ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Qual a pegada hídrica da produção de leite a pasto no Brasil?

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 04/02/2014

3 MIN DE LEITURA

1
0


O Brasil é rico na disponibilidade de água doce, mas essa água está distribuída de forma desigual no território e as regiões de concentração de produção animal não são as que possuem as maiores disponibilidades de água. Portanto, preservar e conservar o recurso em quantidade e qualidade é estratégico e fundamental para o desenvolvimento pecuário. Mas como fazer isso sem conhecer o quanto de água é consumida para se produzir um litro de leite ou um quilograma de carne e sem conhecer os fluxos hídricos dos sistemas de produção?

Com o objetivo de responder as essas questões a Embrapa Pecuária Sudeste, unidade descentralizada de pesquisa agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em parceria com a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, Leibniz-Institute for Agricultural Engineering, Water Footprint Network, The Nature Conservancy, Marfrig S/A e Agrindus S/A Empresa Agrícola Pastoril irão conduzir o projeto “Pegada hídrica dos produtos carne e leite” financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A pegada hídrica de um produto é definida como o volume de água consumido, direta e indiretamente para produzir o produto. A principal vantagem do método frente a outras métricas é que ele calcula a água efetivamente consumida e não a água captada. A pegada é uma ferramenta analítica que auxilia no entendimento de como o produto se relaciona com a água. Cabe ressaltar que o mais importante não é o valor final da pegada, mas as informações que o cálculo gera e que possibilitam uma melhor gestão dos recursos hídricos nas propriedades e nas cadeias de produção. Assim, o valor da pegada é uma atividade meio, devendo ser o objetivo final o manejo hídrico.

Os estudos mostram que para se produzir um quilograma de leite consome-se 1.020 L de água (Mekonnen e Hoekstra, 2010). Mas esse valor é uma média global, o que implica que foram feitas várias padronizações para se ter o resultado. A precisa pegada deve ser calculada para cada sistema produtivo, pois irá depender do local onde o sistema está localizado, o tipo de animal, a composição e origem dos alimentos e as formas de uso da água (dessedentação, irrigação, resfriamento, lavagem).

O projeto desenvolvido pela Embrapa e parceiros irá ter como base o sistema de produção de leite típico do Brasil, ou seja, a pasto, e todos os cálculos serão feitos com base na realidade produtiva nacional. Além disso, o projeto validará intervenções nutricionais (dietas com menores concentrações de nitrogênio e fósforo) e tecnológicas (captação da água da chuva, reuso da água e utilização do efluente da ordenha na irrigação de pastagens) com objetivo de reduzir o valor da pegada hídrica e melhorar a eficiência de uso da água. Essas ações são inovadoras, considerando os estudos feitos até o momento, pois irão considerar a realidade local e propor formas de tornar o uso da água mais eficiente.

Por seu caráter multidisciplinar e sistêmico a proposta promoverá impactos positivos nas três dimensões da sustentabilidade.

Na dimensão ambiental destaca-se: conhecer o consumo das águas verde, azul e cinza; estabelecer indicadores de desempenho hídrico; calcular a pegada hídrica dos produtos, desenvolver conhecimentos e aperfeiçoar indicadores para a integração dos instrumentos de gestão de Política Nacional de Recursos Hídricos.

O projeto trará os seguintes benefícios ao setor e à sociedade: internalizar a água em suas três dimensões (recurso natural, insumo e alimento); estabelecer boas práticas hídricas; reduzir os conflitos entra a cadeia produtiva e a sociedade e com os atores externos; formular políticas e subsidiar o estabelecimento de metas de redução da demanda hídrica; auxiliar na formulação de zoneamentos e programas de gestão da água; capacitar recursos humanos para a utilização das ferramentas metodológicas e avaliação hídrica dos produtos.

Na dimensão econômica, o projeto gerará conhecimentos do custo da água sobre os produtos, disponibilizando ferramentas que promovam o gerenciamento econômico do recurso natural.

Dentre as primeiras ações do projeto está a realização do III Simpósio em Produção Animal e Recursos Hídricos – III SPARH. O evento é aberto ao público e irá acontecer nos dias 20 e 21 de março na cidade de São Carlos (SP). Os interessados devem se inscrever com antecedência.
 

1

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

ALEXANDER GOMES FRANCO

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 05/02/2014

NOSSO CLIMA, NOSSA ÁGUA!



A gestão e economia, bem como a autonomia frente aos recursos naturais e energéticos, determinarão a saúde e o tempo de vida das atividades de produção.



Parabéns Milk Point pelas iniciativas de propagação de boas práticas na produção!




Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures