Reino Unido tem recuperação no consumo de lácteos

A tendência de declínio no consumo de leite de 30 anos pode ser revertida, de acordo com o Conselho de Desenvolvimento de Lácteos (Milk Development Council - MDC) do Reino Unido.

"Nos últimos 24 meses as vendas atingiram seu pior ponto e então começaram a aumentar, recuperando cerca de 230 milhões de litros do mercado de commodities em um valioso mercado varejista", disse o MDC, afirmando que o aumento pode significar 4 milhões de libras esterlinas (US$ 7,30 milhões) aos produtores de leite britânicos.

Ao invés de responsabilizar os altos e baixos nas vendas "a um inverno mais frio do que a média", a TNS, que fez a pesquisa, apontou um significativo aumento nas vendas de leite com marcas ajudado por novas promoções e campanhas de marketing.

"Isto justifica as recentes mudanças na indústria para reduzir as promoções genéricas apenas dizendo para as pessoas beberem leite e, ao invés disso, manter o foco em produtos específicos de grupos específicos", disse a diretora de desenvolvimento de mercados do MDC, Liz Broadbent.

A última campanha do MDC, por exemplo, foi especificamente voltada às garotas adolescentes - uma fatia da população que se acredita ter um risco de desenvolvimento de osteoporose mais tarde na vida. O consumo de cálcio é importante durante a adolescência à medida que este é considerado um período chave para a formação dos ossos e para a proteção contra a osteoporose mais para frente.

Os produtos lácteos orientados para a saúde em particular estão se mostrando populares no Reino Unido, também estimulados pelos maiores gastos com publicidade, enquanto as commodities lácteas tradicionais - leite com marcas próprias, por exemplo - estão perdendo espaço no varejo.

Além do aumento nas vendas de produtos com marcas, a TNS mostrou que o consumo de bebidas quentes e mingau contribuíram significantemente para melhorar os dados de 2004, com as vendas aumentando 25% para mingaus, 17% para chás e 8% para cafés.

Buscando um aumento nas vendas no próximo ano, Broadbent insiste que a indústria de lácteos precisa continuar preservando as marcas fortes, especialmente para influenciar aqueles que não bebem leite.

"Eles representam cerca da metade da população, mas consomem somente um quarto do volume. Propagandas genéricas simplesmente não funcionam com este grupo - eles não têm experiências anteriores ou nostalgia com relação ao leite, de forma que nós precisamos dar a eles as razões pelas quais esse produto tem um lugar em suas vidas".

Fonte: Foodnavigator.com, adaptado por Equipe MilkPoint