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Vantagens do Manejo do Estresse Calórico em Gado Leiteiro

NOTÍCIAS MILKPOINT VENTURES

EM 21/10/2013

4 MIN DE LEITURA

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O resfriamento de vacas leiteiras no verão, melhora a eficiência da produção, a rentabilidade da propriedade, bem estar das vacas e a conservação do meio ambiente.

Os dados apresentados neste artigo têm sido estudados nos últimos 30 anos em Israel e outras zonas quentes no mundo, especialmente no sul dos Estados Unidos.

A zona de conforto térmico das vacas leiteiras oscila entre -5°C a 22°C. O estresse térmico é uma condição fisiológica e de comportamento, que surge da incapacidade da vaca de perder todo calor que produz em seu metabolismo. A incapacidade de perda do calor para o meio ambiente causa à ativação de mecanismos de defesa, para reduzir a produção e também aumentar a perda. Nos dois casos, é reduzida a energia disponível para produção leiteira levando a menor produtividade.

Em condições de calor no ambiente, como as vacas não conseguem equilibrar sua temperatura corporal mantendo-a abaixo de 39 °C nota-se um aumento da temperatura corporal, o que se define como estresse calórico. A intensidade e duração do estresse durante o dia, e no ano, estão altamente correlacionadas às perdas leiteiras.


Figura 1. Vaca leiteira ofegando devido ao estresse calórico

Vacas estressadas podem sofrer uma diminuição de aproximadamente 20% no consumo de alimentos e 10% de eficiência alimentar (transformação do alimento em leite). Estima-se que no verão ocorre a redução de 10 a 20% na produção de leite comparada ao inverno. As perdas anuais na produção podem oscilar em rebanhos de alto rendimento de 500 a 1500 Kg por lactação. Estima-se também uma redução de 0,4 a 0,2 unidades percentuais na concentração de gordura e proteína do leite, respectivamente. Em paralelo e como resultado do estresse calórico, ocorre um aumento na quantidade de células somáticas e uma baixa taxa de concepção, ao redor de 10% em comparação a mais de 40% em inseminações realizadas no inverno. Isto prolonga o intervalo entre partos e aumenta a porcentagem de descarte por esterilidade. Em casos mais intensos, pode acarretar uma diminuição na oferta de leite promovendo até falta de estabilidade nos preços pagos ao produtor.

Nos últimos trinta anos, foram realizadas pesquisas para encontrar medidas efetivas para aliviar o calor das vacas. A ênfase foi em adaptar essas medidas às condições climáticas, instalações e manejo de cada propriedade e, fazer tudo isso a um baixo custo de forma que se tenha um benefício econômico ao utilizá-la.

Existem duas formas para resfriar a vaca no verão. A primeira é considerada como resfriamento direto, em que se resfria a vaca pela evaporação da água de sua pele, com uso de uma combinação de umidade e ventilação forçada, sem impactar na temperatura da instalação. O segundo método, é o resfriamento indireto, em que se utilizam meios mecânicos para reduzir a temperatura nas instalações sendo necessário, nesse caso, o uso de instalações fechadas.

Figura 2. Método de resfriamento direto para vacas leiteiras confinadas
Figura 2. Vacas em galpão com ventiladores para resfriamento direto


O método de resfriamento direto é o método mais comum hoje em dia, por ser relativamente barato e fácil de operar e, por ser adaptável a todo tipo de clima. O resfriamento através de umidade e ventilação forçada foi instalado e avaliado pela primeira vez nos anos oitenta em Israel e aplicam-se às vacas em diferentes setores do estábulo, incluindo a sala de espera, cochos e zonas de descanso.

Em um estudo realizado em Israel, foi observado que vacas resfriadas várias vezes ao dia, durante 30 minutos por vez, mantiveram temperatura corporal normal durante todo dia (abaixo de 39°C). As vacas sem resfriamento obtiveram no mesmo período, temperaturas superiores a 40 °C.

Devido à alta produção de calor, é necessário resfriar as vacas várias vezes ao dia. Examinou-se a relação entre a duração do resfriamento, a produção e a fertilidade. A produção média diária de vacas resfriadas no verão reduziu apenas 0,5Kg/dia (98,5% da produção do inverno). Nos estábulos sem resfriamento, houve diminuição de 3,5Kg/dia (90% da produção de inverno). As análises deste estudo levaram ao desenvolvimento de um novo índice, chamado “relação inverno: verão”, que permite avaliar o grau do dano causado pelo calor para aperfeiçoar o uso dos métodos de resfriamento nas instalações.

Todas as vacas do rebanho precisam de resfriamento no verão, incluindo novilhas, vacas em final de gestação e vacas produtoras durante toda a lactação. Foram desenvolvidos e estão disponíveis para os produtores de leite da América Latina métodos para resfriar as vacas e reduzir as perdas econômicas devido ao estresse calórico no verão. É importante instalar e operar essas medidas de forma apropriada, esperando-se um aumento de 10% na produção anual e na eficiência alimentar, reduzindo assim os custos de produção. Desta forma, aumenta-se consideravelmente a renda anual por vaca e ainda melhoram às condições de bem estar destes animais.”  (O artigo completo está publicado em COLUMNISTAS FEPALE, ano 1, nº7, Julho 2013)

Para saber como utilizar o resfriamento de vacas na sua propriedade e entender melhor como o estresse calórico pode estar prejudicando a sua produção leiteira, inscreva-se no curso“Manejo do estresse calórico para aumentar a produção leiteira e sua rentabilidade”.

Neste curso o instrutor Israel Flamembaum, irá abordar mais detalhadamente todos os aspectos tratados neste artigo e ainda irá avaliar o retorno econômico da instalação de métodos de resfriamento em diferentes sistemas de produção. Israel Flamenbaum, é especialista internacional em Manejo de Rebanhos Leiteiros, bacharel em Agricultura e Ph.D.(1988) em Ciência Animal pela Hebrew University of Jerusalem. . Especialista no estudo do estresse térmico em vacas leiteiras, professor na Hebrew University of Jerusalem, tem ministrado cursos e treinamentos sobre o assunto em diversos países.


O curso terá início 18/11, para se inscrever clique aqui!



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MARIANA POMPEO DE CAMARGO GALLO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 28/10/2013

Prezado Eduardo Soares, segue a resposta do Israel.



"Prezado Eduardo, o índice de relação inverno:verão foi desenvolvido por mim e Efraim Ezra da Israel Cattle Breeders Association, com base nos dados do livro "Herd Book" de Israel.

Ele usa "médias corrigidas" por vaca para produção mensal de leite,% de gordura,% de proteína, CCS e taxa de concepção% para os meses do verão (julho-setembro) e no inverno (janeiro-março).

Você pode encontrar mais informações no artigo: Flamenbaum.I and E. Ezra (2007). "The Summer to Winter performance ratio" as a tool for evaluating heat stress relief efficiency of dairy herds" .   J. Dairy Sci. Vol. 90, Suppl : abstract 753."





Lembrando que uma boa oportunidade para você tirar suas dúvidas com relação a este e outros temas relacionados, é o curso  "Manejo do estresse calórico para aumentar a produção leiteira e sua rentabilidade", que será ministrado pelo instrutor Israel Flamembaum.
MARIANA POMPEO DE CAMARGO GALLO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 25/10/2013

Prezada Danielle,



Seu questionamento foi enviado ao professor Israel, segue a resposta:



"Prezada Danielle,  Sinto muito mas só tenho esta referência sobre temperaturas críticas  mínima e máxima :Journal of Dairy Science, v.65, N. 11, 1982. Tratarei mais sobre a zona de conforto térmico no módulo 1 da apresentação do curso "

EDUARDO SOARES REMIGGI

UBERABA - MINAS GERAIS - ZOOTECNISTA

EM 25/10/2013

Boa tarde.



Gostaria de saber como é mensurado este indice chamado "relação inverno: verão"??
MARIANA POMPEO DE CAMARGO GALLO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 24/10/2013

Bom dia,



As perguntas foram traduzidas e enviadas ao prof. Israel, como ele respondeu em Inglês, estou enviando a tradução das respostas.



"Prezada Julia, as horas totais acumuladas de resfriamento por dia, dependem de alguns fatores. Os mais importantes são o nível de produção das vacas e as  condições climáticas do local. Não existem muitos estudos científicos que investigaram esse assunto e a maioria do que fazemos é baseado em experiência empírica.



No último estudo realizado recentemente em Israel, obteve-se melhores resultados para vacas de alta produção resfriadas 8 vezes por dia (6horas acumuladas por dia), do que para vacas resfriada 5 vezes (3,75 horas).

(Honig et.  al. J. of Dairy Sci. 95:3736-3742, 2012, estes dados serão apresentados no módulo 5 do curso)



Ainda não sabemos se mais tempo resultará em resultados melhores."
LUIZ CARLOS CAVAGNOLI

CURITIBA - PARANÁ - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 23/10/2013

Julia,

Temos estudo que mostram que a variação da temperatura fora da zona de conforto animal, mesmo por um curto período de tempo, pode prejudicar a produtividade do mesmo por alguns dias. Um método bastante eficiente para o conforto térmico é por meio de pressão negativa, assim você consegue assegurar a temperatura constante dentro do estabulo em qualquer período do ano. Este método é bastante utilizado em Israel e nos EUA e agora esta sendo bastante procurado no Brasil, mas com apenas duas unidades instaladas, uma em SP e uma no Paraná.



Daniele,

De acordo com MOTA, F. S. Climatologia zootécnica. (2001), a faixa de temperatura do globo negro considerada ótima para vacas em lactação é de 7°C a 26°C.

MARIANA POMPEO DE CAMARGO GALLO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 23/10/2013

Para os interessados no assunto, aproveitem  a oportunidade de participar do curso online "Manejo do estresse calórico para aumentar a produção leiteira e sua rentabilidade".



O instrutor Israel Flamembaum irá abordar os principais aspectos relacionados ao estresse calórico em vacas leiteiras e os aspectos econômicos relacionados ao resfriamento das vacas.



Participando do curso poderão interagir diretamente com o instrutor, tirando dúvidas através do  fórum de perguntas.



Inscrições abertas no site: https://www.agripoint.com.br/curso/manejo-calorico/



DANIELLE MARIA MACHADO RIBEIRO AZEVÊDO

TERESINA - PIAUÍ - PESQUISA/ENSINO

EM 23/10/2013

Bom dia, Israel! você pode me dar a referência da citação sobre zona de conforto térmico para vacas leiteiras (oscila entre -5°C a 22°C). Agradeço muito.
JÚLIA LUIZA COELHO DIAS

IRAÍ DE MINAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 22/10/2013

Olá Israel.

Quando você disse em resfriamento várias vezes ao dia durantes 30 minutos, qual seria a quantidade mínima no dia para se obter bons resultados? Se os ventiladores ficarem ligados constantemente, por volta de 10 horas por dia, por exemplo, isso iria prejudicar ou não faria diferença?

Obrigada

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