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Como maximizar a produção de leite e o bem-estar das vacas mestiças? (Parte 3) |
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TELMA DA MATA MARTINS
Possui graduação em Medicina Veterinária pela UFV (2008) e mestrado em Ciência Animal pela UFMG (2010). Atualmente, é doutoranda em Ciência Animal, com ênfase em Reprodução de Bovinos, na UFMG.
NILSON DORNELLAS DE OLIVEIRA
Instrutor de cursos certificados pela ABCZ: Doma de Bovinos; Apresentação em Pista e Leilões; Manejo no Pasto e no Curral; Doma e Manejo de Novilhas e Vacas na Sala de Ordenha.
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MARIA BEATRIZ TASSINARI ORTOLANIPIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 01/09/2014
A AgriPoint está com inscrições abertas no curso online "Manejo do estresse calórico para aumentar a produção leiteira" com o professor Israel Flamembaum. Vejam mais detalhes em : https://www.agripoint.com.br/curso/manejo-calorico/
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TELMA DA MATA MARTINSBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 20/01/2014
Oi Lucas,
Seus comentários são bastante pertinentes. Algumas respostas para seus questionamentos estão na parte 4, depois você dá uma olhada e se ficarem dúvidas, estamos às ordens para elucidá-las. Quanto à diferença de aprendizado durante os processos de amansamento e adaptação, geralmente, as vacas mais velhas exigem um pouco mais de tempo para se habituarem às novas formas de manejo e aos novos ambientes. Existem diferenças individuais, inclusive, dentro da mesma categoria. Dentro de um mesmo grupo, vacas ou novilhas consideradas "muito ariscas" (com históricos de agressão, tais como, cabeçadas, coices...) podem se tornar dóceis e adaptadas ao sistema de ordenha em apenas uma semana de aplicação das técnicas, enquanto outras, inicialmente consideradas "mansas", podem demorar duas semanas, um mês ou mais... É necessário modificar as técnicas de doma e adaptação para atender cada animal. Quanto mais cedo a novilha gestante se habituar à sala de ordenha, mais fácil será a adaptação ao sistema de ordenha após o parto. É interessante introduzir vacas mais velhas e mansas nos lotes de novilhas nas primeiras passagens na sala de ordenha. A presença de outros animais na sala durante a primeira ordenha também pode ser interessante. Se o animal tiver com o úbere muito inflamado, a colocação e a retirada das teteiras exigirá atenção redobrada dos ordenhadores... Importante enfatizar que a utilização de "peias" não é recomendada. Em "casos extremos", levar o animal para um tronco e esgotá-lo manualmente. Quanto à adoção da alimentação como estímulo para a produção de leite, acreditamos que seja mais eficiente durante a ordenha. Importante considerar as particularidades de cada propriedade. Veja alguns questionamentos nas respostas aos comentários da parte 2 desse artigo. Pra finalizar, suas considerações sobre as instalações da sala de ordenha são extremamente úteis. Os animais têm mais dificuldade para se adaptarem aos locais com muitos buracos e poças d'água (eles não têm a capacidade de avaliar a profundidade dos mesmos), demorando mais tempo para passar pela linha de ordenha. O fosso da sala de ordenha é outro empecilho durante o processo de adaptação. Degraus e pisos muito inclinados na entrada ou na saída da sala de ordenha também devem ser evitados. Quanto ao sombreamento, recomenda-se que o conforto térmico seja priorizado na sala de espera, dentro e fora da sala de ordenha. Atenciosamente, Telma e Nilson |
TELMA DA MATA MARTINSBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 20/01/2014
Oi Jaques,
Agradeço pelo comentário. Para adaptar seus animais com variados graus de sangue ao novo sistema de ordenha, selecione aqueles que são mais "ariscos" e veja a possibilidade de aplicar algumas técnicas de aproximação e amansamento para esse grupo. Quando você começar a passar os animais na sala de ordenha, deixe-os entrar calmamente, sem aplicar muita pressão. Os animais mais mansos podem entrar logo no primeiro dia, alguns podem exigir um pouco mais de paciência... Lembre-se sempre de aplicar estímulos positivos e respeitar o tempo de cada um! Veja as nossas dicas na parte 4 do artigo. Você pode gastar algum tempo pra fazer esse trabalho agora, mas depois, terá muitos ganhos. Boa sorte! Telma e Nilson |
LUCAS REICHELM COSTAPROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 18/01/2014
Excelente tema abordado pelos autores, acho que o bem estar animal vem devagarzinho ganhando seu espaço junto as questões de nutrição, genética e manejo visando ganho de produção.
gostaria de deixar alguns questionamentos práticos aqui que talvez possam ser úteis: - Os autores sabem dizer se existe diferença na aplicação da técnica da dona dócil em animais de diferentes idades? Por exemplo se vacas mais velhas consideradas ariscas são mais difíceis de aplicar o processo de doma e adaptação a uma nova rotina? - Qual seria a melhor fase pra adaptar uma novilha a ordenha mecânica, em sua primeira ordenha ou dias antes do parto (passando a mesma na no tronco de ordenha, passando ela com o lote na hora da ordenha) para que ela possa se habituar à aquela rotina? - No caso da primeira ordenha de uma novilha seria interessante fazer essa ordenha com o animal sozinho ou seria interessante a escolha dos animais mais dóceis do lote para acompanharem ela na hora das primeiras ordenhas? - A alimentação dos lotes logo após os animais saírem da sala da ordenha poderia funcionar como um estimulo semelhante ao do concentrado no cocho na hora da ordenha? o que talvez faria o animais assimilarem o processo da ordenha com a oferta de comida fresca logo após esse processo e estimularia os mesmos a querem passar por processo. gostaria só de enfatizar aqui e lembrar o cuidado com o jogo de luzes (do sol) e sombra na sala de ordenha, lembrando que o bovino tem dificuldade de diferenciar sombra intercalados com luz de buracos por exemplo, e isso as vezes pode dificultar o manejo na hora da entrada do tronco, e outra dica interessante é a questão da inclinação do pisa da sala de ordenha com relação a entrada do tronco, já vi um problema com uma propriedade assim, no qual o piso foi feito com a caída pro lado da entrada do tronco e grande parte dos animais ficava com a parte traseira voltada pra entrada do tronco o que dificuldade um pouco na hora do manejo, tendo em vista que os animais se sente mais confortáveis em ficar na direção da inclinação, enfim são pequenos pontos mas que se forem observados podem contribuir na hora do manejo na sala de ordenha. Parabéns aos autores pela escolha do tema!!! |
JAQUES ALVES DOS SANTOSNANUQUE - MINAS GERAIS EM 18/01/2014
Estou instalando uma ordenha na minha propriedade, tenho vacas de vários graus sanguineos. Talvez tenha que levar o rebanho ao local pelo menos uma semana antes de começar a ordenhá-las, Não sou muito adepto de ocitocina, acho que vicia o rebanho. Muito legal essa reportagem, vou guardá-la como documento de boas técnicas de manejo.Parabéns a Telma da Mata.
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TELMA DA MATA MARTINSBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 06/01/2014
Prezado Rodrigo,
O contato limitado com humanos na cria e na recria realmente influencia no comportamento das vacas após o parto. Acreditamos no potencial produtivo das vacas Gir leiteiro e sabemos da importância desses animais como base genética para a formação do F1. Quando domadas e manejadas de forma correta, as vacas Gir podem se tornar mais dóceis, diminuindo o risco de acidentes na ordenha e na rotina da propriedade. Agradecemos pelo comentário. Telma e Nilson |
RODRIGODIVINÓPOLIS - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS EM 01/01/2014
Bem interessante o curso
Mas algo que é fato, nessas fazendas maiores, as bezerras que não são taurinas são desmamadas e só vão ao curral para serem curadas, isso talvez 1 vez por mês ou nem isso, vão crescendo isoladas, e só retornam em definitivo para o curral quando voltam como vacas. Por isso tantos problemas, não podem ficar tão longe assim do contato com "Humanos". Acho Gir lindo, gado mais lindo que existe, cheio de cores, cheio de chumbamentos, com pelo seu liso que parece um campo de golf, mas acho totalmente fora de mão tirar leite de um gado assim. Se não tomar cuidado pode sair machucado ainda. |
TELMA DA MATA MARTINSBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 27/12/2013
Prezados leitores Hibernon, João e Eizami,
Agradecemos pelos comentários. Ao adotar técnicas de "doma racional" para amansar fêmeas mestiças leiteiras, contribuímos para aumentar a qualidade de vida dos animais, facilitar o manejo e melhorar a relação entre homem e animal. Bastante interessante o relato do Eizami sobre sua experiência com uma vaca Gir. Para aprender como aplicar as técnicas de doma e manejo de forma correta, os interessados podem fazer cursos de doma de bovinos e manejo na sala de ordenha, os quais são ofertados atualmente pela ABCZ. Atenciosamente, Telma e Nilson |
EIZAMI ABDIEL DE OLIVIERA FILGUEIRAPIRES DO RIO - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 25/12/2013
Eu tive uma experiência bem negativa quanto a uma tentativa que fiz no passado para amansar uma vaca gir.
Era uma vaca bem arisca, não deixava tirar leite na ordenha de modo algum, jogava de banda, deitava no chão e tudo mais, quando tive a ideia de mostra-la que não estavamos ali para machucar, pensando nisso fiz o seguinte: Para ter o resultado de uma forma um pouco mais rápido, levei ela até a seringa, e fechei ela de modo que não podia nem ir para frente, nem para trás, pois não deixava chegar perto de modo algum. Após isso peguei uma escova de plastico que tenho e fui me aproximando, devagar, conversando com ela e fui escovando ela, ela rejeitava minha aproximação, mas eu meio que a obriguei não dando espaço para fugir, e ela então recebeu minhas carícias e sempre falando com ela, de forma bem tranquila, passava a escova, a mão, e ela foi depois de alguns minutos deixando, sem muita resistência, fiquei alí por uns 30 minutos, no começo tentava dar cabeçadas e no fim já não o fazia. Foi quando tive que solta-la pois tinha que ir almoçar, então liberei da seringa, mas ficou dentro do curral até eu almoçar (15 minutos). Quando voltei, essa vaca estava bem mais arisca que antes de eu coloca-la na seringa, começou a correr de mim, e ameaçava muito investir em mim, chegou a me da uma corrida (rs...). Foi então que percebi que ao tentar ajuda-la a perder o medo, ela ficou mais furiosa ainda. Queria muito aprender essa doma racional, muito mesmo. |
JOÃO GUALBERTO PEREIRA SILVA PEREIRA SILVASANTANA DE PIRAPAMA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 24/12/2013
E muito positivo tudo isto pois esta relação homem animal deve ser sempre a melhor possível ,pois so assim poderemos tirar bons resultados ,o manejo racional sempre sera a melhor forma de conduzir nosso rebanho
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