RS: indústria começa a pagar mais por qualidade
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 2 minutos de leitura
No Rio Grande do Sul a prática faz parte da realidade da cadeia produtiva há mais tempo do que no centro do país. Tanto o Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindilat) quanto a Associação Gaúcha de Laticinistas (AGL) garantem já exercer a bonificação por maiores índices de sólidos totais e células somáticas. "Ainda no tempo da CCGL, em 1980, fomos pioneiros no pagamento pela qualidade e pelo leite coletado a granel resfriado também", lembrou o presidente da AGL e diretor da Elegê, Ernesto Krug.
"Por isso, o RS tem hoje a melhor qualidade de leite e maior produtividade por vaca/dia ou ano", completa. Em sua avaliação, na medida em que a portaria for se universalizando e o mercado for se abrindo, a valorização dos sólidos será adotada. "O mercado externo é mais exigente, pois o rendimento industrial e o preço são maiores".
Para que isso aconteça, haverá necessidade de adaptação do produto, uma vez que a maior quantidade de proteína no leite é resultado de melhoramento genético, da nutrição e do manejo nutricional adequados. "Não é fácil. É preciso assistência técnica adequada para agregar valor ao produtor", avalia.
O dirigente acredita que, com maior cobertura do governo federal no controle sanitário, o Brasil tem condições de exportar de 5% a 7% dos 23 bilhões de litros que produz anualmente. Deste total, o Rio Grande do Sul participa com 2,5 bilhões de litro/ano.
Para os representantes do setor produtivo é preciso avançar. Além da valorização por parte da indústria, a produção de leite com maior teor de proteínas e gorduras requer parâmetros de remuneração mais uniformes, alerta o diretor da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag), Elton Weber. "Reivindicamos critérios mais claros. Há empresas que pagam mais pela quantidade de leite produzido. Outras, pelo nível de gordura, por exemplo. A remuneração vai depender de quem vai fazer a análise de qualidade. Deveria haver um laboratório credenciado pelo Mapa para deixar claro quais os itens a serem analisados".
Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe MilkPoint
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