Em São Paulo, o índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) fechou abril em queda de 2,03% e recuou 7,89 pontos percentuais à alta de 5,86% registrada em março. Foi a primeira queda desde julho do ano passado, mas ainda assim no período de janeiro a abril deste ano o IPR acumula uma alta de 6%. Os cálculos são do pesquisador Nelson Batista Martin, do Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
Segundo Martin, a forte valorização do real no mês, a intensificação da colheita da safra de grãos e a queda generalizada das cotações das commodities no mercado internacional e dos produtos de origem animal levaram a essa redução nos preços.
Dos 19 produtos pesquisados em abril, apenas cinco apresentaram aumentos de preços. "Entre os vegetais, a queda nos preços de 11 produtos gerou redução de 0,34% no índice do grupo. Já no segmento animal, o crescimento nas cotações do leite e das aves não impediu a variação negativa de 5,08% nos preços do grupo. O resultado final foi o recuo de 2,03% no índice geral de preços agrícolas em abril, a maior queda mensal observada desde junho de 2003", diz ele.
A variação acumulada do IPR foi de 6% no primeiro quadrimestre deste ano ficou acima dos 2,42% do IGP-M e dos 2,74% do IPC-Fipe (estimativa). "Isto indica ganho do poder de troca dos agricultores de 3,58 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 3,26 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe", avalia o pesquisador.
Na análise do comportamento dos preços no período de janeiro a abril deste ano, Martin cita que dez produtos tiveram altas, com destaque para batata, café, cebola, tomate e trigo, com aumento acumulado superior a 20%. "Já cana-de-açúcar, feijão, laranja, milho e leite registraram aumentos inferiores a 20%, enquanto nove produtos tiveram reduções no preço".
Martin afirmou que a variação mensal anualizada do IPR indica evolução contínua desde outubro do ano passado até março deste ano. "Com o desempenho em abril, esse índice acumulado apresentou variação positiva de 18,60%, em comparação com 10,74% do IGP-M e 8,12% (estimado) do IPC-Fipe. Assim, os preços agrícolas, nos últimos 12 meses, apresentam ganho de 7,86 pontos percentuais em relação ao IGP-M e de 10,48 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe".
Fonte: Estadão/Agronegócios (por Venilson Ferreira), adaptado por Equipe MilkPoint
SP: preços agrícolas em queda em abril; leite em alta
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