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Uma análise das margens no mercado de leite UHT |
POR MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
E CARLOS EDUARDO PULLIS VENTURINI
EM 10/02/2014
8 MIN DE LEITURA
ARTIGO EXCLUSIVO | Este artigo é de uso exclusivo do MilkPoint, não sendo permitida sua cópia e/ou réplica sem prévia autorização do portal e do(s) autor(es) do artigo.
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.
CARLOS EDUARDO PULLIS VENTURINI
Economista formado pela ESALQ/USP; Coordenador de Conteúdo do MilkPoint Mercado
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ZANONE CAMPOSLAGOA SANTA - MINAS GERAIS EM 18/02/2014
Excelente matéria e com uma abordagem muito realista e sem "paixões. Minha experiência na Indústria de Leite Condensado, verifiquei que , na cadeia leiteira, ganham apenas dois personagens. O Vendedor, que ganha a comissão e o Consumidor que compra barato.
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JAQUELINE REZENDEMURIAÉ - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 17/02/2014
Parabéns pela matéria! Realmente excelente!
Apenas um comentário, faltou lembrar que alem de todos os custos de produção de LLV como matéria prima, embalagem, envase, etc, incidi-se impostos, a carga tributária. |
JOSE FRANCELINO DIASLAGOA GRANDE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 17/02/2014
discutir quem perde mais, ou quem ganha mais, numa cadeia aonde um é dependente do outro é falta de bom senso. pois a cada momento um vai assistir a desgraça do outro , e um negocio para ser sustentavel todos os elos da cadeia tem que ganhar para que cada parte possa honrrar seus compromissos com diguinidade. prescisamos amadurecer muito,e organizar melhor toda a cadeia dando a césar o que é de césar, se quisermos continuar a sonhar em ganhar dinheiro com a atividade.
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ROBERTO JANK JR.DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 16/02/2014
Ótima análise Marcelo e Carlos. Interessante a constatação de que o margem do produtor é estável , sempre 40% do preço final em qualquer situação, e a demonstração gráfica de que a estabilidade é sempre boa para todos os elos.
A briga por margens fica entre indústria e varejo, este último bastante mais coordenado e com bala para direcionar preços (faro), em situações de expansão de oferta. Mas não cabe aqui a discussão de "alertas" e "avisos" ou de encontrar culpados, já que isso não será resolvido com bravatas ou no grito, de ambas as partes. Precisamos focar em manter os preços finais dentro de uma banda que permita ganho para os agentes e para o consumidor. O mercado do UHT é puro, totalmente relacionado com a oferta, já que a demanda é estável. Por esse motivo, queira ou não, torna-se um produto muito dependente de fatores que afetam os custos primários do leite e também o dólar, o preço do pó, milho e soja, etc... Para o futuro temos novas variáveis, como a seca do sudeste com falta de forragens conservadas para o inverno, a retomada forte das exportações de leite e um possível aumento além do razoável no preço das commodities agrícolas, como milho e soja; por outro lado, já temos recessão - com possível queda de consumo. Avizinha-se um 2014 nervoso, com produção justa, muito parecido com 2013. Espero que tenhamos todos aprendido alguma coisa. abraços. |
RODRIGO SIMOESBARRACÃO - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 14/02/2014
Ótima matéria !!
Isso mostra também a desunião que existe nesse nosso ramo de atividade. Também precisamos lembrar, que o preço do leite pago ao produtor nos últimos 12 meses em média, foi o preço mais alto comparado com nossos vizinhos Argentina e Uruguay, e até de países de primeiro mundo como a Nova Zelândia !! Será que não estamos vivendo um momento que não é a nossa realidade ?? Na minha humilde opinião, sim !! Pois o brasileiro não está mais com esse fôlego todo pra continuar consumindo, por isso acho que precisamos sempre estar revendo todos esses custos, e entrar na nossa realidade. |
PAULO R.C.CORDEIRONOVA FRIBURGO - RIO DE JANEIRO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 14/02/2014
Marcelo e Carlos Eduardo
Muito bem colocado este grande problema, de um elo da cadeia produtiva do leite, sempre querer colocar a culpa da baixa remuneração, quando há, no outro elo da cadeia. Com números corretos e analises não tem como brigar. Parabéns Paulo |
SANTIAGOLAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 13/02/2014
Marcelo e Laércio;
Infelizmente, a maioria dos produtores se tornaram dependentes do efeito "surpresa" do preço do leite. Essa prática era muito comum no passado e ainda tem alguns adeptos a atualidade; Porém, concordo com o Laércio. Atuamos próximos aos produtores e alertamos com bastante antecedência a situação baixista. Vivenciei casos de produtores que não acreditaram nas tendências e que forneceram sua produção para outra indústria em outubro e hoje recebem bem menos do que se estivessem ficado onde estavam e voltaram a passar pelo efeito "surpresa". Não podemos culpar os produtores integramente por essa falta de crédito nas indústrias uma vez que um dos representantes diretos da produção primária, vem a público afirmar que o mercado permaneceria firma sem previsão de quedas a médio prazo, em um momento onde o UHT já havia recuado mais de R$ 0,50. Para mim, isso não tem outro nome à não ser de especulação. Não é razoável omitir ou distorcer informações com qualquer que seja o objetivo. O mercado é soberano e auto-regulável, não é se falando o que acha que deve acontecer que vamos evitar quedas ou altas de preços; Por fim, eu o Laércio, Davi dentre outros muitos representantes das indústrias alertamos no Milkpoint para a realidade, e recebemos ataques de todas as formas que insinuavam má fé, oportunismo e conspiração. Hoje não vejo nenhum defensor ferrenho dessas teorias se manifestando, uma vez que contra o inquestionável não há argumento. Abraço |
PÉRSIO GANDRA PERDIZQUIRINÓPOLIS - GOIÁS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 13/02/2014
Como poderá ter reação em curto prazo se a demanda perdeu o folego?
Nunca tivemos um período de baixo consumo para lácteo, em estimativas da empresa de laticínios nos últimos vinte anos esse final de dois mil treze e o começo do novo ano foram os piores momentos para a venda até agora. Concordo plenamente que as indústrias precisam ser mais transparentes tanto no período da entre safra como na época das chuvas, para repassar tais dificuldades aos fornecedores. Parabéns pela matéria. |
SANTIAGOLAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 12/02/2014
Excelente análise;
No mesmo período de 2013 os preços de UHT e mussarela se equivaliam aos de hoje e os preços no campo estavam em torno de 0,10 a 0,12 menores. Esses dados comprovam um achatamento da indústria perigoso para todo o setor. A cada ano que passa mais indústrias entram em dificuldades e saem do ramo, muitas vezes levando prejuízos aos produtores. A crise de oferta agrava esse cenário, tornado especulativa demais a captação a campo e causando em determinados momentos uma completa desconexão das cotações a campo em razão da realidade no atacado; Necessitamos de um amadurecimento da cadeia como um todo, que ao meu ver deve começar por um plano governamental de administração de estoques e de uma maior regulamentação dos negócios entre produtores e indústrias. Esse artigo foi muito útil no sentido de desmistificar a baixa de preço de leite que sempre taxa a indústria como oportunista. |
GUSTAVO ESTEVESPOÇOS DE CALDAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO EM 12/02/2014
Otimo Artigo,
Sidney não acredito em uma desorganização na cadeia, e sim pessoas mal informadas. A noticia está 24 horas a nossa disposição através da internet, televisão, rádio ... etc... Um dos agravantes são aventureiros que de alguma forma desordenam o mercado e acaba atrapalhando empresas sérias, que passam a noticia como ela é realmente, não como as pessoas acreditassem que fossem. A respeito das perspectivas para 2014 Mery Ane, é muito cedo para prevermos, mais já de antemão o cenário de seca nos grandes estados produtores já mostram uma reação de preços ascendente de leite, porem alguns eventos como Copa do Mundo e Eleições pode mascarar algumas veracidades do mercado. Produção de milho para grão e silagem será péssima essa estiagem só causou dados e prejuízos a produtores, com isso teremos uma queda de produção e uma provavelmente alta de preços no custo de produtores. Este é o cenario de hoje, podemos amanha ou depois algumas novidades que façam este cenario mudar. |
MARCELO PEREIRA DE CARVALHOPIRACICABA - SÃO PAULO EM 12/02/2014
Obrigado a todos pelos comentários. Mery Ane, esperávamos um ano de preços mais estáveis e em patamares médios parecidos com 2013, começando mais forte e com picos menores. Porém, a situação climática está fazendo com que revisemos essa avaliação. Várias regiões estão com falta de água (não só sudeste e parte do centro-oeste, mas nordeste) e a produção de volumoso para a seca está comprometida. Isso pode levar a nova escalada de preços. A ver.
Laércio, dado o histórico de relacionamento entre os elos, onde a desconfiança sempre perdurou, o aviso de que vai cair acaba soando para muitos como bravata ou tentativa de manipular o mercado. Difícil solucionar isso rapidamente. Acho que os laticínios poderiam trabalhar de forma mais próxima com seus fornecedores, passando mais informações, abrindo mais alguns números e criando uma relação de maior confiança e cooperação. |
EVAIR ROBERTO PORSCHNOVA LARANJEIRAS - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 12/02/2014
Parabéns pela matéria.
Tivemos um 2013 muito bom, embora a partir de outubro o mercado tenha mudado muito. 2014 começou péssimo, com valor do UHT na casa dos R$ 1,35 à 1,40 muito abaixo do custo da industria, que hoje ficam na casa de R$ 1,65. E muitos acham que estamos ganhando dinheiro, seria bom se estivéssemos pelo menos empatando, mas a realidade é que a industria amarga um grande prejuízo, e pelo que podemos visualizar, deve continuar assim por mais alguns meses, o mercado não dá sinais de reação. Gostaria de deixar claro ao amigo Produtor, que não estamos sacrificando ninguém, pelo contrario, estamos absorvendo grande parte dos valores que o mercado reduziu. Att. Evair |
MAURO WELLINGTON G PEREIRAOURO FINO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 11/02/2014
Prezados Marcelo P Carvalho e Carlos E Venturini,
Parabéns pela excelente matéria acima. São dados coletados e traduzidos de maneira exemplar. Faz-se necessário que a cadeia do leite avalie, discuta e estabeleça seu rumo. Não é produtivo apontar indústria ou produtor como "culpado" ou "coitado" desta relação. Afinal, todos dependemos uns dos outros. É preciso resolvermos alguns problemas: (1) Desorganização da cadeia (2) Falta de padronização do produto (3) Alto custo de produção (4) Pouco volume de exportação Tanto produtor, quanto indústria devem trabalhar com transparência e "afinados" tal como uma moda de viola bem tocada. Todos devem ganhar. Nenhuma das partes vai se desenvolver a partir do fracasso de seu principal parceiro da cadeia. A padronização do produto com o menor custo possível nos permitirá entrar no mercado internacional para exportação. Penso que assim, ainda que utópico, caminhamos para uma forma mais sustentável de produzir leite no Brasil. Abraço |
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