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Os preços ensaiam um movimento

POR MAURÍCIO PALMA NOGUEIRA

PANORAMA DE MERCADO

EM 08/10/2003

3 MIN DE LEITURA

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Desde junho o mercado começou a ser abastecido de informações desencontradas sobre as perspectivas nos preços do leite.

O fato se repete agora para as produções de setembro e outubro.
Fala-se em queda, estabilidade e aumento nos preços com relação às perspectivas. Para a produção de agosto, que foi paga em setembro, esperava-se um leve recuo, na média nacional, em torno de 1% (menos de R$0,01/litro). O que se observou foi estabilidade, com algumas poucas variações relacionadas maia a ajustes entre as empresas. Algumas indústrias informam que os preços podem recuar até R$0,04/litro. No campo, contudo representantes das mesmas empresas oferecem até R$0,02/litro a mais para os produtores migrantes( passando a ser fornecedores dessas empresas).

Mesmo que o valor acabe não sendo oficializado, a simples menção de que compradores oferecem mais pelo produto já contribui para sustentar os preços, ou mesmo aumentar, em algumas regiões.

Essa situação acaba criando expectativas, reais e imaginárias.
Afinal, qual é a tendência de preço para as produções de setembro e outubro?

Uma das formas para estabelecer perspectivas de mercado é realizar um apanhado das opiniões de quem trabalha com compra e venda de leite. Indústrias, associações, cooperativas e produtores.

Observe na figura 1 as tendências para os preços do leite segundo esse critério, para julho, agosto e setembro.
 


Para julho e agosto, mais de 50% dos entrevistados acreditavam em estabilidade, enquanto cerca de 30% apostavam em aumento.
Na verdade, os entrevistados transmitem o comportamento dos preços na sua área de atuação.

Em setembro a tendência de queda foi apontada por mais de 63% dos entrevistados, enquanto 32% acreditavam que os preços se manteriam estáveis. Apenas 5% acreditavam em aumentos para a produção de setembro.

Contribui ainda para a depressão dos preços a queda no mercado "spot", as vendas fracas e a chegada do período de safra.

Em contrapartida, o próprio dualismo daqueles que anunciam reduções, e ao mesmo tempo oferecem preços melhores para produtores de concorrentes, indica que a falta de leite preocupa as empresas. Por mais que a oferta atual de leite garanta relativa tranqüilidade à indústria, o cenário é de falta de leite.

Diante de tal quadro, ninguém quer ser o primeiro a reduzir preços. Para 2004, a possibilidade de desabastecimento de leite preocupa.

Pois bem, se os preços cairão, a que patamares deverão se fixar?

O preço médio do atualmente é de R$0,496/litro ou US$0,169/litro, calculado a partir da média ponderada, volume de produção e preço médio por Estado pesquisado. No ano, em reais deflacionados, a média é de R$0,478/litro.

Se o mercado se comportar de acordo com as tendências atuais, o preço médio de 2003 fechará o ano em torno de R$0,470 a R$0,475/litro, em valores reais.

A expectativa do mercado é redução de preços para os próximos meses de R$0,02/litro até R$0,05/litro. É possível?

Para reduzir R$0,05/litro, o recuo seria de 6% abaixo da média provável ao longo do ano. O preço mais alto, em reais deflacionados pelo IGP-DI, teria sido para a produção de julho, pagamento em agosto, que representou R$0,50/litro de leite ou 5,5% acima do valor médio anual.

Para comparar a oscilação esperada para 2003, foram utilizadas as oscilações médias históricas dos preços do leite em São Paulo, atualizadas pelo IGP-DI, desde 1955.
Observe na tabela 1 a variação entre os preços mínimos e máximos em relação à média do ano em dois períodos analisados: 48 anos e 10 anos.

Tabela 1: Relação média anual entre os menores e maiores preços pagos pelo leite e os preços médios de cada ano no Estado de São Paulo entre os anos de 1955 e 2002.

 


Nos últimos 10 anos, as oscilações de preços, ocasionadas por fatores de mercado, foram superiores às oscilações médias anuais do período de quase 50 anos.

Embora seja de se esperar que os preços se comportem de acordo com o período mais recente, tudo indica que 2003 seja um ano em que as oscilações sejam menores, inclusive dentro dos limites da média histórica.

Assim sendo, estimando de uma maneira grosseira com base no comportamento histórico, os preços deveriam recuar no máximo cerca de R$0,03/litro em relação ao preço de hoje. Vale lembrar que em Santa Catarina, por exemplo, os preços já recuaram R$0,05/litro em quatro meses.

Hoje, apesar da provável queda, o cenário indica que os valores não recuem acentuadamente.

MAURÍCIO PALMA NOGUEIRA

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