Propriedades mineiras podem receber certificação inédita

Em Coronel Pacheco e Piau (Zona da Mata), Minas Gerais, duas fazendas leiteiras podem receber o "Certificado de Propriedades Livres de Brucelose e Tuberculose", inédito no estado.

No mês de junho foi solicitada a certificação ao órgão estadual de defesa sanitária animal (IMA) encarregado pelo Mapa para exercer as funções em Minas Gerais.

A certificação é uma ferramenta que os produtores devem utilizar para agregar valor a seus produtos.

De acordo com Altino Rodrigues Neto, diretor-geral do IMA, o objetivo é criar um número significativo de propriedades certificadas no Estado e no país que possam oferecer ao consumidor produtos de baixo risco sanitário.

O Mapa realizará nas propriedades testes com intervalos de 30 e 120 visando identificar animais problemáticos antes da certificação, sacrificando os animais que estiverem infectados.

Os exames sorológicos para brucelose serão feitos em fêmeas com idade igual ou superior há 24 meses. Os testes serão repetidos em todo o rebanho até alcançar três respostas negativas consecutivas.

Os testes alérgicos de tuberculização intradérmica serão realizados em animais com idade igual ou superior a seis meses. No caso da certificação de propriedade livre, a sorologia deve ser realizada em todos os animais.

Para a certificação de propriedades monitoradas os testes serão feitos por amostragem, sendo o procedimento utilizado para os animais de corte.

Segundo Therezinha Bernardes Porto, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal do IMA, cabe ao instituto fiscalizar as propriedades durante o processo de certificação, acompanhando a colheita dos testes e o encaminhamento ao laboratório do IMA.

Em casos de resultados positivos o exame deve ser repetido e em caso de confirmação laboratorial o animal será sacrificado e incinerado na propriedade ou enviado para sacrifício em frigorífico com inspeção federal, relata Therezinha. "É indispensável um trabalho preventivo e contínuo, para evitar grandes prejuízos aos proprietários rurais", afirma ela.

Serão exigidos dois testes negativos para a entrada de animais na propriedade, se não forem provenientes de propriedades livres.

A possibilidade de o território mineiro abrigar as primeiras propriedades livres para Brucelose e Tuberculose é o resultado de um processo iniciado em 1994 no Estado.

"O Estado foi pioneiro no combate a Brucelose e a Tuberculose. Primeiro conseguimos, a redução da prevalência das doenças. Agora avançamos no processo de certificação. Além do estímulo a outras propriedades, Minas se firma como referência para outras regiões", comemora o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto.

Fonte: Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), adaptado por Equipe MilkPoint