ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Eu tiro um leitinho...

POR CRISTIANE CAROLINE ABADE

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/01/2013

2 MIN DE LEITURA

23
0
Quando perguntamos a um produtor de leite, especialmente os de médio e pequeno porte, qual a atividade que ele exerce em sua propriedade na maioria das vezes recebemos a resposta: "Ah, eu tiro um leitinho na minha propriedade, tenho algumas vaquinhas..." Eu considero essa resposta o famoso: escondendo o leite! Isso mesmo!!!

E qual o problema disso? Para mim, é a forma com que o produtor encara sua propriedade. Eu já vi produtor com "umas vaquinhas" que tirava mais de 1.000 litros de leite/dia!

Pergunte a um produtor de gado de corte qual é sua atividade e você receberá a resposta: "Eu tenho uma fazenda de gado de corte!" (mesmo que a fazenda não seja tão grande assim). Nada contra os produtores de corte, pelo contrário eu admiro essa posição frente à atividade! Normalmente produtores de gado de corte valorizam muito sua atividade.

E se os produtores de leite respondessem: "Eu sou produtor de leite!" Vejam com faz a diferença, não é mesmo?! Não interessa se você produz 30, 50, 100, 1.000 ou 15.000 litros/dia...Você é produtor de leite!

Isso sim valoriza a atividade! E como essa valorização se relaciona ao Bem-Estar Animal?

Não interessa o tamanho da sua produção, interessa sim se você tem controle da produção de leite, do desempenho das bezerras, do manejo reprodutivo adequado, se possui instalações adequadas (dentro de cada sistema), manejo de pastagem... Enfim tantas outras coisas que englobam uma propriedade leiteira.

E é aí que entra o Bem-Estar Animal, o produtor que valoriza sua propriedade e a trata como uma empresa, se importa também com o manejo dado aos animais, uma vez que esses serão os principais responsáveis pelo seu lucro! Portanto torna-se muito mais fácil convencer esse tipo de produtor a implantar medidas que serão benéficas aos animais e também à produção.

Vou dar um exemplo de quando eu era bolsista de extensão na Universidade em Fronteiras:

Costumávamos atender um produtor que tinha café e leite em sua pequena propriedade. De início acompanhávamos a produção de leite, fazíamos o balanceamento alimentar dos animais e promovíamos melhoras na pastagem. Após algum tempo implantamos o acompanhamento de desenvolvimento de bezerras e checagem do rebanho. 

Sempre admirei esse produtor pela forma com que ele tratava a sua atividade, mesmo sendo um pequeno produtor com 5 hectares de terra e apenas 10 vacas em lactação ele realmente acreditava que era possível se profissionalizar na atividade.

Resultado: Após alguns meses de acompanhamento ele acabou com o café, plantou mais pasto e piqueteou. A produção dobrou e ele chegou inclusive a implantar um sistema silvipastoril e construir uma sala de ordenha.

Os avanços nessa propriedade foram claros e só foi possível porque o produtor via nela sua empresa! E nesse processo de mudança a condição dos animais também melhorou (e muito!)

Na minha opinião essa é umas das melhores formas de se implantar o Bem-Estar Animal a campo: ajudando o produtor a se tecnificar em sua produção!

Já que em nosso país a maior parte do leite é produzido por médio e pequenos produtores, temos que incentivá-los à tecnificação e o Bem-Estar animal será apenas uma consequência benéfica desse processo!

CRISTIANE CAROLINE ABADE

Médica Veterinária formada pela UEM.
Mestre em Ciência Animal-UEL (Bem-Estar de bovinos de leite.)
Trabalhei no IAPAR em projetos de extensão para pequenos produtores.
Experiência no Brasil e exterior em reprodução e manejo de vacas leiteira

23

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

EVERTON GONÇALVES BORGES

IBIÁ - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 06/11/2013

Alguns conceitos precisam ser mudados, tais como: Eu tenho umas vaquinha, onde  tiro um leitim e  faço uns queijim, que entrego para o comprador por um precim.

A própria maioría dos técnicos  falam " o senhor é  tirador de leite, tira quantos litros, suas vacas estão dando quanto, entrega  para qual empresa, eles pagam quanto.

Quando deveriam falar e orientar os produtores à falarem: O senhor é produtor de leite, está produzindo quantos litros por dia, e por vacas, comercializa/vende sua produção para qual empresa, qual é o preço negociado pela produção.

Considero a  atividade leiteira bem conduzida,  como das  mais rentáveis do meio rural, basta seguir e praticar os conceitos preconizados pelos técnica do Balde Cheio.
MARIANA POMPEO DE CAMARGO GALLO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 25/09/2013

Para os interessados na área de bem-estar animal, o novo curso online "Manejo do estresse calórico para aumentar a produção leiteira e sua rentabilidade" abordará os principais aspectos relacionado ao estresse térmico em vacas leiteiras, bem como, maneiras de atenuar o impacto das altas temperaturas na produção de leite.



O instrutor será Israel Flamenbaum, especialista internacional em manejo de bovinos leiteiros e um dos principais pesquisadores da área de estresse térmico em vacas leiteiras.



As inscrições já estão abertas na página de cursos online AgriPoint:

https://www.agripoint.com.br/curso/manejo-calorico/
ELTON PEREIRA DA SILVA

AREIA - PARAIBA - ESTUDANTE

EM 23/01/2013

Sou aluno do curso de Zootecnia CCA-UFPB, e tenho observado o quanto produtores de leite precisam valorizar mais e mais sua atividade leiteira. ACREDITAR para mim essa é a palavra certa no potencial que cada um tem em desenvolver suas funções na pecuária leiteira.
CLAUDIR OLIVEIRA SERQUEIRA

CANAVIEIRAS - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/01/2013

Sou pequeno produtor, no sul da Bahia e acredito  que só com tecnologia  e gerenciamento eficiente da nossa produção é que teremos sucesso em nossa empreitada.
MARCO ANTÔNIO MALBURG

ÁGUA BOA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/01/2013

Muito bem Osvaldo, parabéns pela firmeza de posição, os insumos que compramos também não somos nós que fixamos o preço. Esta consciencia crescente é que poderá mudar a realidade atual.
OSVALDO FILHO

ALAGOA - MINAS GERAIS - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 21/01/2013

Muito bom o artigo!


Se nós não valorizarmos o que fazemos - seja o que for - o trabalho vira um pesadelo.


A vida na roça não é fácil, a labuta diária é penosa e ardorosa, o preço do litro do leite é ínfimo comparado ao da ração e às despesas. Mas é aí que reside o x da questão, ou o x da gestão, se focarmos nas deficiências nos tornaremos PESSIMISTAS, e aí o trem não vai pra frente! Só regride!


Temos que ser OTIMISTAS! Sempre acreditar que vai dar certo e que as coisas vão melhorar! Pensando e agindo assim, a rotina fica mais aliviada e temos força para enfrentar os problemas e vencer os percalços da vida. Resumindo: bem-estar!


Outrossim, temos que valorizar o nosso produto. O telefone sempre toca e gente querendo pagar bagatela pelo preço do meu queijo! Não tem essa, o queijo é artesanal, é diferenciado, é produzido na mais alta das Terras Altas da Mantiqueira, não tem essa de "preço de mercado". Vendo pelo meu preço! Se quiser bem, se não quiser vai ter outros que vão querer!


Se todo mundo pensasse assim, o preço do leite seria outro! O problema é que muitas das vezes o produtor do leite precisa do dinheiro para sobreviver e honrar os seus compromissos e tem sua liberdade de preço cerceada.
CRISTINA HABERL

GRAMADO - RIO GRANDE DO SUL

EM 21/01/2013

Sempre fui empresário, professor de administração e tenho alguns livros publicados sobre o assunto.  Minha visão, após ter "produzido um leitinho" durante alguns anos, no meu sítio , em Gramado RS, foi a de que é preciso se verticalizar parte da produção, sendo isso interessante para os laticínios e cooperativas, pois diminui a pressão para correção do preço insuficiente pago, e estimula a melhoria da qualidade do leite, pela vivência do seu uso como insumo de derivados de leite.
MARCO ANTÔNIO MALBURG

ÁGUA BOA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/01/2013

Antonio Carlos,


Gostei do leitin e do precin, mas cá entre nós 1.500 L por dia é muito leite.


Não sei se isto tem significado para ti em tua região, mas normalmente sempre existem os que pegam nas tetas, e os que estudam meios de melhorar a receita de quem tira leite. Em todas as áreas existem os estudos (pesquisa) e os que podem validar estes estudos. Eu aqui te confesso que a maior dificuldade é  repassar o conhecimento, é a adoção de práticas até já comprovadas, mas que os produtores preferem ouvir os avós, os vizinhos, os amigos, e não dão crédito a informação tecnica. Então nas propriedades que assisto adoto um relatório da visita onde fica descrito o que foi tratado, e o que não foi executado. Na atividade leiteira existe um enorme conhecimento a disposição e que necessariamente não reflete exclusivamente em valores investidos, mas tão somente em mudanças de hábitos.
CRISTIANE CAROLINE ABADE

LONDRINA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 18/01/2013

Como mostra a reportagem postada aqui no Milkpoint  ontem:



Europa: crise no setor leiteiro leva ao fechamento de fazendas



O preço preço pago pelo leite me parece um problema em diversas partes do mundo e a raiz disso é que as indústrias é que controlam o preço pago



Além disso o preço dos insumos só aumenta e os custos de produção vão lá em cima...



Concordo que fica difícil para o produtor se manter nessas condições...



Conheço alguns grupos de produtores que para se manterem na atividade tem feito toda a compra de insumos em grupos de até 10 produtores na tentativa de reduzir custos, mas nem sempre isso é possível certo!?



Sem contar os pequenos produtores que ainda recebem menos pelo leite produzido e como tem que comprar menos insumos por serem pequenos acabam pagando mais caro... O lucro literalmente é contado em centavos!



No Canadá se paga por cotas de leite produzido e uma propriedade não pode produzir mais que sua cota para que os preços sejam mantidos. Quando ouvi isso pela primeira vez achei que fosse uma boa alternativa, porém quando vi de perto que os produtores de lá tem que ser extremamente eficientes para se manter na atividade senão se afogam em dívidas e não podem nem vender o leite se produzirem a mais nem  vender animais livremente vi que cada país tem seus problemas para produzir leite



O que é necessário aqui no Brasil é que encontremos políticas que possam melhorar a condição dos nossos produtores e balancear entre indústria e produtor a negociação do preço pago.

Falando isso até me parece utopia mas será que não é possível que hajam mudanças em favor dos nossos produtores???



Talvez ainda não achamos o caminho (que deve ser longo pra caramba!)



Lá na Europa os produtores estão organizando fortes mobilizações para que hajam melhorias e aqui??? o que vamos fazer???



Alcançar a tal eficiência custa muito caro e leva tempo porém mesmo com todos esses problemas acredito que a valorização da atividade seja um primeiro passo, mesmo que pequeno, para que hajam melhorias futuras...
EDGAR RODRIGUES DO CARMO

CONTAGEM - MINAS GERAIS

EM 17/01/2013

Penso que todo o produtor de leite deve realmente pensar desta maneira. A tecnificação ajudará todos a crescerem e geraram principalmente maior Bem estar animal. Pensem assim.... Aproveitando a dica visitem: intergado.com.br, empresa de tecnologia no conceito bem estar animal.
ANTONIO CARLOS GUIMARAES COSTA PINTO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/01/2013

Eu sou um produtor de 1500 lts, mas eu falo que tiro um "leitin" , pois recebo um "precin" que não é compatível com o capital empatado. O pior que vocês especialistas de leite(mas que não tiram nenhum  "leitin", que tem seus salários reajustados todos os anos e sempre para cima) acham que é fácil aumentar a produtividade e eficiência , já que estamos perdendo renda continuamente a pelo menos 5 anos(segundo o artigo do Maurício Nogueira, na Balde Branco). Além de difícil,  a busca de eficiência e produtividade custa, e custa caro. Se a gente já está trabalhando sem renda, como iremos investir em produtividade? Talvez o pé de dinheiro do fundo do quintal já tenha murchado...
MARCO ANTÔNIO MALBURG

ÁGUA BOA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/01/2013

Como pouco se pode fazer com relação aos preços pagos (vamos continuar lutando é claro!), mais importante se torna baixar o custo de produção da propriedade (dentro da porteira) para melhorar as margens. E neste sentido sempre tem  algo a ser feito
ELIANA

TAPEJARA - RIO GRANDE DO SUL - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 17/01/2013

Além de "tirar um leitinho" me espanta quando um produtor fala que não bebe leite,  não gosta. Isso é fazer propaganda contra.
CRISTIANE CAROLINE ABADE

LONDRINA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 17/01/2013

Isso mesmo Wihan Fernandes!!! gostei de ver!!! =D



agradeço mais uma vez pelos comentários....



concordo com o colega Gabriel J. P. Junqueira EFICIÊNCIA é a palavra.. não importa o tamanho da sua propriedade...



abraço a todos
GABRIEL J. PEREIRA JUNQUEIRA

CAXAMBU - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 16/01/2013

Parabens pelo artigo , acho que todo produtor hoje tem que trabalhar mais dentro da fazenda ( EMPRESA RURAL ) do que fora  .Hoje é realidade, que sempre vai exitir pequeno ,médio e grande produtor mas com EFICIÊNCIA .
MARCO ANTÔNIO MALBURG

ÁGUA BOA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 16/01/2013

Excelente seu artigo, a percepção na valorização da atividade e dos profissionais do ramo.


WILHAN FERNANDES

TRÊS MARIAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/01/2013

pois apartir de hoje eu sou um produtor de leite HAAAAAAAAAAAA !!!


obrigado por abrir meus olhos a isso... tbm dizia eu tiro um leitim besta la em casa
CRISTIANE CAROLINE ABADE

LONDRINA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 16/01/2013

Agradeço pelos comentários!

Acredito que a produção de leite no Brasil tem um grande potencial e trabalhar os pequenos e médios produtores para que eles se tecnifiquem é a forma mais efetiva de almejar esse desenvolvilmento. O Bem-Estar Animal será uma boa consequência desse processo.

Também concordo  com o colega Renan Pereira Junqueira que os preços pagos hoje, principalmente aos pequenos produtores não é satisfatório, e que muitas vezes não é dado o devido valor a esses produtores, porém eu acredito que, como diz o ditado: a união faz a força!

Pequenos e médios produtores tem que se unir para "brigar" por melhores preços e a valorização da atividade tem que partir primeiro desses produtores.

abraço
LUIZ PAULO DE ANDRADE

POÇO FUNDO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 16/01/2013

Parabens pelo artigo. Precisamos mesmo sempre estar orientando e ajudando os pequenos e medios produtores, principalmente em momentos de Altos Custos de Produção. O Bem estar deve ser tratado sempre como prioridade.



CLAUDIR JORGE KUHN

TOLEDO - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/01/2013

Sou pequeno produtor, esse artigo com certeza estimula quem acredita  na produçao de leite. Não é preciso produzir mil ou mais litros por dia para ser eficiente, a pequena propriedade também pode ser viavel. Abraço

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures