Presynch/Ovsynch (Risco et al., 2007).

Conclusão

Uma análise abrangente do programa reprodutivo é a chave para determinar se a granja tem um problema de vacas repeat breeders. A melhora nos programas de detecção de cio reduz o número de repeat breeders, mas devido aos desafios das vacas leiteiras de alta produção, medidas adicionais devem ser tomadas para assegurar a fertilidade. A utilização de ferramentas reprodutivas pode melhorar a fertilidade de vacas leiteiras repeat breeders em lactação.

RICARDA MARIA DOS SANTOS

Professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia.
Médica veterinária formada pela FMVZ-UNESP de Botucatu em 1995, com doutorado em Medicina Veterinária pela FCAV-UNESP de Jaboticabal em 2005.

JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

Médico Veterinário e professor da FMVZ/UNESP, campus de Botucatu

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RONALDO MENDONÇA DOS SANTOS

UBERABA - MINAS GERAIS

EM 30/07/2009

Apesar da utilização das vacas "repeat breeder" para receptoras de TE ser uma alternativa para aumentar o indíce de prenhez de vacas que não estão gestando na IA, isso não comprometerá os veterinários que trabalham com a TE, pois, se essas vacas não estão emprenhando naturalmente na IA com certeza na TE como receptoras terão menor taxa de prenhês.

Att.,
Ronaldo M. dos Santos.
RAFAEL MEDINA MALHADO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 28/07/2009

Parabéns pelo artigo. Eu estava no curso Novos Enfoques desse ano, porém nao assisti a essa Palestra do Bilby. Muito interessante o artigo, pois é de rotina encontrarmos essas vacas repetidoras de cio nas propriedades, e sempre mais informaçoes e novos trabalhos a respeito são muito bem aproveitados para melhorarmos nosso trabalho nas Fazendas.

Obrigado
Rafael Malhado
RICARDA MARIA DOS SANTOS

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 07/07/2009

Prezado Leandro Jose Keller,

Muito obrigada pela participação!
É difícil falar alguma coisa assim, sem ver a vaca e a fazenda, principalmente porque a gente sabe que algumas vacas mesmo sem ter nenhuma alteração ficam repetindo cio sem emprenhar.

Uma tentativa seria a aplicação de uma dose de GnRH no momento em que vaca repetideira for detectada em cio e depois fazer a inseminação 12 horas após, como sempre. Algumas dessas vacas tem falha de ovulação.

Outro possibilidade é usar essa vaca como receptora de embrião, mas isso só vale a pena se na fazenda já existir um programa de transferência de embriões.
Espero ter colaborado.

Até mais,
Ricarda
LEANDRO JOSE KELLER

IÇARA - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/07/2009

Saudações Drª Ricarda

Primeiramente gostaria de parabeniza-los pelo artigo.
Temos uma vaca em nosso rebanho, que ja fiz de tudo para tentar conseguir exito na sua inseminação.
Ja fiz tratamento pra infecção uterina, uso fazer o balanceamento aniônico com todo o rebanho, mas com essa vaca não consegui nem um efeito.
Gostaria, se pudessem me dar alguma dica, ou instrução do que fazer com essa vaca.
Desde ja agradeço.
RICARDA MARIA DOS SANTOS

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 18/05/2009

Prezado João Washington A Rodrigues,
Obrigada pela participação!
O caso dessas vacas, não tem nenhuma relação com o uso previo de Boostin, mesmo porque na sua fazenda elas continuaram não emprenhando mesmo com monta natural, o problema provavelmente era outro.
Até mais,
Ricarda.
JOÃO WASHINGTON A RODRIGUES

SETE LAGOAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/05/2009

Caros Professores,
No ano passado adquiri seis vacas de um fazendeiro. Segundo ele, quatro estariam prenhes de 06 meses. Após um veterinário verificar através de toque, foi constatado que as quatro estavam vazias, sendo que passaram a ciclar e não emprenhar através da monta natural. Após repetirem cinco cios descartei estas vacas. O produtor usava Bustin no gado, pode ser este o fator causador da esterilidade?

Muito Obrigado.
João Rodrigues
RICARDA MARIA DOS SANTOS

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 14/05/2009

Prezado Rogério Correia,
Obrigada pela participação!
A dose recomendada de hCG é de 2.500 UI (Vetecor ®).
Até mais,
Ricarda.
ROGÉRIO OLIVEIRA CORREIA

ORIZONA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/05/2009

Gostaria de saber para vacas repetidoras de cio que quantidade de HCG a ser utilizada no 5º dia pós cobertura.
Obrigado,
rogerio correia
RICARDA MARIA DOS SANTOS

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 31/03/2009

Prezado Ricardo Rosique Lara,
Obrigada pela participação!
Existem alguns trabalhos que relacionam a perda embrionária tardia com baixa concentração de progesterona, mas a grande maioria dos trabalhos apontam que a progesterona está relacionada com perda embrionária mais precoce, aproximadamente até o dia 17 após a inseminação. Portanto, essas perdas que você está encontrando entre o diagnóstico aos 28 dias até a confirmação aos 45-60 dias estão relacionadas com outros fatores.

Nos radares: Estratégias para reduzir perdas embrionárias - Parte 1, 2 e 3 (outubro e novembro de 2008) e Fatores associados com perda de gestação em vacas lactantes e não-lactantes (05/10/2005), são discutidos os fatores relacionados com perda embrionária.
RICARDO ROSIQUE LARA

PASSOS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/03/2009

Gostaria de parabenizá-los pelo artigo e gostaria de saber o que há de avanço sobre a necessidade das vacas leiteiras em manter o nivel de progesterona alto apos a concepçao, e o que fazer quando se faz o diagnostico de gestaçao com 27-30 dias de gestação e ao retocar com 45-60 dias, este animal esta perdendo a getaçao?

Obrigado
RICARDA MARIA DOS SANTOS

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 25/03/2009

Prezado Arli Heimerdinger,
Não temos experiência com esses casos. Na literatura existem relatos de casos isolados relacionados com problemas pós-parto (retenção de placenta, metrite puerperal aguda, ...) e vacas mais velhas. Pode também tem um componente genético, vacas de uma mesma família podem ter predisposição ao prolapso de primeiro anel.
Portanto para previnir o problema provavelmente vocês terão que analisar as possíveis falhas no periparto desses animais (dieta, conforto, tamanho dos bezerros ao nascer, tipo de ajuda ao parto, tratamento pós-parto, ...).
Até mais,
Ricarda.

ARLI HEIMERDINGER

CONSTANTINA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/03/2009

Saudações,
Dra Ricarda

Como uso o protocolo de avaliação reprodutiva entre 15 a 45 dias pós-parto, observo neste momento a ocorrência do prolapso. Em propriedades onde não se faz a realização de exame ginecológico com critério, principalmente de prazo pós-parto, a observação só é feita quando do relato do proprietário ter realizado 3-4 inseminações sem sucesso.

Ainda, não há uma relação certa entre problemas relacionados a parto ou de puerpério com a ocorrência de casos de prolapso, embora seja bastante frequente este sequência, ou seja, vacas com problemas de puerpério tem uma incidência maior de casos de prolapso.

Abraço
Arli
RICARDA MARIA DOS SANTOS

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 23/03/2009

Prezado Arli Heimerdinger,
Obrigada pela participação!
Não temos observado esse tipo de ocorrência. Tenho algumas perguntas para tentar te ajudar:
Em qual tipo de vaca você tem observado o prolapso de primeiro anel?
Qual a fase de lactação?
Esta relacionado com problemas de parto?

Até mais,
Ricarda.
RICARDA MARIA DOS SANTOS

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 23/03/2009

Prezado Fernando Pansera Dalla Costa,
Muito obrigada!
Enviarei o artigo para seu e-mail.
Até mais,
Ricarda.
ARLI HEIMERDINGER

CONSTANTINA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/03/2009

Primeiramente, parabéns pelo artigo!
Acredito que um percentual considerável de perdas na atividade se dá por problemas reprodutivos e que, na maioria dos casos, não costumam ser mensurados.
Aproveitando, gostaria de propor uma questão: tenho observado com frequência o aparecimento de quadros de prolapsos de primeiro anel quando realizando exames vaginoscópicos em rebanhos leiteiros. Daí o questionamento de quais procedimentos poderiam ser adotados como forma de prevenção destes casos e que tratamentos preconizariam.
Grande abraço.
FRANCO OTTAVIO VIRONDA GAMBIN

JAMBEIRO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/03/2009

Muito util vosso artgo, fiquei aliviado ao saber que nao é so no meu rebanho que acontece 3-4 inseminaçoes em alguns animais, pois é vivendo e aprendendo. O Professor Artur Chinelato sempre diz "viagem cura ignorancia" e devemos acrescentar leitura de bons textos tambem. Att. Franco
ADILTON FERRAZ DA SILVA

SALVADOR - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/03/2009

Dr. José Luis e Drª Ricarda, parabenizo-lhes por este artigo tão importante para a pecuária Brasileira, assim como a forma como foi escrito, de facil compreensão por todos aqueles que lidam com a reprodução dos bovinos. Desta forma vamos cada dia aperfeiçoando os nossos conhecimentos técnicos.

Abraço
Adilton Ferraz
FERNANDO PANSERA DALLA COSTA

CURITIBA - PARANÁ - ESTUDANTE

EM 20/03/2009

Olá. Parabéns pelo conteúdo, realmente muito interessante e de forma muito clara. Eu gostaria de saber onde posso conseguir um artigo citado no texto. (Kendall 2008). Realmente não consigo encontrar. Muito grato. Fernando
LAERCIO FLORES MARQUES

SÃO JOSÉ DO CEDRO - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/03/2009

A democratização da informação e a qualidade técnica dos artigos divulgados por este site nos faz, a cada dia que passa, sermos aficcionados deste endereço. Por outro lado, a divulgação de artigos relacionados à transferência de embrião, o protocolo como um todo e técnicas de congelação, vão despertar mais nos técnicos esta encantada área da reprodução. Meus parabéns!
RICARDA MARIA DOS SANTOS

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 20/03/2009

Prezado Marcos Tadeu Cosmo,
Muito obrigada! Isso é um grande incentivo para continuarmos trabalhando!
Um abraço,
Ricarda.

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