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Uruguai: envio de leite às indústrias crescerá no máximo 5%

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 14/03/2002

3 MIN DE LEITURA

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Estimativas primárias do setor leiteiro do Uruguai indicam que o envio de leite às indústrias crescerá no máximo 5% em 2002, com relação ao ano anterior, segundo informou a técnica da Oficina de Programação e Políticas Agropecuárias (Opypa), María Elena Vidal. Segundo ela, esta porcentagem pode variar ao longo do ano, principalmente devido aos problemas econômicos que a grande maioria dos produtores de leite uruguaios está enfrentando.

Vidal informou que vários fatores devem "fazer com que as empresas lácteas não estejam em condições de pagar bons preços ao produtor no inverno". A situação da Argentina também é altamente preocupante, principalmente para as pequenas empresas que comercializam grande parte da produção com este país.

Para Vidal, cada produtor de leite do Uruguai terá que trabalhar muito todos os temas relacionados à gestão da empresa e, considerando-se os altos custos das rações e dos suplementos, "será um inverno em que as vacas vão comer o que for possível" e, se estas não produzirem leite, nada poderá ser feito. O envio de leite em 2001 cresceu 8,1% com relação ao ano anterior, alcançando o volume de 1,102 bilhão de litros. Os efeitos residuais da seca registrada em 2000 determinaram o atraso da parição de outono, impedindo a recuperação da produção.

"Não podemos ser o país mais caro da região"

O gerente geral da Cooperativa Nacional dos Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole), Ruben Núñez, concedeu uma entrevista ao jornal El Observador, quando fez tal afirmação. Os principais trechos desta entrevista seguem abaixo:

Quais são as perspectivas de mercado para 2002?

Muito difíceis. O Brasil, que era um mercado natural de destino, caiu em 70% de participação relativa, apesar de estar agora mostrando alguns sinais de recuperação. Isso nos obriga a fazer um esforço muito grande para recolocar nossos produtos em outros mercados, fundamentalmente no México.

Em que situação as vendas aos mercados latino-americanos se encontram?

Com o México cumprimos em 31 de dezembro com a cota de queijos e, além disso, há um alto nível de exportação de ingredientes lácteos, ou seja, leite em pó. A Venezuela segue com problemas para liberação de licenças. Estamos em março e a situação já é preocupante, porque é um mercado chave e fundamental que está praticamente paralisado por razões políticas, não por um problema comercial ou econômico.

O que pode acontecer com a Argentina?

Com a Argentina estão ocorrendo três coisas. Já há produtos argentinos nas gôndolas uruguaias com preços muito competitivos. Também está competindo com o Uruguai em outros países de maneira muito forte e, além disso, o mercado argentino está bloqueado para nós, devido aos preços praticados. Nós achamos que este problema é conjuntural. Não podemos seguir sendo o país mais caro da região, perdendo mais de 40% da competitividade frente ao Brasil e à Argentina. O que temos que pensar é que, em algum momento, a política cambial e a estrutura de preços relativos vão se alterar, e, neste momento, vamos retomar todo o fluxo exportador aos países da região. Lamentavelmente isso está se tornando um processo muito lento.

O setor de exportação de lácteos está esperando novas medidas para sua reativação?

Nós pensamos que todo o setor de exportação tem que receber medidas que o favoreçam. Por outro lado, há variáveis que não são controladas pelo Uruguai, como por exemplo, o comportamento dos preços no mercado argentino.

Quais são os novos mercados que o Uruguai está buscando?

Estamos permanentemente buscando novos mercados. É necessário entender que o mundo, de alguma forma, está abastecido de produtos lácteos. Quando se compete no exterior, enfrenta-se outros países que normalmente já estão atendendo a esses mercados; os mercados do Oriente Médio, por exemplo, são abastecidos diretamente pela Nova Zelândia e pela Austrália. Quando o Uruguai perde os mercados da região, onde tem vantagens competitivas de frete e preço, tem que competir por esses mercados mais distantes, onde é mais difícil e os preços são sensivelmente menores.

Fonte: El Observador, adaptado por Equipe MilkPoint

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