Superávit é esperado por indústria de lácteos chilena

Publicado por: MilkPoint

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Os produtores de leite do Chile, juntamente com a indústria de lácteos, têm feito algumas projeções e chegaram à conclusão de que o país poderia duplicar sua produção (para cerca de 4 bilhões de litros de leite) e gerar exportações de lácteos de US$ 400 ou US$ 500 milhões, em um prazo de seis a oito anos.

A Federação Nacional dos Produtores de Leite do Chile (Fedeleche) está otimista. Depois da grande queda que o setor leiteiro chileno sofreu no final dos anos noventa, o cenário interno é animador e o mercado internacional - com preços recorde para o leite em pó - se mostra promissor.

Apesar de não haver garantias de que o cenário atual se manterá, os produtores chilenos estão querendo arriscar e crescer. O desafio então para os produtores e indústria de lácteos do Chile é se preparar para o novo cenário do mercado de leite nacional: passar de importador para produtor de excedentes, que se verá na obrigação de buscar novos mercados porque, enquanto seu crescimento anual ficaria em torno de 10%, a demanda interna cresce a um ritmo de 2% por ano.

Durante 2004, a recepção de leite nas plantas industriais foi de 1,677 bilhão de litros, o que representou um aumento de 7% com relação ao ano anterior. Considerando que 25% a 28% do leite produzido não é comercializado no mercado industrial, é possível supor que a produção total de leite no país alcançaria 2 bilhões de litros.

Com relação aos preços, também foi registrada alta em 2004, com o preço médio do litro de leite ficando em 122,7 pesos (21,6 centavos de dólar), o que representou um aumento de 4,1% com relação a 2003.

O Chile tem cinco mil pequenos, médios e grandes produtores de leite. A décima Região é a maior zona leiteira do país, com 67% da produção nacional (junto com a nona Região chega a 80%). As principais empresas receptoras de leite são Soprole (340 milhões de litros), Nestlé (300 milhões de litros), Colún (280 milhões de litros) e Loncoleche (200 milhões de litros).

Faltam investimentos

"Nossas estimativas nos permitem pensar que, em 2005, vamos crescer a taxas iguais ou superiores às do ano passado", disse o presidente da Fedeleche, Ricardo Michaelis.

No entanto, ele disse que a indústria não cresce na mesma proporção que a produção primária e isso, projetado no tempo, poderia implicar em um risco para o setor, à medida que não exista a capacidade instalada para processar a quantidade de leite produzida.

"A indústria, com algumas exceções, tem demorado a fazer projetos de investimento que se traduzam em uma maior capacidade de processamento e, por outro lado, não tem cumprido com a tarefa que tem pendente, relacionada à pesquisa de novos mercados para exportar os crescentes volumes de leite que serão produzidos no país".

Com relação a isso, o presidente da Associação de Indústrias de Lácteos (Asilac), Patrício Lyon, disse que sem dúvida existem investimentos que o setor terá que decidir se fará, mas ele garantiu que existem vários projetos concretos em marcha. Ele disse também que as empresas têm enfrentado as maiores produções, mas que precisa desenvolver os mercados, ver quais vai atender, com que produtos e, em função disso, determinar onde e como investir.

"O Chile está enfrentando uma mudança de circunstância, de um país que tradicionalmente foi deficitário em produtos lácteos a um país com excedentes, de forma que é necessário fazer mudanças, e estamos fazendo com êxito. Em 2004, exportamos cerca de US$ 80 milhões e as expectativas deste ano são de crescimento, ainda que existam incertezas importantes. As empresas associadas a Asilac têm enfrentado esses mercados e, em função disso, têm desenvolvido suas capacidades, com novas plantas e aumentos em seus processos de produção", disse Lyon.

Tanto Lyon como Michaelis concordam que o preço atrativo dos lácteos no mercado internacional permitiria que o Chile competisse com os países vizinhos que têm custos significantemente menores, como Argentina e Uruguai. No entanto, é necessário que a indústria local reduza consideravelmente seus custos internos, sobretudo ante a eventual competição com o Brasil. No entanto,Porém, com seu atual consumo e com a evolução de sua produção, o Chile será um país com superávit na produção de leite e poderá competir forte.

Em 17/02/05 - 1 Peso Chileno = US$ 0,001761
568,010 Peso Chileno = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)


Fonte: Diário Financiero, adaptado por Equipe MilkPoint
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