A inflação do município de São Paulo, medida pelo Índice de Preços do Consumidor (IPC), apurado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da USP, foi de 0,68% na primeira quadrissemana de maio. O porcentual foi inferior ao de abril, de 0,83%. O IPC ficou abaixo das expectativas dos 14 analistas ouvidos pela reportagem, que apostavam numa variação entre 0,70% e 0,76%. A saúde registrou a maior alta do período, com aumento de 1,86%, acima da variação do mês passado, de 1,79%. O grupo Alimentação avançou 1,48%, ligeiramente abaixo do verificado do na pesquisa da semana passada (1,55%).
A Fipe manteve sua projeção de inflação para maio em 0,45%, segundo o coordenador do IPC, Paulo Picchetti. Ele disse também que está mantida a inflação projetada para o ano de 5% a 5,5%. O otimismo do economista quanto à inflação de maio está relacionado ao início do processo de devolução das altas dos últimos meses nos preços dos alimentos, em especial dos in natura.
Foi, principalmente, pela desaceleração do ritmo de alta do grupo Alimentação, de 1,55% em abril para 1,48% na primeira quadrissemana de maio, que o IPC-Fipe fechou em 0,68% na primeira parcial do mês, ante uma elevação de 0,83% no fechamento de abril. Essa desaceleração do índice já vinha sendo esperada por Picchetti desde o fim de março, mas para isso os alimentos já deveriam ter devolvido a alta, o que só aconteceu na primeira quadrissemana de maio.
"Errei no timing da desaceleração dos alimentos in natura este ano", disse o coordenador do IPC-Fipe. Normalmente, explica ele, a alta sazonal dos preços dos hortifrutigranjeiros já começa a ser devolvida em março. Na média, o conjunto dos alimentos in natura nesta primeira parcial do IPC-Fipe desacelerou seu ritmo de alta em 0,12 ponto porcentual, de 2,70% no fechamento de abril para 2,58%.
Ainda de acordo com Picchetti, pelo que foi mostrado no IGP-DI de abril, quando o IPA Agrícola fechou com deflação de 1,60%, os alimentos tendem a ter seus preços recuando ainda mais daqui para frente.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) vai rever a previsão de IPCA para o ano, de 5,4%,para mais de 6%, no próximo boletim trimestral de conjuntura. O Ipea previa que a inflação cederia no início do segundo trimestre. Pesquisa do Banco Central (BC) desta semana mostra que a previsão das instituições de mercado para inflação em 2005 já está em 6,3%. O departamento de macroeconomia do Unibanco projeta IPCA no ano em 6,4%.
Na avaliação dos economistas do Unibanco e da GRC Visão, a Selic vai aumentar 0,25 ponto porcentual. Maurício Oreng, do Unibanco, reconhece que a pressão não decorre de "superaquecimento da demanda interna", mas acha que o BC vai olhar para os núcleos.
Segundo o IBGE, o câmbio continua "contribuindo para conter os preços", mas "o efeito do dólar (mais fraco) ficou mascarado em razão dos sérios problemas na agricultura este ano". Ela explica que tanto a estiagem quanto as chuvas em excesso quebraram as safras e elevaram os preços de produtos, que subiram 0,81% em abril.
Fonte: O Estado de S.Paulo, adaptado por Equipe MilkPoint
A Fipe manteve sua projeção de inflação para maio em 0,45%, segundo o coordenador do IPC, Paulo Picchetti. Ele disse também que está mantida a inflação projetada para o ano de 5% a 5,5%. O otimismo do economista quanto à inflação de maio está relacionado ao início do processo de devolução das altas dos últimos meses nos preços dos alimentos, em especial dos in natura.
Foi, principalmente, pela desaceleração do ritmo de alta do grupo Alimentação, de 1,55% em abril para 1,48% na primeira quadrissemana de maio, que o IPC-Fipe fechou em 0,68% na primeira parcial do mês, ante uma elevação de 0,83% no fechamento de abril. Essa desaceleração do índice já vinha sendo esperada por Picchetti desde o fim de março, mas para isso os alimentos já deveriam ter devolvido a alta, o que só aconteceu na primeira quadrissemana de maio.
"Errei no timing da desaceleração dos alimentos in natura este ano", disse o coordenador do IPC-Fipe. Normalmente, explica ele, a alta sazonal dos preços dos hortifrutigranjeiros já começa a ser devolvida em março. Na média, o conjunto dos alimentos in natura nesta primeira parcial do IPC-Fipe desacelerou seu ritmo de alta em 0,12 ponto porcentual, de 2,70% no fechamento de abril para 2,58%.
Ainda de acordo com Picchetti, pelo que foi mostrado no IGP-DI de abril, quando o IPA Agrícola fechou com deflação de 1,60%, os alimentos tendem a ter seus preços recuando ainda mais daqui para frente.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) vai rever a previsão de IPCA para o ano, de 5,4%,para mais de 6%, no próximo boletim trimestral de conjuntura. O Ipea previa que a inflação cederia no início do segundo trimestre. Pesquisa do Banco Central (BC) desta semana mostra que a previsão das instituições de mercado para inflação em 2005 já está em 6,3%. O departamento de macroeconomia do Unibanco projeta IPCA no ano em 6,4%.
Na avaliação dos economistas do Unibanco e da GRC Visão, a Selic vai aumentar 0,25 ponto porcentual. Maurício Oreng, do Unibanco, reconhece que a pressão não decorre de "superaquecimento da demanda interna", mas acha que o BC vai olhar para os núcleos.
Segundo o IBGE, o câmbio continua "contribuindo para conter os preços", mas "o efeito do dólar (mais fraco) ficou mascarado em razão dos sérios problemas na agricultura este ano". Ela explica que tanto a estiagem quanto as chuvas em excesso quebraram as safras e elevaram os preços de produtos, que subiram 0,81% em abril.
Fonte: O Estado de S.Paulo, adaptado por Equipe MilkPoint
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MilkPoint
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