Setor leiteiro estuda a criação de um fundo para marketing

Publicado por: MilkPoint

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Os pecuaristas leiteiros pretendem investir no marketing do produto para aumentar a comercialização. A idéia é criar um fundo que irá financiar ações de incentivo ao consumo de lácteos. A forma legal está sendo discutida na Câmara dos Deputados.

"Com marketing vamos elevar nossas vendas", acredita o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Leite Brasil), Jorge Rubez. Atualmente, o consumo per capita de leite no País é de 130 litros por ano. Segundo ele, outros países, como a Nova Zelândia, investem no mercado, inclusive com a participação em feiras internacionais. Na próxima Exposição Nacional da Pecuária Leiteira (Expomilk), que ocorre de 26 a 30 de outubro em São Paulo, o país estará novamente com estande. De acordo com Rubez, a proposta é, assim como a Nova Zelândia, levar o produto nacional a outros mercados e também incentivar o consumo interno.

Inicialmente, o setor pensou em seguir os moldes da legislação americana, que criou um imposto pago pelos produtos, destinado a um fundo. No entanto, pretendia-se cobrar a taxa de toda a cadeia. Mas, após consulta à assessoria jurídica da Câmara dos Deputados, percebeu-se a impossibilidade legal da cobrança.

O deputado Leonardo Vilela, presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, acredita que uma alternativa constitucional seria criar uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). "Mas com o histórico do governo não é recomendado usar recursos de um setor que já está depauperado", diz, referindo-se ao fato de que muitas das taxas provisórias criadas nas últimas gestões federais não foram utilizadas, em sua totalidade, para os fins aos quais foram destinadas.

Apesar de ainda não investir no marketing, o setor teve aumento de produção e exportação em 2004. A estimativa é de que a produção cresça em 4%, chegando a 23,5 bilhões de litros e as exportações sejam recordes, com possibilidade de, pela primeira vez, o setor ser superavitário. De janeiro a setembro, foram exportados US$ 58 milhões (alta de 105%). Para Rubez, o Brasil deve investir em mercados como a China e demais Tigres Asiáticos, além dos países árabes.

Com a expansão em 2004, acredita-se que este ano a Expomilk será maior, com alta de 15% no número de animais totalizando 1,1 mil bovinos, e 53% em volume comercializado, chegando a R$ 2 milhões.

Fonte: Gazeta Mercantil (por Neila Baldi), adaptado por Equipe MilkPoint
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Richard James Walter Robertson
RICHARD JAMES WALTER ROBERTSON

RIO VERDE DE MATO GROSSO - MATO GROSSO DO SUL

EM 16/10/2004

Como produtor rural e defensor incondicional do marketing do leite, qualquer esforço neste sentido seria válido.

O desafio é evitar que este fundo se transforme, como disse a reportagem, em mais uma taxa obrigatória sem retorno.

Pena que a união ainda não faça parte de nossa cultura. Penso que uma iniciativa desta natureza já deveria ter partido do produtor há muitos anos. Infelizmente, o que observamos muitas vezes é uma atitude passiva, de mero expectador.

Seria mais conveniente estimular as bases produtivas a contribuir, fazendo com que esta contribuição seja espontânea, sob o risco de se transformar em mais uma norma ou contribuição elaborada sem o consentimento ou sem levar em conta a opinião do produtor.



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