Sorvete Itália aumenta mercado

Publicado por: MilkPoint

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A Sorvetes Itália, que prosperou vendendo picolé de frutas nas praias cariocas, continua mantendo a tradição junto à fiel clientela, mas já fornece para mais de 300 restaurantes no Rio e está montando estratégia para crescer em São Paulo, Campinas e no final de setembro aterrissar em Brasília.

Recentemente ampliou a fábrica, em Vargem Grande, de 360 para 800 metros quadrados. Segmentou as linhas de produtos, buscou nichos para não ser tão afetada pela sazonalidade ou surpreendida por um inverno mais frio do que o habitual.

As gelaterias são a vitrine e o caminho para fazer do sorvete um maior hábito de consumo independente se chove lá fora. Foram abertas dez franquias nos últimos 12 meses. São 15 lojas no Rio sendo uma própria. Entre 2003 e 2004 a produção foi aumentada em 43%, o que significa capacidade para atingir a venda 1,4 milhão de litros de sorvete em 2004. Em 2003, foram 1,120 milhão de litros.

Em São Paulo, três restaurantes aderiram ao Itália: Gula Gula, Joe & Leo's e Outback. Aliás, esse último quer ser o primeiro a oferecer a marca em Brasília. Outro nicho são os refeitórios industriais. Entre os clientes estão GE, TV Globo e Globosat, Texaco, L'Oreal, Casa da Moeda, Nuclep, além de outros.

Aberta em 1976, a primeira fábrica do Sorvete Itália ficava na favela da Rocinha. A gerente de marketing, Simone Viana explica que os tempos eram outros, "não havia tanto atrito como hoje com o tráfego de drogas". Na época, na escolha da instalação pesou a localização próxima à orla marítima e à oferta de mão-de-obra.

O sorvete de manga é o mais conhecido do carioca praieiro ou freqüentador da antiga lojinha na região do Bar 20, na fronteira entre Ipanema e Leblon. Mas Barra resolveu entrar no filão dos sorvetes premium com a linha Gold para concorrer com o sucesso dos cremosos como a Häagen-Dazs ou Babuska (La Basque). Vários produtos foram sendo lançados, como o sabor macadâmia, brownie, torta alemã e o que vai chegar ao mercado em breve será o pudim de leite. Aliás, linha que a Nestlé também esta apostando com a recém lançada linha Moça.

De acordo com Simone, o Itália também aposta no preço. "Enquanto um Chicabon (Kibon) custa na praia R$ 3, o Itália fica por 1,50. Nossa bola é vendida por R$ 3,3. Há concorrentes que vendem por R$ 5", compara. Segundo Simone, está em teste um produto para o cliente de baixo poder aquisitivo nos bairros da Rocinha e na Penha, na zona norte. "É um picolé por R$ 0,50, com vitamina C. Estamos da classe A ao bem popular".

Preço no Brasil é fundamental para impulsionar as vendas. Segundo pesquisa realizada para a Nestlé, o brasileiro consome 1,7 litro de sorvete por ano enquanto que entre os americanos o consumo per capita é de 25 litros. Além disso, a queda de consumo este ano está sendo de até 20% em relação a 2003, atribuída ao inverno mais frio do que o habitual. Mas, segundo a Sorvetes Itália, as vendas de seus produtos vêm crescendo 30% em sua região de atuação.

Fonte: Valor OnLine (por Heloísa Magalhães), adaptado por Equipe MilkPoint
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