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Viagem à NZ: Grupo conhece a Fonterra, o kiwi cross e o sistema sharemilking

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 21/03/2013

3 MIN DE LEITURA

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Após uma longa viagem sobre o oceano Pacífico, o grupo composto por 22 pessoas chegou à Nova Zelândia para conhecer de perto a produção de leite do país que tem quase 40% do mercado de exportação de lácteos. Visitas às instituições e fazendas marcaram os primeiros dias do roteiro.

Logo no primeiro dia, o grupo pode conhecer um pouco mais sobre a atuação da Fonterra, a maior cooperativa de leite do país e maior exportadora de leite em pó do mundo. A empresa conta com o leite de 89% dos produtores da Nova Zelândia, coletando ao redor de 17 bilhões de litros ao ano só na Nova Zelândia (e mais 4 bilhões fora) e exportando 2,3 milhões de toneladas de produtos lácteos.


Imagem 1: Reunião na Fonterra


A primeira fazenda visitada possui o perfil de apenas 4% das fazendas do país, pois além do pasto, faz grande uso de suplementação. As propriedades são classificadas segundo a quantidade de insumos utilizados, considerando zero para fazendas que mantém o rebanho exclusivamente a pasto com o mínimo de suplementação e cinco para fazendas que possuem a maior porcentagem no uso de suplementos. Outra particularidade dessa fazenda que a difere das demais é produção ao longo do ano, uma vez que as fazendas leiteiras produzem sazonalmente e as vacas são secas nos meses junho e julho. A fazenda é de propriedade de dois irmãos, Murray e Graham Shaw que ordenham 450 vacas Friesian em uma ordenha carrossel de 50 lugares. Os produtores abriram os dados da fazenda, que possui baixo retorno sobre o capital investido: já que próxima a Auckland, o valor da terra é elevado, com cada hectare valendo mais de US$ 70.000.


Imagem 2: Pastos secos da Fazenda Murray Shaw


Imagem 3: Cochos de Suplementação da Fazenda Murray Shaw


Imagem 4: Ordenha tipo carrossel, visando rápida ordenha - Fazenda Murray Shaw

No segundo dia, o grupo foi recebido por pesquisadores da Dairy NZ, entidade de pesquisa e extensão rural. A instituição conta com o pagamento de 3,4 centavos de dólar neozelandes por kg de sólidos (proteína e gordura) que são revertidos para pesquisas no setor lácteo. Na sequência, a empresa de genética Livestock Improvement (LIC) abriu sua central e os pesquisadores falaram sobre a genética atual, sobre os cruzamentos existentes, como o tradicional Kiwi Cross (Holandês x Jersey) e alguns resultados das pesquisas genômicas.


Imagem 5: Palestra de Eric Hillerton, cientista chefe da Dairy NZ


Imagem 6: Palestra do Ken Bartlett, consultor da Empresa LIC

No período da tarde o grupo visitou a fazenda de um jovem casal que trabalha no sistema sharemilking. Nessa modalidade, o proprietário da fazenda, Jason Suisted, entra no negócio com a terra, instalações e manutenções e o parceiro, com vacas e todo o serviço. Do valor arrecadado com o leite, 50% fica com o sharemilker e 50% com o proprietário. Cerca de 30% das vacas do país estão nesse sistema. A vantagem do sharemilker é bem interessante uma vez que consegue até 27% do retorno do capital investido enquanto que o proprietário da terra obtém ao redor de 5%. O casal mantém metas agressivas e trabalha em duas propriedades, uma com 480 vacas e a outra com 250 animais, para alcançar o objetivo em um futuro próximo e adquirir sua própria fazenda. A sua determinação e esforço foram agraciados com o título de Sharemilker no ano de 2012.


Imagem 7: Jason Suisted em um dos piquetes de sua fazenda prejudicada pela seca

O dia terminou com um jantar e uma apresentação sobre a cultura dos Maoris, população nativa da Nova Zelândia.

Nesses primeiros dias, o grupo pode constatar a eficiência do país na produção de leite, mas algumas dificuldades, como a forte seca que assola a Ilha Norte e que eleva os custos de produção a valores acima de R$ 0,80/kg de leite (R$ 1,00 em casos extremos); o alto custo da terra, dificultando a expansão; o elevado endividamento de parte dos produtores, que faz com que o pagamento de juros seja elevado; o custo de produção na faixa dos US$ 0,35-0,40/kg de leite, mais alto do que o esperado; a presença de estruturas como cochos de concreto e silagem, aspectos que, antes não faziam parte do dia–a-dia dos produtores; e o estudo de sistemas de produção com nível de suplementação mais elevado.
 

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FELIPE CESAR

LIMA DUARTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/11/2013

A NZ esta muitos anos  na nossa frente, nao sei como nao conseguimos ser melhor que eles temos varias vantagens a favor de nos brasileiros, condições climáticas, terra disponível, recursos naturais e etc. Temos que nos tornar o maior celeiro mundial na produção de leite do mundo, produzindo leite em quantidade e qualidade e com um custo o mais baixo possível.
JORGE ANTONIO LOEBENS

VERA CRUZ - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/04/2013

Prezado Jaime, sem entrar nos reflexos produtivos  indiscutíveis da irrigação onde tem água disponível e resguardados os aspectos de impacto ambiental (Teorias sugerem que abalo sísmico ocorrido em cidade da Califórnia com queda de pontes etc teria sido reflexo do bombeamento excessivo de água subterrânea), tenho ressalvas com relação ao discurso de produção exclusivamente a pasto por uma série de razões que não caberiam neste espaço. Só gostaria de fazer uma comparação usando alguns nº que apresentastes com alguns parámetros que conseguimos trabalhar em nossa propriedade. Nossas vacas ficam confinadas a maoir parte do dia recebendo silagem e ração e saem para pastejar  aproximadamente 2 horas/dia.Nossa média é 26,7 l/d, a ração custa R$ 0,67/Kg e recebemos líquidos R$ 0,81/l de leite. Se eu não suplementasse as minhas vacas fornecendo -lhes somente forragem  e silagem, provavelmente eu estaria produzindo os mesmos 13 l de média de que você fala. Assim como eu acredito que num sistema de pastoreio em pastagem irrigada e alguma suplementação concentrada facilmente atingiriam médias de 25 a 30 l/dia. Aonde está então a diferença? Se considerarmos que provavelmente o custo de produção de forragem seja semelhante para diferentes sistemas faço a seguinte conta: 10 vacas produzindo 13 l/dia = 130 l x 0,81=R$ 105,30 de receita por dia. Essas mesmas 10 vacas, comendo 8,9 kg de ração/ dia, prroduzindo 26,7 litros x 0,81=R$216,27-R$59,63 ( custo de 8,9 kg de ração)=R$ 156,64 de receita por dia. R$156,64 - R$105,30 = R$51,34. Esta é a diferença dos dois sistemas que pesa no bolso. O sistema a pasto pode requerer menos investimento inicial, talvez não exija tanto profissionalismo, mas as lucratividades são diferentes e me parece que não podes ser desconsideradas
JAIME VAZ DA COSTA

PADRE BERNARDO - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/04/2013

Eu queria apenas dar uma dica de pesquisa para o produtor Jorge Antonio Loebens a respeito de sistemas de produção de leite a pasto, porque o que se aplica em pivôs de 50, 100 ha, tambem pode ser aplicado em 1, 2, 10 ha. Lá eles colocam 10 vacas por ha com produção média de 13 litros por vaca, a um custo muito baixo.
GUSTAVO PRATES

NITERÓI - RIO DE JANEIRO - PESQUISA/ENSINO

EM 01/04/2013

Com certeza é um investimento para poucos, porem, com retorno garantido, e com venda direta aos postos de serviço, devem estar faturando uns R$40.000,00/Dia. Em um investimento com juros baixos e prazo de 10 a 20 anos para pagar, acredito que seja viável, pois eles não começaram com esse negócio ontem, ao contrario, eles são experts no assunto "Leite".
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/03/2013

Prezado Jaime Vaz da Costa: E ter uma descomunal soma em dinheiro para poder manter os 20000 litros de leite/dia com vacas de baixa produção, comprar as grandes quantidades de terra que compraram, investir em enormes e caríssimos pivôs de irrigação, abrir laticínio próprio para não ficar à mercê do mercado e vender seu produto a preço de ouro, coisa para bem poucos, no Brasil.

Precisamos ter muito cuidado com as observações pois, como diz o adágio popular, "nem tudo que reluz é ouro".

Um abraço,





GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ OITO ANOS PRODUZINDO QUALIDADE=
JAIME VAZ DA COSTA

PADRE BERNARDO - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/03/2013

No sudoeste da Bahia, um grupo de neozelandeses está produzindo mais de 20.000 litros de leite por dia em pastagens irrigadas. Pesquisem sobre isso e vão ver que, com a quantidade de água existente na parte norte do Brasil, aliada a luminosidade durante todo ano, só falta gente que queira copiar os neozelandeses e ter coragem de trabalhar pra ganhar muito dinheiro.
GUSTAVO PRATES

NITERÓI - RIO DE JANEIRO - PESQUISA/ENSINO

EM 27/03/2013

Meu Deus! Os caras estão a anos luz a frente, e não vai ser essa seca que vai para-los. O Brasil tem todos as vantagens climáticas e genéticas para até supera-los, mas quando se considera os fatores antiprodução brasileiros: impostos, mão de obra qualificada, logística, corrupção, é que o cristão desanima.

Porem fica o exemplo Neozeolandês....
MURILO ROMULO CARVALHO

PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/03/2013

Creio que esse momento que a NZ passa seja uma fase. Assim como no Brasil sofremos no último ano com os elevados preços de insumos (e o sistema de pastagem tornou-se relativamente vantajoso), lá eles estão sofrendo com a seca. De qualquer maneira, mesmo um sistema com confinamento total dos animais sofreria muito nesse caso, provavelmente com elevados preços de insumos em um médio prazo.
GUILHERME DAHMER

SANTA ROSA - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/03/2013

O sistema da NZ é muito viável sim! Na seca não se produz pasto e também não se produz soja, milho, trigo, etc. Temos que produzir pasto quando chove e armazená-lo(feno). E se para alguns a NZ não é mais viável, gostaria eu de estar nessa situção de inviabilidde com 40% do mercado de lácteos do mundo.
JORGE ANTONIO LOEBENS

VERA CRUZ - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/03/2013

Queria muito conhecer um sistema "viável" exclusivamente a pasto. Ao que parece já não é mais a NZ.
ESTÊVÃO DOMINGOS DE OLIVEIRA

QUIRINÓPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/03/2013

Em todos os lugares há desafios.
JOÃO LEMKE

SÃO LOURENÇO DO SUL - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/03/2013

muito cuidado quando se preconiza produzir leite apenas a pasto.
EDSON LUIZ HACKER

CANOINHAS - SANTA CATARINA

EM 22/03/2013

Com a alta tecnologia empregada, assim que o tempo melhorar poderão recuperar as perdas.
PAULO R. F. MÜHLBACH

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/03/2013

Tudo por demais interessante, especialmente isto:



..."o alto custo da terra, dificultando a expansão; o elevado endividamento de parte dos produtores, que faz com que o pagamento de juros seja elevado; o custo de produção na faixa dos US$ 0,35-0,40/kg de leite, mais alto do que o esperado; a presença de estruturas como cochos de concreto e silagem, aspectos que, antes não faziam parte do dia-a-dia dos produtores; e o estudo de sistemas de produção com nível de suplementação mais elevado"...



Então, tudo é dinâmico, mudam os tempos, os recursos, as demandas e os sistemas de produção.

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