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Queijo de Minas vira patrimônio cultural brasileiro

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 16/05/2008

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O modo artesanal da fabricação do queijo em Minas Gerais foi registrado como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O veredicto foi dado em reunião do conselho realizada no Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte. Luiz Fernando de Almeida, presidente do Iphan e do conselho, ressaltou que a técnica de fabricação artesanal do queijo está "inserida na cultura do que é ser mineiro." Após a aprovação, a próxima etapa será a homologação pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil.

O pedido ao Iphan partiu de uma demanda dos próprios produtores artesanais, em 2001, quando foram obrigados a se enquadrarem na legislação sanitária. A exigência da pasteurização se confrontava com a tradição secular do queijo produzido com leite cru. Os produtores sempre argumentaram que a ausência dos chamados fermentos naturais alterava o sabor do produto. Na época, as associações de queijeiros e o governo mineiro chegaram a um acordo, adotando padrões sanitários tanto para a criação do rebanho quanto para a higiene de sua produção.

A fabricação de queijo é uma tradição diária nas regiões produtoras. Apenas na sexta-feira da Semana Santa ele não é feito, quando o leite é distribuído na vizinhança e destinado ao doce de leite e às quitandas. O Iphan inventariou as regiões da cidade histórica do Serro, a Serra da Canastra e Serra do Salitre, onde predominam fazendas que mantêm a tradição do artesanal queijo mineiro. O pedido de registro imaterial foi entregue ao Iphan pela Secretaria de Cultura de Minas, em conjunto com a Associação de Amigos do Serro. O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) já havia reconhecido, em 2002, a técnica de fabricação do queijo como patrimônio imaterial.

De acordo com o Iphan, a partir do registro, o instituto irá apoiar a comunidade na elaboração de uma política de incentivo da tradicional prática. A expectativa é que as ações de salvaguarda da cultura queijeira envolvam projetos de educação patrimonial e qualificação profissional dos atores envolvidos. Conforme a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), o Estado produz mais de 26 mil toneladas somente de queijo artesanal por ano.

As informações são da Agencia Estado.

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JOSÉ MARIA DA COSTA

SERRA DO SALITRE - MINAS GERAIS

EM 26/05/2008

A produção de queijo em minha região é centenária, mas o queijo era fabricado em pequena quantidade e a nível familiar. De aproximadamente 25 anos para cá, a produção cresceu em progressão geométrica, passando de familiar para um certo nível de produção econômica, embora continue artesanal e somente possa ser fabricado com leite crú e cura natural, para não modificar sua qualidade e caracteristicas organolépticas (sabor e odor), originais de produção.

Hoje são produzidos nos municípios de Serra do Salitre, Cruzeiro da Fortaleza e distrito de Brejo Bonito, Carmo do Paranaíba, Ibiá, Guimarânia e Patrocínio, aproximadamente 400 toneladas por semana. Nessa região é fabricado o melhor queijo artesanal do Brasil (conhecido em BH como queijo Canastra e em SP com queijo Mineiro).

Hoje, milhares de famílias desta região dependem da renda da fabricação do queijo para sobreviver, situação esta que contrasta com a má vontade de certos promotores públicos, quando estão usando de todos o subterfúgios para impedir a comercialização deste produto no mercado de Belo Horizonte e principalmente no tradicional Mercado Central de BH.

Alegam, que o queijo não possui condições sanitárias na produção e que possui um nível de contaminação impróprio para consumo. Afimativa esta que contrasta com a centenária tradição de consumo, onde ninguem teve qualquer tipo de problema de saúde, muito pelo contrário. é um alimento nobre e de alto valor nutritivo, por ser originado do leite.

Se essa situação persistir, será um caos para as famílias que dependem da fabricação artesanal do queijo para sua sobrevivência. Esperamos então, que com a iniciativa do Iepha/MG e do Iphan, possamos ter esperança de não tornar proibida a venda do queijo, pelo menos em nosso estado.
RAIMUNDO FRANCISCO DE SOUSA

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/05/2008

Parabenizo os queijeiros artesanais de Minas Gerais e as autoridades que compreenderam a importância do negócio e concederam a conquista; todavia, também recomendo que sejam implementadas ações que garantam a qualidade do produto e o respeito às questões de segurança alimentar e higiene produtiva.

Raimundo Sousa
JOSÉ CÉSAR DIAS

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/05/2008

Cumprimento a Secretaria da Cultura de Minas Gerais e O Iepha/MG por conseguirem do Iphan o reconhecimento do Queijo Minas. Sou natural de Bambui, região da Serra da Canastra e sei como este reconhecimento é importante para os queijeiros mineiros. É necessário agora que as associações, os sindicatos, a Emater e os demais órgãos públicos e particulares se dediquem a orientar os produtores artesanais quanto ao esmero necessário com a boa higiene da produção, a fim de se manter a qualidade que tornou famoso o queijo minas. Parabéns produtores mineiros. Saibam que existem produtores em outros estados que também fabricam o queijo minas de muito boa qualidade.
RICHARD JAMES WALTER ROBERTSON

RIO VERDE DE MATO GROSSO - MATO GROSSO DO SUL

EM 17/05/2008

Valorizando a cultura e a importância desta conquista para os produtores mineiros, gostaria de saber como o queijo "caipira" se enquadra em termos de segurança alimentar. Tenho curiosidade de saber se esta iniciativa não pode culminar com uma grande produção de queijos não certificados pelo Brasil afora. Esclareço que sou produtor, incentivador da cadeia mas também preocupado com a possibilidade de ingestão de patógenos e resíduos nestes produtos, caso não haja sério controle e certificação nas propriedades produtoras.

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