Em novembro, a Vale do Rio Doce deve iniciar o transporte de 80% da produção de leite em pó da nova fábrica da Itambé em Uberlândia (MG), o que representa cerca de duas mil toneladas por mês. O produto será embalado em contêineres para o porto de Santos (SP) ou de Vitória (ES), dependendo do destino, informou Margareth Castro, do Correio de Uberlândia/MG.

Há pelo menos três anos, a mineradora é responsável pelo transporte do leite condensado fabricado nas unidades de Divinópolis e Contagem até o Porto de Vitória e também da produção da fábrica em Goiânia para abastecimento do mercado interno.

Segundo o gerente do Trem Expresso da Vale do Rio Doce, André Ravara, algumas das vantagens do transporte ferroviário em relação ao rodoviário é a redução de custos em torno de 10% e 20%, segurança e diminuição de avarias nas mercadorias.

O transporte da produção é feito através do trem expresso, cujas operações iniciaram em julho de 2002. O serviço se tornou uma alternativa para as empresas, que durante muitos anos tiveram como opção apenas o transporte rodoviário.

Ravara destaca ainda a confiabilidade e regularidade do serviço, uma vez que a freqüência é de seis trens por semana. O transporte de uma carga de Uberlândia até o porto de Santos ou de Vitória demora em torno de cinco dias. "Em uma operação de exportação é possível saber com antecedência de até um mês em que navio a mercadoria será transportada. Com isso, o cliente pode planejar, porque sabe o tempo de trânsito que temos, ou seja, quanto dura cada viagem em cada trecho", explicou.