Uruguai: Novo dono da Parmalat quer crescimento de 15%
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 2 minutos de leitura
Campiani disse também que outro objetivo é que a empresa recupere os fornecedores de leite que perdeu no último ano (12% do total que tinha em 2003) em um prazo de três ou quatro meses, basicamente restabelecendo os pagamentos na data para restaurar a confiança na empresa.
Em uma etapa posterior serão exploradas outras alternativas, como prazos de pagamentos mais curtos e preços mais baixos para os produtores que preferem esta opção.
"Já não somos parte de uma multinacional, o que nos obriga a rever a estratégia da empresa. As exportações têm sido basicamente de commodities e vamos buscar produtos novos de maior valor agregado. Isso vai requerer certo investimento e certo tempo. No mercado local temos uma linha muito completa de produtos que têm apresentado altos e baixos e, no último ano, alguns produtos saíram do mercado por problemas de insumos. Há nichos em que queremos voltar a posicionar a Parmalat".
Os mercados serão basicamente extra-regionais. A Parmalat Uruguai tentará aprofundar as vendas de queijos ao Japão e tentará vender leite em pó na União Européia (UE). Além disso, a empresa pretende continuar explorando a potencialidade dos acordos comerciais com o México e a Venezuela, os quais Campiani considera muito benéficos. No ano passado, a Parmalat faturou US$ 45 milhões, dos quais 55% provieram de exportações.
A gerência geral da empresa continuará nas mãos de Jorge Gutman por mais um ano, porque, segundo o empresário argentino, a atual direção da empresa conseguiu administrar muito bem a firma nos períodos mais difíceis e "tem uma experiência que nós não temos no mercado leiteiro".
Com relação ao posicionamento frente à Cooperativa Nacional dos Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole), Campiani foi cauteloso. "Nem todos os fornecedores foram para a Conaprole. Não acho que haja um choque com a Conaprole. É um competidor que respeitamos muito. Vamos nos posicionar adequadamente para poder competir com eles no mercado interno. No mercado internacional, não vejo tanta competição".
Nesta nova etapa da empresa, Campiani considera "factível" obter alguns fornecedores de leite argentinos.
O empresário disse que os dois principais motivos que o levaram a se interessar pela Parmalat Uruguai foram os acordos comerciais do país e as vantagens naturais da indústria láctea, que se beneficia de uma produção de leite abundante e de boa qualidade.
Fonte: El País, adaptado por Equipe MilkPoint
Para continuar lendo o conteúdo entre com sua conta ou cadastre-se no MilkPoint.
Tenha acesso a conteúdos exclusivos gratuitamente!
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.