Rondônia: produtores correm atrás de melhores preços

Na segunda-feira, lideranças sindicais, representantes das indústrias de laticínios de Rondônia, governo, Fetagro e produtores rurais de Ji-Paraná, Presidente Médici, Espigão do Oeste, Jaru, entre outros municípios, participaram de mais uma reunião em Ji-Paraná para decidir os preços pagos pelo litro do leite no estado. Durante o encontro ficou estabelecida a realização de uma nova reunião para o dia cinco de setembro em Ji-Paraná.

Atualmente os produtores de leite estão recebendo R$ 0,33 por litro in natura, mas reivindicam melhores preços, uma vez que tem aumentado os custos de produção como sal mineral, vacinação, vermífugos arames e outros. "Para continuar fazendo a entrega do leite, e manter a qualidade, é preciso que recebamos mais pelo produto", ressaltou um produto de Espigão do Oeste.

A crise dos preços pagos pelo leite continua em vários estados como Rondônia, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Uma das reclamações das indústrias de laticínios é a invasão de produtos lácteos da Argentina com baixas taxas, além da redução interna do consumo desses produtos e a queda do dólar.

Em Rondônia o governo do estado publicou no início deste mês um decreto que incentiva as indústrias laticinistas. O incentivo é a redução das taxas de ICMS estadual e interestadual e as empresas devem repassar essa ajuda aos produtores rurais. Além desse incentivo fiscal o governo continuará contribuindo com o melhoramento da qualidade genética dos rebanhos bovinos leiteiro e de corte, com a distribuição de sêmen, kits de inseminação artificial, botijas de nitrogênio, cursos de capacitação.

Em Rondônia existem cerca de 72 laticínios, sendo 57 com Serviço de Inspeção Federal (SIF).

Fonte: Folha de Rondônia, adaptado por Equipe MilkPoint