Relatório do Rabobank mostra boas oportunidades para o setor de lácteos
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 3 minutos de leitura
Destacando as oportunidades para companhias que trabalham no mercado internacional de lácteos, principalmente no setor de produtos lácteos terminados, algumas regiões do mundo não deverão conseguir atingir a auto-suficiência em produtos lácteos, de acordo com o Rabobank, enquanto outras regiões têm construído toda sua indústria de lácteos principalmente às custas de suas posições no mercado de exportação.
"Mudanças no cenário do mercado global de lácteos estão acontecendo lentamente, mas com firmeza, direcionadas em grande parte por medidas políticas, bem como por ambições de companhias individuais", informou o relatório.
Desde 1995, a participação da União Européia (UE) no mercado global de lácteos tem declinado para todos os produtos, exceto para ingredientes lácteos e para o subproduto da produção de queijos, soro do leite.
Os menores níveis de suporte aos preços na UE e a tendência global irreversível em direção à abolição de restituições às exportações deverão reduzir ainda mais a participação da UE no comércio de commodities lácteas.
O relatório diz também que os comerciantes europeus anteciparam esta tendência expandindo sua rede de fornecimento além das fronteiras da UE, enquanto os processadores europeus estão cada vez mais optando por investimentos diretos em novos mercados em crescimento ao invés de se dirigir a estes mercados através de exportações. Apesar disso, de acordo com a análise, as oportunidades para os exportadores da UE continuam sendo em queijos, produtos de soro do leite e produtos de leite em pó com marcas.
Austrália e Nova Zelândia têm sido os principais beneficiários do declínio da participação da UE no comércio global de lácteos, onde ambos os países têm potencial e ambição para ter uma participação dominante.
"Em 1999, a participação combinada de mercado da Austrália e da Nova Zelândia excedeu a participação no mercado global da UE pela primeira vez e há três anos, a participação da Nova Zelândia sozinha atingiu uma paridade com a participação da UE", afirmou o Rabobank, dizendo também que isso é diferente da posição dos Estados Unidos, cujo potencial foi compensado pela falta de ambição e da Argentina, cuja ambição não está compatível com seu potencial.
Comércio de lácteos relacionado principalmente a ingredientes lácteos
A maioria do comércio de lácteos está relacionada com ingredientes lácteos, como leite em pó desnatado e óleo de manteiga, que são usados em grande extensão pelos importadores para suplementar deficiências no fornecimento local de leite. Porém, cerca da metade do comércio de leite em pó integral e a maior parte do comércio de queijos é de produtos terminados (destinados ao consumidor).
A maior parte do comércio de produtos de soro do leite é para ser usada como ingrediente de rações. A importância dos produtos de soro do leite com valor agregado para usos em alimentos terminados e em produtos não alimentícios vem crescendo em termos de valor, mas sua significância em termos de volume ainda é muito pequena, de acordo com o Rabobank.
Os 15 países da UE continuam formando o principal grupo importador de manteiga. Uma grande parte destas importações consiste em manteiga da Nova Zelândia exportada para o Reino Unido como parte de um acordo que entrou em efeito quando o Reino Unido se juntou ao bloco europeu.
A Rússia tem sido o mais consistente comprador de manteiga nos últimos anos, apesar de os volumes estarem ainda flutuado entre 33 mil toneladas e 62 mil toneladas nos últimos três anos. De acordo com o relatório, as importações dos EUA são ainda totalmente instáveis e os requerimentos flutuam juntamente com o volátil fornecimento doméstico e com a situação da demanda por manteiga.
Com exceção de Cingapura, as importações de manteiga e óleo de manteiga vêm crescendo, com Irã, Canadá e Marrocos apresentando os maiores aumentos, e os volumes de importação dos Emirados Árabes e da Malásia declinando, o que resultou em sua saída do grupo dos 15 maiores importadores.
Fonte: FoodProductionDaily.com, adaptado por Equipe MilkPoint
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