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Água, vento, tempo e uma vaca: é tudo o que você precisa para resfriar seu rebanho leiteiro no verão - parte III

POR ISRAEL FLAMENBAUM

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/10/2015

3 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 03/10/2022

Chegamos a parte final do artigo de Israel Flamembaum sobre resfriamento de vacas.

Se você perdeu as publicações anteriores, confira aqui: parte I e parte II.

Qual a duração ótima de cada sessão de resfriamento?

Não há uma resposta exata e é provavelmente diferente entre uma fazenda e outra e provavelmente depende das distâncias que as vacas precisam caminhar na ida e na volta da sala de ordenha e/ou sala de resfriamento.

A exposição das vacas à radiação solar direta em corredores sem sombra, bem como a densidade de vacas na área de resfriamento podem influenciar a qualidade de resfriamento e, portanto, a duração ótima das sessões de resfriamento.

Estudos recentes realizados em Israel demonstram que sob condições em que as vacas não necessitam caminhar longas distâncias ao sol, a duração ótima de cada sessão de resfriamento pode ser de 25 minutos, combinando ventilação forçada contínua e aspersão de água por um curto período (30-40 segundos), a cada 5 minutos, quando o tratamento for fornecido 8 vezes por dia (a cada três horas, em média, 200 minutos de resfriamento por dia).

Isto também vale para fazendas onde as vacas caminham longas distâncias para serem ordenhadas e/ou resfriadas?

Não sabemos ainda e atualmente estamos levantando estes dados em fazendas leiteiras de grande escala, localizadas em uma região quente do norte do México.

Vaca
Este é certamente o fator mais importante desta história.

Tudo o que foi descrito até este momento teve como objetivo promover seu resfriamento adequado. Contudo, temos a certeza de que a vaca se encontra no local e na hora certa para receber o tratamento no qual investimos tanto?

A presença da vaca no local de resfriamento é, em minha opinião, o fator mais importante, determinando a qualidade do resfriamento e a principal causa das diferenças de respostas das vacas ao tratamento.

Isto é especialmente verdadeiro naquelas fazendas em que as vacas são resfriadas na pista de alimentação, de modo que o resfriamento ocorre sem que as vacas estejam presas, ou seja, sem garantia de que estejam presentes no local de resfriamento durante a operação. Mesmo quando as vacas são presas na pista de alimentação durante o resfriamento, a qualidade pode ser diferente entre as vacas situadas nas "áreas" com melhor ou pior cobertura de resfriamento, resultante da localização dos ventiladores ou aspersores em relação a uma vaca específica.

O mesmo se aplica ao resfriamento na sala de espera ou sala de resfriamento especial, onde o grau de cobertura pode diferir de uma vaca para a outra na mesma sala, dependendo de onde a vaca está.

Conclusão
Até este ponto, conclui-se que há muitos fatores que podem afetar a qualidade de resfriamento e, portanto, a forma como a fazenda lida com o estresse térmico no verão. Fica claro que somente ao combinar uma operação adequada simultaneamente com todos os fatores acima mencionados pode-se obter os resultados esperados e o retorno do investimento no sistema de resfriamento.

Recentemente, começamos a usar uma tecnologia simples e barata para monitoramento de mudanças diurnas na temperatura corporal das vacas, com uso de termômetros colocados em dispositivos intravaginais (CIDR). Recomendo o uso destes termômetros para avaliar a eficácia do sistema de resfriamento e seu gerenciamento. Recomendo inserir pelo menos cinco dispositivos simultaneamente em um grupo de vacas (e 10 unidades seriam ainda melhor). As informações obtidas nos dirão se as vacas foram suficientemente resfriadas e, no caso de uma variação muito grande entre as vacas, será um sinal de que o tratamento não está uniforme e há espaço para melhorias.

O estudo do custo-benefício do sistema de resfriamento por meio de um programa que desenvolvi recentemente mostra que, quando o sistema dá os resultados esperados, o investimento pode se pagar em menos de dois anos, propiciando um lucro considerável ao produtor, após descontar todos os custos operacionais e despesas extras com alimentação necessárias para o aumento da produção de leite no verão. Por outro lado, uma fazenda leiteira que investe muito dinheiro na instalação e operação do sistema de resfriamento e que não obtém os resultados esperados pode perder dinheiro devido à queda na produção e aos altos custos de operação.

Em conclusão, é importante resfriar as vacas no verão, mas é necessário fazer isso adequadamente para a obtenção de melhorias na produção de leite e na fertilidade e, assim, obter benefícios econômicos do processo.

ISRAEL FLAMENBAUM

Especialista no estudo do estresse térmico em vacas leiteiras, professor na Hebrew University of Jerusalém, tem ministrado cursos e treinamentos sobre o assunto em diversos países.

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