Como mostra a tabela, a relação de troca melhorou no Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo para rações com 22% de proteína bruta, ficando praticamente estável em Santa Catarina, Goiás e Minas Gerais. A principal retomada do poder de compra ocorreu no Paraná, onde o produtor precisou de 10,3% a menos de leite para adquirir a mesma quantidade de concentrado.
Outro item que favoreceu a relação de troca em vários Estados foram os fertilizantes, pois a demanda pelo foi menor, influenciando diretamente o ritmo dos preços, que recuaram na maioria dos sete Estados pesquisados. Uma boa notícia especialmente para produtores do sul do Brasil, que costumam iniciar neste período os preparativos para o cultivo das pastagens de inverno.
Ao mesmo tempo, o óleo diesel, também muito utilizado nas operações de plantio e na colheita das silagens, foi reajustado no início de fevereiro – o grupo dos combustíveis foi o único que se tornou mais caro em todos os Estados da pesquisa, refletindo o reajuste autorizado pelo Governo federal. Os aumentos de preços da gasolina ficaram entre 2,87%, em Minas Gerais, e 5,39%, na Bahia, com a média em aproximadamente 5%. O diesel teve acréscimo médio de 1,94%. Como os reajustes do preço do leite não tiveram a mesma dimensão houve perda do poder de compra frente a esses insumos.
O produtor precisou do equivalente entre 2,41 e 2,95 litros de leite para adquirir um litro de diesel, em fevereiro. Isto representou uma piora entre 0,37% e 3,2% da relação de troca, comparativamente a janeiro. Materiais de ordenha e medicamentos também ficaram mais caros em boa parte das regiões pesquisadas, embora o impacto desses itens seja menor sobre os custos de produção.
As informações são do Boletim Ativos da Pecuária de Leite, elaborado pela CNA em parceria com o Cepea, adaptada pela equipe MilkPoint.
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