Produção restrita aumenta disputa pelo leite; preços do longa vida aquecem o atacado |
POR MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
E MARLIZI M. MORUZZI
EM 17/03/2010
5 MIN DE LEITURA
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.
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WELLINGTONPATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 08/04/2010
Diante do exposto é preciso ter muita cautela por parte dos produtores no que diz respeito a novos investimentos, pois acredito que esse bom preço é semelhante a uma onda que se forma com o vento e de repente se disfaz. Produtores que investem pesado para uma maior produção de leite, confiante no mercado consumidor, não podem agir dessa forma. É preciso ter os pés no chão.
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FABIO GOMES DE SOUZABARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 03/04/2010
Concordo com o artigo editado por Savio, uma vez que o preço do spot alavancou desproporcionalmente ao aquecimento do mercado, não justifica o spot pago a R$ 0,95 e o longa vida ser vendido a R$ 1,60, a conta não fecha do leite pago mais custo de produção, mas hoje ja sentimos que o proprio mercado de spot ja esfriou, devido a formação de estoque de grandes industrias, ja se fala ate em baixa do spot para o mes de abril, alias baixa não adequar a um preço sensivel e real de mercado, onde 2 ou 3 empresas trabalham fora da realidade, prejudicando toda a conjutura de mercado.
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PEDRO AUGUSTO JUNQUEIRA FERRAZBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 01/04/2010
Senhor Redator,
É necessário que se faça uma trabalho conjunto com todas as cooperativas e laticínios do Brasil, no sentido de reduzir as exageradas margens dos supermercados na cadeia do leite. Entendemos que a Confederação Nacional da Agricultura deveria levantar esta bandeira. Enquanto o produtor recebeu durante os últimos 12 meses, cerca de R$0.55 por cada litro de leite produzido, o consumidor pagou de 3 a 4 vezes mais pelo leite consumido. Nos produtores de leite de Minas e do Brasil, aguardamos com muita esperança que a Confederação da Agricultura, presidida pela Senadora Kátia Abreu seja a voz e os olhos de milhares de produtores espalhados na grande maioria dos municípios brasileiros. Precisamos encontrar novos caminhos para os produtores de leite do Brasil. Pedro Augusto Junqueira Ferraz |
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HOMILTON NARCIZO DA SILVAGOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 19/03/2010
Concordo com voçes todos, mas infelizmente a gana das industrias, não mudou em nada , veja os preços corrigidos aos produtores e os preços nas gondolas dos super Mercados, a diferença é gritante, não tem consumidor nenhum que aguenta estas altas desiguais, mas não se preocupem, pois tudo aconteçe como antes, quem paga a conta somos nós sofridos e bobos produtores de leite, por não termos até hoje em pleno século21, a união nescessaria para termos força de briga.
abraços Homilton |
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SAVIOBARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 18/03/2010
Concordo com o exposto pelo Jank;
Porém para completar, um fato ainda mais assustador. Ano passado a especulação de preços do Longa Vida puxou o mercado de uma vez e como o Jank disse, "a vida foi curta". Esse ano, os preços reais do UHT contando as promoções, que só são identificadas na prática, não atingiu nem 70% do preço especulativo do ano passado e as indústrias já inflaram em demasia o leite SPOT. Ou seja, corremos risco de uma bolha especulativa muito mais rápida e maléfica se os preços não firmarem no varejo. A verdade é que as vendas ainda estão frias e o mercado ainda não respondeu como andam dizendo. Na prática no Rio de Janeiro os preços praticados por "segundas marcas" está entre 1,60 à 1,65. "Primeiras marcas" comercializam entre 1,70 à 1,75, mas com bonificações pontuais que puxam à 1,65 em alguns casos (igualando suas cotações às segundas marcas que nesse mesmo período do ano passado sumiram das gôndolas do RJ). Essas bonificações para grandes redes me levam a crer que as vendas estão fracas e que ainda existem pequenas formações de estoque para quem aumentou de uma vez as cotações. Torço para que ao invés daquela alta irreal e extratosférica do ano passado os preços de venda se mantenham como estão por mais tempo, mas se isso acontecer terá que haver uma baixa no leite SPOT que o traga a realidade atual. Senão for assim, em breve as indústrias sufocadas vão especular como no ano passado, formar estoques altos e a baixa será imediata. Um abraço a todos; Sávio Santiago |
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ROBERTO JANK JR.DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 17/03/2010
Marcelo e Marlizi,
Concordo que o atual ambiente em preços/custos está ótimo para promover um rápido aumento da produção, o que é péssimo para o mercado (próximo) futuro. Infelizmente, como o fiel da balança é o longa vida doméstico e não o pó exportado, esse ambiente vai ter vida curta no mercado. Ou contamos com a desgraça alheia na Argentina, NZ, Austrália e Uruguai, o que seria uma maldosa e politicamente incorreta maneira de administrar o problema, ou promovemos um melhor equilíbrio entre oferta e demanda com estoques reguladores de pó, importação administrada, contratos de leite na BM&F, valorização de leite cota, qualidade, fidelidade e tudo o mais que possa ser traduzido em estabilidade no setor. Fato é que vender leite a R$ 0,30, como andaram vendendo, no mesmo período que o país apresenta déficit na balança comercial de lácteos já é um grave sinal de desajuste. Mesmo sendo repetitivo, menciono ainda a lição de casa básica ainda por fazer: promoção da qualidade doméstica para permitir acesso a novos mercados externos e marketing institucional para atrair mais espaço do estômago do consumidor, que hoje está tomado por outros líquidos como soja, isotônicos e néctar (que não perderam tempo e fizeram o MKT deles) |
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