Produtos Parmalat estão voltando às prateleiras

Publicado por: MilkPoint

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A Parmalat está voltando ao mercado aos poucos, tentando reconquistar o espaço perdido nos últimos meses para marcas de leite longa vida como Paulista, Elegê, Nilza, entre outras. A distribuição ainda é irregular, segundo os supermercados, principalmente em redes menores, mas os produtos já são encontrados em um número maior de pontos-de-venda.

"O peso do nome Parmalat tem fôlego para o retorno, mesmo depois de toda a crise", analisa o vice-presidente de Economia da Associação Paulista dos Supermercados, Martinho Paiva Moreira. Cerca de 70% dos produtos da marca, observa, já voltaram às prateleiras. Para uma grande rede do setor, a empresa parece mais interessada nos leites especiais, com ferro, vitaminas ou baixa lactose, de maior valor agregado. Mas a força para impor preços, dizem os varejistas, não é mais a mesma.

Para a diretora da Central de Compras Supervizinho, Lucia Morita, a Parmalat não tem ainda a variedade de produtos anterior à crise e deixou de balizar o mercado pelo preço. "O leite caiu de 15% a 20%", diz o diretor-administrativo da Bergamini, José Carlos Batista. "Ficamos cinco meses sem leite Parmalat e marcas como Paulista, Long e Italac ocuparam o espaço", conta.

Dados da ACNielsen revelam que a Parmalat era líder em vendas e marca antes da crise. Hoje, ela partilha o mercado em vendas com a Elegê, no sul do país, e com Italac e Nilza no Rio e São Paulo. Mas é o nome mais lembrado em leite longa vida, diz a ACNielsen.

Expansão

De 1998 a 2003, o volume de leite longa vida aumentou 38% e o tipo pasteurizado caiu 28%, segundo levantamento da Latin Panel. O segmento longa vida representa 45,60% do volume total de leite comprado por domicílios e está presente em 75% das casas.

Pesquisa sobre o mercado de leite da Gouvêa de Souza, consultoria especializada em varejo, realizada em abril, época de desabastecimento da Parmalat, mostrou que a marca agregava atributos positivos e era forte nas regiões metropolitanas. Na época, em estudo nacional da revista Supermercado Moderno, sobre as três marcas de leite mais vendidas, segundo os varejistas, a participação da Parmalat era de 19,85%, queda de três pontos porcentuais ante 2003. O estudo mostrou crescimento de marcas como Líder, Itambé, Frimesa e Nilza.

Nenhuma marca ocupou totalmente o vácuo deixado pela Parmalat no primeiro semestre, mas todas se beneficiaram e ganharam mercado, informa o varejo. Segundo uma grande rede de supermercados, a participação da Parmalat nas vendas de leite era de 25% antes da crise. Agora é de 13%. E não tem volume suficiente para grandes promoções. "Com a redução de ofertas, ela se equipara a outras de primeira linha", diz um supermercadista.

Na rede Futurama, os leites Parmalat chegam com irregularidade. "Quando é colocado na prateleira, vende rapidamente, mas marcas como Paulista, Leco, Nilza e Elegê cresceram e vão bem", diz o gerente geral, Antonio Pereira de Sousa.

Embora com presença nacional, a Parmalat tem força maior no mercado paulista, revela a pesquisa da Gouvêa de Souza. Além de participação diferenciada conforme regiões do País, as marcas têm variações de venda conforme o bairro. "O leite é uma commodity e, em regiões de menor poder aquisitivo, o preço predomina no volume de vendas", diz Martinho Paiva Moreira.

Fonte: O Estado de S.Paulo (por Vera Dantas), adaptado por Equipe MilkPoint
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