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Qualidade do leite na bacia leiteira de Rio Branco (Acre)

POR MARCOS VEIGA SANTOS

MARCOS VEIGA DOS SANTOS

EM 23/03/2001

2 MIN DE LEITURA

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Marcos Veiga dos Santos

Neste radar estaremos apresentando os resultados do estudo realizado pela Embrapa Acre, sob coordenação do médico veterinário e pesquisador Francisco Aloísio Cavalcante, que avaliou a qualidade do leite produzido na bacia leiteira de Rio Branco, Acre. Este estudo, que teve a colaboração da Embrapa CNPGL, mostra que o tema "qualidade do leite" vem ganhando espaço em todas as regiões produtoras de leite no Brasil, constituindo-se em um exemplo positivo de como deveria ser avaliada previamente a situação da qualidade do leite nas várias regiões do Brasil, antes de ser implementado o tão propagado PNMQL (Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite).

O estudo realizado na bacia leiteira de Rio Branco-Acre avaliou a composição do leite e a contagem de células somáticas (CCS) de 15 rebanhos leiteiros mestiços, alimentados exclusivamente em pasto de Brachiaria brizantha, com média de produção de 5 litros/vaca/dia, em ordenha manual. Durante o período de julho a dezembro de 2000, foram coletadas amostras de leite compostas do latão, as quais foram enviadas ao Laboratório de Qualidade do Leite da Embrapa CNPGL para a determinação da porcentagem de gordura, proteína, lactose e da CCS.

Os resultados do estudo foram bastante interessantes, mesmo considerando que as amostras de leite foram coletadas apenas no período no qual as pastagens estão com menor qualidade, os índices pluviométricos baixos e umidade relativa do ar alta. As concentrações médias de gordura, proteína, lactose e sólidos totais foram respectivamente: 3,54%, 3,05%, 4,75% e 12,44%, o que pode ser considerado normal para o padrão genético e para o tipo de manejo alimentar adotados (Tabela 1). Vale a pena ressaltar que o estudo terá continuidade para avaliar o que ocorre com a composição do leite durante a estação chuvosa, e desta forma, determinar as principais variações relacionadas com a estacionalidade.

De maneira semelhante aos resultados de composição do leite, a CCS de rebanhos mestiços alimentados exclusivamente a pasto foram avaliadas e encontram-se expressas na Tabela 1. A CCS média dos 15 rebanhos estudados foi de 381.790 células/ml de leite, inferior àquela publicada recentemente em outro trabalho de pesquisa (641.000 células/ml), com mais de 7.900 amostras de vários rebanhos de todo Brasil*. No entanto, é necessário cautela ao analisar estes resultados, uma vez que o estudo ainda não foi finalizado e principalmente por refletirem a situação de um número pequeno de rebanhos, com baixa produção de leite e apenas durante a época seca do ano.

O estudo realizado no Acre é uma boa oportunidade para se analisar de forma crítica o estabelecimento de limites máximos para a CCS no leite de consumo no Brasil. Até o momento, não existem informações completas, ainda que tenhamos poucos estudos realizados no Paraná e São Paulo, que possam dar uma visão geral sobre a situação da CCS em rebanhos leiteiros brasileiros. Fica, então, a pergunta no ar sobre qual a situação da CCS em rebanhos de outras bacias leiteiras, principalmente considerando a possibilidade de que a partir de julho de 2002, teremos que produzir leite com CCS menor que 1.000.000 células/ml, determinada por legislação. Pelos resultados do estudo no Acre, a grande maioria dos produtores daquela bacia leiteira poderá vender seu leite sem nenhum problema, mas e em relação aos demais produtores, quantos terão problemas com a CCS? Ou melhor, quantos ainda nem sequer sabem o que significa e para que serve a CCS?

Tabela 1 - Composição média do leite (gordura, proteína, lactose, sólidos totais e CCS) de 15 rebanhos da bacia leiteira de Rio Branco- Acre

Tabela 1


*Fonte: Scientia Agrícola, v.57, n.2, p.359-361, 2000.

MARCOS VEIGA SANTOS

Professor Associado da FMVZ-USP

Qualileite/FMVZ-USP
Laboratório de Pesquisa em Qualidade do Leite
Endereço: Rua Duque de Caxias Norte, 225
Departamento de Nutrição e Produção Animal-VNP
Pirassununga-SP 13635-900
19 3565 4260

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