Seca no Rio Grande do Sul reduz produção e eleva preço do leite

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Quadro persistente leva cooperativas a reajustar preços ao consumidor, que vai pagar 10% a mais pelo leite tipo C e integral. Diversas cooperativas produtoras de leite do Rio Grande do Sul estão elevando o preço pago aos fornecedores, de R$ 0,47 para R$ 0,50 e até R$ 0,53 por litro. A medida é de caráter temporário e visa incentivar a compra de alimento para o gado, em função da estiagem que castiga o Rio Grande do Sul desde a segunda quinzena de novembro de 2004.

Em muitas micro-regiões da Serra Gaúcha, por exemplo, a quebra nas pastagens chega a 40%. Desde o mês passado esse custo vem sendo absorvido pelas cooperativas, mas diante da persistência do quadro, elas estão anunciando para a próxima semana o início do repasse ao mercado, entre 5% e 10% ao mês.

Para José Mário Hansen, diretor superintendente da Cooperativa Agropecuária Petrópolis Ltda., de Nova Petrópolis, o repasse é inevitável e vai atingir os leites tipo C e Longa Vida, que somam os maiores volumes dos 350 mil litros produzidos diariamente por cooperativa.

O tipo C, comercializado no mercado por R$ 1,10 deve passar para R$ 1,20. "Temos hoje redução de 15% no fornecimento de leite, mas a situação deve piorar nos próximos meses, infelizmente. A diminuição pode chegar a 20% ou até 25%", prevê Hansen. A Cooperativa Piá, como é conhecida, recebe leite de 2,350 produtores, espalhados por 64 municípios do Estado.

Na prática, o repasse para o consumidor começou com o leite tipo B, produzido em quantidade menor. Em janeiro, o litro custava na gôndola dos supermercados R$ 1,19. Passou para R$ 1,35, depois para R$ 1,51, e hoje custa R$ 1,59. "Nós chegamos a fazer algumas promoções com o tipo B recentemente", faz questão de ressaltar o gerente da Cooperativa Santa Clara, que aposta na estabilização do preço. Seibel recorda que na virada de 2003 para 2004 o Rio Grande do Sul enfrentou estiagem parecida com esta. Outra conseqüência provocada pela estiagem - e que terá reflexos mais adiante - é a antecipação do corte de milho para silagem. Esta prática costuma ser feita mais adiante, para suprir a alimentação dos animais nos meses de inverno.

Fonte: Gazeta Mercantil (Guilherme Arruda), adaptado por Equipe MilkPoint
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Elizario Pedrozo
ELIZARIO PEDROZO

ENÉAS MARQUES - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/02/2005

Na condição de pequeno produtor de leite, e sentindo as consequências desta também, em nosso Município Enéas Marques Pr, entendo o drama dos produtores gaúchos. Só é dificil de entender esta matemática de preços: enquanto que para o produtor houve um aumento de R$ 0,47 para R$ 0,50 ou R$ 0,53, considerando o maior preço aumento de R$ 0,06 e de 12%, na outra ponta do exemplo citado na matéria, o Leite Tipo B que subiu de R$ 1,19 para R$ 1,59 aumento de R$ 0,40, que representa 33,61 %. Pergunto: quem esta levando esta fatia maior? O produtor não, e quem está pagando o custo da seca é o consumidor.
Qual a sua dúvida hoje?