Setor lácteo apóia IN 51

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 2 minutos de leitura

Ícone para ver comentários 1
Ícone para curtir artigo 0

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prorrogou por mais seis meses o prazo para que a Instrução Normativa 51 entre em vigor. Neste período, ela irá funcionar apenas como medida educativa, sem penalidades. Tendo como principal medida a extinção do leite tipo C, que se transformará em pasteurizado.

A normativa entraria em vigor a partir de 1o de julho, o governo, porém, achou melhor adiá-la devido ao atraso de alguns pequenos produtores, que não conseguiram se adequarem às novas exigências.

O principal objetivo da IN é aumentar a qualidade do produto para melhor atender ao consumidor e viabilizar as exportações. Somente no ano passado, depois de 35 anos como importador, o Brasil conseguiu exportar mais, obtendo superávit de US$ 11 milhões.

Para o gerente de marketing da indústria veterinária Vallée, Luís Fernando Almeida, a normativa irá modernizar todo o setor. Ele entende que o governo se sensibilizou e decidiu adiar o prazo. "Foi uma opção para atender às pessoas, não ao leite. Para a área social o adiamento foi bom, mas para o setor não", garante.

Ele salienta que esses pequenos produtores representam uma grande quantidade de pessoas, mas que não envolve um número expressivo na produção. Almeida afirma que, mesmo seu setor não trabalhando diretamente com o leite, e sim com o animal, a instrução vai melhorar todos os ramos do segmento. "Se o leite tem melhor qualidade, as vendas e exportações aumentarão, possibilitando que os produtores aumentem os seus rebanhos", afirma ele, que vê no mercado mexicano uma boa oportunidade de crescimento.

Segundo o gerente de suprimento de leite da Itambé, Francisco Sobrinho, o Brasil tem possibilidades para exportar mais. Ele afirma que a IN 51, sem dúvida, vai beneficiar toda a cadeia, aumentando a capacidade de competir fora do país. "Melhorando a qualidade, vamos abrir o mercado", diz o gerente da empresa, que tem capacidade para produzir até 2,8 milhões de litros por dia.

Outro que também é a favor da normativa é o produtor Euzébio José Neuls, associado da cooperativa Contrijil, que produz 70 mil litros de leite por mês em Santa Bárbara (RS). Ele acredita que a medida vai profissionalizar o setor e não vê dificuldade em se adaptar às novas normas. Pelo menos no RS, ele garante que os produtores têm total condição de se adaptar. "Não vai sacrificar ninguém. Quem quer se profissionalizar precisa trabalhar em um sistema correto. Basta fazer pequenos ajustes e tomar alguns cuidados".

Fonte: Gazeta Mercantil (por Téo Scalioni), adaptado por Equipe MilkPoint
Ícone para ver comentários 1
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

RALF AUGUSTO SILVA MARINS
RALF AUGUSTO SILVA MARINS

BANANAL - SÃO PAULO - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 08/07/2005

Prezados Senhores



Acho que está havendo uma interpretação equivocada da entrada em vigor da IN 51/2002 MAPA.



Na verdade o que ocorre é que o governo (através do MAPA), nesses primeiros 6 meses de vigência da IN 51 somente não irá adotar a execução de medidas fiscais contra os produtores de leite cujo parâmetros ultrapassarem os valores constantes no documento oficial (nesse ínterim será feita uma ação educativa).



No mais, a IN 51/2002 já é uma realidade, pois desde o último dia 1<sup>o</sup> todas as indústrias sob SIF estão obrigadas a enviar uma amostra por produtor vinculado por mês para os laboratórios componentes da RBQL (até então era opcional), além do que os parâmetros para o leite de conjunto (cujas análises são feitas na indústria de recepção), o programa de coleta a granel (para os estabelecimentos que realizem esse tipo de coleta) e outros dispositivos estabelecidos já estão em vigor.



Por isso não é verdadeira a informação de que ela foi adiada por 6 meses.



Para maiores esclarecimentos, sugiro que seja feita uma matéria junto a Divisão de Inspção de Leite (DILEI) do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA).



Atenciosamente



Ralf Augusto Silva Marins

Fiscal Federal Agropecuário

SIAPE Nº 2330677
Qual a sua dúvida hoje?