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Qual é a importância da concentração de proteína na silagem?

POR THIAGO BERNARDES

THIAGO FERNANDES BERNARDES

EM 27/10/2014

2 MIN DE LEITURA

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Frequentemente, nós técnicos somos indagados pelos produtores sobre a concentração de proteína nas diversas silagens que temos no Brasil. Quando estamos discursando sobre a produção e uso de volumosos, na maioria das vezes, essa é a primeira pergunta a ser feita. Acredito que a principal razão dessa preocupação advém da situação que vivemos no passado, momento em que muito se foi discutido erroneamente sobre proteína em silagens. Diante desses fatos é de bom tom que os produtores saibam qual é a verdadeira importância desse nutriente quando pensamos isoladamente no volumoso.

Pois bem, os animais exigem vários nutrientes, mas grosseiramente falando os de ‘maior importância’ são os carboidratos e as proteínas. Se analisarmos em termos quantitativos os carboidratos são mais importantes, pois a dieta de um animal é composta por, em média, 70% deles, ou seja, eles representam dois terços de todos os nutrientes que são fornecidos ao animal. Por meio do gráfico apresentado abaixo podemos perceber tal condição.
 


Figura 1. Exemplo da concentração de nutrientes em uma dieta para animais de alta exigência nutricional

Notem que as proteínas representam, no máximo, 16-18% do total dos nutrientes, isso se considerarmos um animal com alto desempenho, mas elas podem representar menos (10, 11, 12%) dependendo da categoria e ganhos buscados. Desse modo, a proteína passa a ser o segundo nutriente mais exigido, mas numa quantidade muito abaixo quando comparado aos carboidratos. Isso nos leva a pensar que a primeira preocupação é atender a quantidade de carboidrato e, posteriormente, os demais nutrientes. Se chegarmos a essa conclusão, temos então que procurar qual será o ingrediente da dieta que nos fornecerá mais carboidratos, assim a resposta é: A Silagem (neste caso estamos discutindo situações em que os animais estão confinados e dependentes de silagem como volumoso).

Portanto, nós temos que potencializar a produção de carboidratos por parte da silagem, principalmente aqueles que não são considerados como fibrosos (amido; sacarose). Pouca importância deve ser dada a concentração de proteína da silagem, pois as principais culturas utilizadas no Brasil (milho, sorgo, cana-de-açúcar e gramíneas tropicais) são fornecedoras de carboidratos e não de proteína. Quanto mais carboidrato não fibroso a forragem apresentar, menos carboidrato terá que ser proveniente do concentrado. Por exemplo: Se uma silagem de planta inteira de milho apresenta alta concentração de amido, menos grão de milho moído deverá ser inserido na dieta, o que reduz os custos de alimentação.

Pensem que a situação brasileira é diferente da europeia e da norte americana, locais estes que utilizam a alfafa como volumoso. Dietas brasileiras não tem silagem ou feno de alfafa. Dietas brasileiras têm as culturas citadas acima, ou seja, fornecedoras de carboidratos.

Mas você deve estar se perguntando: E a proteína nessa história? A proteína será fornecida por meio dos ingredientes concentrados proteicos, pois a concentração de proteína em silagens de milho, sorgo, cana e capins é baixa. Somado a isso, a proteína presente nestes volumosos é de baixa ‘qualidade’. Se uma silagem de milho tem 8 ou 5% de proteína nada vai mudar no balanceamento da dieta.

Como mensagem final fica a seguinte frase: Esqueça proteína em silagem e foque os seus esforços para potencializar os carboidratos!
 

ARTIGO EXCLUSIVO | Este artigo é de uso exclusivo do MilkPoint, não sendo permitida sua cópia e/ou réplica sem prévia autorização do portal e do(s) autor(es) do artigo.

THIAGO BERNARDES

Professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (UFLA) - MG.
www.tfbernardes.com

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MARIANA POMPEO DE CAMARGO GALLO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 25/08/2015

Olá pessoal,



Gostaria de convidá-los a participar do Curso Online "Produção Econômica de Silagem" que está com inscrições abertas.



Durante todo o período do curso, os alunos poderão tirar as dúvidas diretamente com o instrutor Antony Sewell, engenheiro agrônomo, consultor há mais de 20 anos.



Para participar, acesse:

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Ou entre em contato: cursos@agripoint.com.br / 19 -34322199.
THIAGO BERNARDES

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 07/11/2014

Caro Rafael, quando o corte é feito mais alto ocorre ganhos em termos nutricionais da silagem, isso é fato. Contudo, o produtor de forragem no campo. Desse modo, há redução na quantidade produzida por hectare, ou seja, menos animais são alimentados quando se considera a mesma área ou mais área será necessário para alimentar determinado rebanho. Quando se faz o cálculo pensando em leite/ha ou carne/ha produzidos não compensa cortar mais alto.



Att,



Thiago Bernardes
RAFAEL PRADO

ITAPIRA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 07/11/2014

Prezado Prof. Thiago,



Rafael aqui da JF, tudo bem? Li o resumo do artigo sobre a altura no corte da silagem e pelo que entendi o que foi cortado mais alto sim teve melhor valor nutricional, entendi que até a matéria seca ficou mais alta em 4%, além de ganhos em proteina bruta, amido, etc. Porém ela ficou mais baixa em FDN, etc. Esse ganho em MS, PB, etc não justifica a perda em FDN, etc?
THIAGO BERNARDES

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 06/11/2014

Caro Raimundo, interessante a tua pergunta. Vamos lá: Em forragens nem toda a proteína bruta é realmente proteína. Nas silagens cerca de 30-40% da proteína bruta é nitrogênio presente na planta na forma de nitrato, enzimas, hormônios e etc, o que chamamos na nutrição de nitrogênio não proteico. Ou seja, somente 60-70% é realmente proteína. Contudo essa proteína tem 'baixa qualidade', pois o perfil de aminoácidos não adequado quando pensamos em nutrição de ruminantes.

Outro detalhe, para você colher uma silagem de milho com mais proteína (8%) as plantas teriam que ser jovens, momento em que o grão está começando a preenchido com amido (baixa concentração de carboidratos), além delas apresentarem alta umidade o que prejudicaria a fermentação.

Se ainda ficarem dúvidas ou questionamentos, por gentileza entre em contato.



Att,



Thiago Bernardes
RAIMUNDO FRUTUOSO DE SOUZA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - ADESTRADOR/COMPORTAMENTALISTA

EM 05/11/2014

Professor Thiago Fernandes, tudo bem! Mas quando o Sr se refere na matéria que: 'Se uma silagem de milho tem 8 ou 5% de proteína nada vai mudar no balanceamento da dieta." Esses 3 pontos percentuais de proteína não podem representar um impacto econômico significativo frente a suplementação?

Os custos com proteínas são muito altos, embora os custos para se atender a demanda de carboidrato seja maior em função da quantidade, mas essa diferença de valores na proteína  podem mesmo ser desprezados????
CARLOS ALBERTO DA SILVA

GOIANÉSIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/11/2014

Continuo prestigiando estas informações, mais gostaria de saber qual a porcentagem ideal de uma ração balanceado em proteína, para uma vaca de aproximadamente de 500 kg. peso vivo e uma produção 08 lts diário.  
GAUDINO ERNESTO G.MOREIRA JUNIOR

MACEIO - ALAGOAS

EM 03/11/2014

Bom dia professor Thiago,



Tenho uma silagem de cana, estava pensando em usar 0,5 % de ureia na hora do fornecimento para as novilhas de 7 meses até 1 ano e meio de idade, para melhorar a proteína da dieta e usar menos concentrado. O que voce acha disto?



Gaudino
ROMUALDO MARTINS DE PAULA

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 30/10/2014

Bom dia Professor Thiago Fernandes, tudo bem! Mas quando o Sr. conhecer este volumoso, tenho certeza que irá se surpreender, com o que ele vem fazendo no Brasil a fora. Muito obrigado por tamanha atenção e mais uma vez parabéns pelo trabalho.

Att.

Romualdo Martins
THIAGO BERNARDES

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 29/10/2014

Caro Romualdo, eu não tenho Facebook. Vou ficar te devendo esta opinião.



Att,



Thiago Bernardes
ROMUALDO MARTINS DE PAULA

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 29/10/2014

Professor Thiago Fernandes Boa tarde. De uma olha na facebook neste volumoso por favor. Briqfeno Volumoso.
THIAGO BERNARDES

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 28/10/2014

Caro Elbert, interessante a tua pergunta. Cada silagem terá uma concentração de proteína diferente porque dependerá da proporção entre milho e guandú. Quanto mais guandú, mais proteína. Mas atenção porque quanto mais proteína a planta tem mais pior será a fermentação da massa.



Att,



Thiago Bernardes
EBERT TERRA FIOD

ALTA FLORESTA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/10/2014

Boa tarde,

Existem dados da porcentagem de proteína  em silagem de milho consorciado com guandú forrageiro?.
THIAGO BERNARDES

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 28/10/2014

Caro Cláudio, eu, particularmente, não sou do time que prefere elevar a altura de corte das plantas para ganharmos em valor nutricional. Na minha visão nós temos outras maneiras para buscarmos ganhos nutricionais em silagens, especificamente em milho e sorgo.

Elevar a altura de corte é deixar produção de matéria seca no campo.

Se você condição leia o paper abaixo que fala sobre isso.

Att,



Thiago Bernardes



L. Kung, B.M. Moulder, C.M. Mulrooney, R.S. Teller, R.J. Schmidt. The Effect of Silage Cutting Height on the Nutritive Value of a Normal Corn Silage Hybrid Compared with Brown Midrib Corn Silage Fed to Lactating Cows. Journal of Dairy Science, Vol. 91, Issue 4, p1451-1457.
THIAGO BERNARDES

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 28/10/2014

Caros Daniel e Romualdo, infelizmente, a distância, não tenho recomendar uma dieta adequada para os vossos rebanhos. Balanceamento de dieta não é algo simples e fácil. Exige presença do técnico para conhecer a condição (potencial) dos animais, ingredientes presentes, ganhos buscados e 'n' outros itens.

Desculpe por não poder ajudá-los.



Att,



Thiago Bernardes
ROMUALDO MARTINS DE PAULA

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 28/10/2014

Bom dia Professor Thiago Fernandes. No caso onde já existem volumoso sendo servido nas dietas, a base de feno de Brachiarão, com proteína média de 8% e Carboidrato em torno de 50 a 55%. Devo neste caso, aumentar o carboidrato dentro do concentrado e melaço em pó?
CLÁUDIO HENRIQUE OLIVEIRA DE CARVALHO

CÁSSIA - MINAS GERAIS

EM 28/10/2014

Bom dia, Thiago.



Mais uma vez, ótimo artigo! Concorda, portanto, que devemos nos atentar para, além de produzir a silagem de forma adequada (colheita no ponto certo, boa picagem, compactação, vedação), também seria interessante a produção de silagem com cortes mais altos, melhorando justamente os teores de carboidratos, reduzindo o teor de fibra de menor qualidade?



Att.,



Cláudio H. O. de Carvalho.
CARLOS ALBERTO DA SILVA

GOIANÉSIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/10/2014

Vocês estão de parabéns por estas iniciativa, em manter estas informações direta a quem precisa. Eu particularmente me preocupava muito com a fonte de proteína. Agora depois de ler esta matéria já me despertou mais sobre a alimentação do meu rebanho.
DANIEL TREVIZOLI

JABOTICABAL - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 28/10/2014

Prof. Tiago- solicito-lhe a seguinte informação- tenho algumas vacas de leite p/ o gasto, mas acho que produzem pouco, são mestiças holandezas. Elas são tratadas com cana, tritura, 20 kgs+ 5 kgs silagem milho+ 1,5kg de farelo de trigo e milho + 50 gramas de ureia/ animal. O que devo fazer p/ corrigir essa ração p/ aumentar o leite?

Obrigado e aguardo.

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