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Leite: alimento ou veneno?

POR PAULO DO CARMO MARTINS

PANORAMA DE MERCADO

EM 17/10/2005

3 MIN DE LEITURA

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O leite contém poderosos hormônios de crescimento provenientes de vacas tratadas com proteína bovina geneticamente modificada. A indústria de laticínios gasta bilhões de dólares para influenciar os órgãos de saúde, o congresso e a comunidade científica e médica, com o propósito de enganar o consumidor, que desconhece o perigo de consumir leite e derivados.

Em essência, essa é a mensagem do livro que dá origem ao título deste artigo, cujo autor é um certo americano chamado Robert Cohen e publicado, neste ano, no Brasil, pela editora Ground.

Voltando de Alta Floresta, onde estive a convite do Prof. Laranja, o avião fez uma escala em São Paulo, a caminho para o Rio de Janeiro. Lá embarcou basicamente nutricionistas e nutrólogas, que tinham acabado de participar de um congresso de nutrição humana. Na fila em que eu estava, sentaram-se quatro nutrólogas, todas formadas em medicina. O assunto foi o congresso. Mais especificamente, um painel que lá ocorreu e que concluiu sobre os malefícios do leite à saúde humana. O livro em questão foi indicado a mim por uma delas. Indicaram-me outro: o leite que ameaça as mulheres, cujo autor é Raphael Nogier, publicado no Brasil pela Editora Ícone.

No início de outubro a Câmara Setorial do Leite, do MAPA, reuniu-se para discutir uma proposta da Lactea Brasil, visando a estruturação de ações sobre o marketing institucional do produto. A apresentação do diretor daquela entidade, o nosso conhecido Marcelo Carvalho foi arrebatadora e motivou elogios de todos os presentes. Para saber mais detalhes sobre esta reunião, clique aqui. Diante da ação de especialistas em alimentação humana, que cada vez ganham mais crédito junto aos consumidores, nada mais oportuno, não?

A cadeia do leite vem amadurecendo rapidamente, e a mudança de patamares tem se dado aos saltos. Assim é que, com o fim do controle de preços em 2001 e a abertura econômica que ocorreu nos anos subseqüentes, a cadeia foi competente para buscar eficiência em diferentes elos e adotou os conceitos de logística. Em 1997, com o câmbio sobrevalorizado e sem políticas claramente voltadas para o setor, foi instituído o Movimento SOS Leite, que redundou em um novo patamar de relacionamento dos seus agentes com os poderes executivo e legislativo. O discurso político passou a ter claro embasamento técnico. Disso resultou, dentre outros ganhos, as medidas anti-dumping, ainda em vigor. Já na crise do apagão, com a queda do consumo de produtos refrigerados, o setor entendeu que o caminho para alocar o excedente seria o mercado internacional. Todos esses saltos foram estruturantes, ou seja, após iniciado não houve retrocesso. Ao contrário, somente avanços foram registrados em cada um desses.

Se o setor evolui aos saltos, motivados por crises, ao que parece esta crise poderá levar à criação de um fundo, que vise atender a essa necessidade premente: o combate a informações que desestimulam o consumo de leite. Isso seria mais um salto da cadeia. Mas, incompleto. É necessário pensar também em outros dois pontos frágeis: defesa sanitária e pesquisa. Os países que evoluíram na atividade leiteira conceberam propostas específicas na alocação de recursos considerando estes três itens fundamentais para a sustentabilidade do setor lácteo. Trataremos desse assunto na próxima quinzena. Enquanto isso, compensa comprar e ler os dois livros, cujas capas estão aí em baixo, para ver o que estão falando do nosso produto. Você vai desembolsar R$ 66,00. Mas, considere esta advertência: se seus familiares lerem, você que se dedica à cadeia do leite, corre o risco de ser visto como um marginal, que age contra a sociedade! E, creia, é assim que muitos brasileiros de classes média e rica começam a ver o nosso nobre e naturalmente saudável produto.
 

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LUIZ BECKER KARST

GOIÂNIA - GOIÁS - PESQUISA/ENSINO

EM 03/11/2005

Por 10 anos exerci a gerência comercial da duLeit em Manaus (1996 a 2005).Em Goiânia, continuo envolvido com a cadeia láctea e ouço as mais diversas opiniões e análises, à pergunta que a todos formulo, quanto a origem da crônica instabilidade do setor, principalmente no elo produtivo. Via de regra, a resposta converge à necessidade de valorizar os esforços e o produto final do produtor, ou seja, o leite, nobre alimento humano.



Valendo-me da máquina do tempo, relembro, ano a ano, das ocorrências relacionadas ao leite no Amazonas e porque não dizer, no Norte brasileiro.



Atendo-me apenas ao momento presente, pergunto aos especialistas do Brasil, qual é o produto mais procurado pela população amazonense? Respondo: não importa o nome, marca, classificação, composição, origem, valores nutricionais, desde que a mãe tenha a garantia de poder oferecer a seus filhos, um produto que seja líquido, branco e possa ser chamado de leite.



Leite modificado com base em gordura vegetal ou animal, bebida láctea, alimento ou veneno, pouco importa, desde que esteja ao alcance da população adquirir. Mais do que justo pagar o preço reivindicado pela cadeia produtiva, mas quem conseguirá pagar o preço justo, se o poder de compra da população a cada dia, se esfacela e deteriora mais. O buraco, portanto está mais embaixo e creio que a decisão fuja do domínio da classe e lideranças do setor.



Com a renda cada vez mais achatada, qual o produto que nutrirá a população da Fome Zero? Alimento ou Veneno?



Ah, Manaus não é Brasil e pobre não é brasileiro? Informo-lhes que o Amazonas, apesar dos pesares ainda é brasileiro, talvez, nem mais o mais brasileiro dos estados, mas até prova em contrário, ainda é brasileiro e pelo testemunhado, leite como alimento, ou seja, integral para a população, gradativamente passa a ficar apenas na lembrança. E o produtor?



Abraços,



Luiz Becker Karst

ADALBERTO VUOLO JUNIOR

ESPÍRITO SANTO DO PINHAL - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/10/2005

Prezado Paulo Martins ,



Antes de tudo queria lhe dar todo meu franco agradecimento e parabenizá-lo pela sua postura em favor do consumo de leite. Aos profissionais da área que condenaram o consumo de leite , venho através destas linhas mostrar indignação.



Em termos de Brasil não se consume mais leite, não se tem controle dos ditos leites vendidos basta ver os UHT's, vulgos Longa Vidas, estes produtos estão detonando a saúde pública e nossos governantes não tem competência para fiscalizar.



Adalberto Junior

CÉLIO TIMO MACHADO

MINEIROS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 25/10/2005

Tudo isso mostra a importância de estarmos cada vez mais em busca da produção de leite da forma correta, com assistência veterinária preventiva e com o foco em qualidade dos produtos lácteos.



Percebo que vamos sofrer ataques de concorrentes que são muito mais organizados como, por exemplo, o setor dos refrigerantes, que produzem produtos que possuem características artificiais bem mais prejudiciais à saúde humana.



É hora de mostrarmos os benefícios que nosso produto possui.

ANTÔNIO CÉSAR FERNANDES

GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/10/2005

Este texto nos mostra um perigoso e mal inimigo de uma das únicas fontes de cálcio, em muitíssimos casos, única fonte disponível deste mineral, na dieta humana: o saudável leite e derivados. Lembramos que o cálcio, além de formação de ossos e dentes, é essencial para funcionamento muscular, inclusive do batimento cardíaco.



Cereais, grãos são ricos em fósforo e pobre em cálcio. Carne idem. Então, concluímos que se retirassem o leite da alimentação dos seres humanos, aumentariam os pacientes dos ortopedistas, dentistas, endocrinologistas, além de aumentar a venda de muletas e cadeiras de roda para a população mais velha. Problemas sociais, desemprego rural, aumento de violência, prostituição, assaltos, êxodo para o meio urbano seriam instalados.



Levei um choque ao ler esta redação, preocupei-me duas vezes; por temer que falsas propagandas de leite derrubem, arrasem o mercado lácteo que tanto faz sofrer produtores, e principalmente por que na primeira leitura, tive a impressão que o autor do texto, realmente estava tratando o leite como um "vilão/veneno", precisei ler o texto novamente para entender o contrário, para mim que sou um mal leitor!



Na minha humilde opinião, texto desta importância e gravidade deveria ser mais claro,de linguagem mais simples, para o tiro não sair pela culatra! Este texto está mais apropriado para pessoas de maior poder intelectual, sugiro que o autor escreva novo texto, e que fique declarada alta periculosidade ao assunto dos nutricionistas, e que estes analisem o que pode ocorrer com o mercado de leite e com a saúde da população em não consumir leite e derivados.



<b>Resposta do autor:</b>



Prezado Senhor César,



Ao ler sua carta, estou convencido que atingi o meu objetivo com este artigo, que era apresentar uma afirmação forte, contrária ao leite, dita por alguém que forma opinião junto a formadores de opinião no que se refere à questão alimentar, no caso, nutricionistas e nutrólogos. Em 16/04/2004, com outro propósito, lancei mão deste expediente de fazer títulos aparentemente agressivos ao leite. O artigo em questão foi o Não Beba Leite, Criança, que está disponível neste site, na seção conjuntura.



Se o senhor leu o artigo duas vezes, é sinal que o assunto lhe chamou a atenção. Considerando que neste site somente participam profissionais que de alguma forma estão vinculados ao leite, o texto como foi feito teve o propositor exatamente de alertar a todos nós os riscos que o setor corre, se algo rapidamente não for feito visando anular o efeito danoso que propagandas contrárias ao consumo de leite vêm apresentando. Continuarei a tratar do assunto nas próximas semanas.



Obrigado,



Paulo Martins

NEVIO PRIMON DE SIQUEIRA

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/10/2005

Até concordo que uma pequena parte dos produtores do nosso País ainda seguem a lei de Gerson (tentando levar vantagem em tudo), mas acho muito injusto a generalização da irresponsabilidade a todo o setor lácteo. Sabemos também que infelizmente na área médica, temos bons e péssimos médicos, que tomam por base uma notícia ou uma reportagem e a divulgam como se fosse a maior verdade do mundo, sem ao menos se certificar da veracidade dos fatos ou de quantificar suas verdades, tidas como absolutas. Isso faz parte da ignorância e da arrogância humana, que visa apenas aparecer um pouquinho mais onde acham conveniente.



Se começarmos aqui, a mostrar os erros de todas as classes profissionais, que geralmente são minoria, não poderiamos comer nada, beber nada e respirar nada.



Caso encontre alguém que queira se suicidar, ajude e indique o veneno. Insista para que essa pessoa use o leite como veneno. Sabemos que pouco tempo depois ela estará com bastante saúde, saúde o suficiente para calar as vozes da sabedoria burra, que insistem em apontar defeitos nos outros para poderem se sobressair, pois devem carecer muito de qualidades pessoais ou profissionais.



Abraço a todos , Névio.
CÁCIO RIBEIRO DE PAULA

PIRACANJUBA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/10/2005

Muito oportuna a opinião do autor. É preocupante saber que facilmente a opinião pública pode passar a ver no leite um ''veneno'' e não um alimento nobre. Olhem só quão definidor é o marketing: todos sabemos que alguns refrigerantes e as bebidas alcoólicas não fazem bem à saúde. No entanto, são cada vez mais consumidas no mundo, mesmo sabendo que fazem mal. Marketing, pesquisa e controle sanitário definirão o espaço do nosso leite.



Cácio.

Eng. Agrônomo, assesor técnico em propriedades leiteiras em Goiás.

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