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Produtores de leite da Argentina denunciam Governo por controle de preços

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 24/04/2003

3 MIN DE LEITURA

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Os produtores de leite da Argentina denunciaram o Governo por aplicar um "controle de preços indireto" ao permitir a importação de leite do Uruguai, e questionaram se esta abertura não se trata de uma "manobra política" para manter os valores "baratos antes das eleições".

O presidente da União Geral dos Produtores de Leite (UGT), Guillermo Draletti, duvidou também da qualidade dos 500 mil litros de leite que seriam importados da empresa uruguaia Conaprole, ao dizer que o produto "é um estoque remanescente e acumulado que querem vender a preço de dumping antes do vencimento".

"Parece-nos que há uma manobra política com este tema. É um tema que os produtores conhecem bem há um bom tempo porque, sempre antes das eleições, se importa leite para manter o preço barato. O Governo incentiva os supermercados a importar leite subsidiado do Uruguai e, quando queremos entrar (no país vizinho), nos colocam preços com tarifas".

Neste sentido, a instituição está exigindo do Governo argentino um controle de qualidade do leite, já que, segundo ele, "trata-se de leite longa vida acumulado, porque é um estoque de primavera-verão que querem vender a preço de dumping", antes dos comícios de domingo, dia 27.

A polêmica mais recente no setor leiteiro da Argentina lembra o início de 2002, quando os produtores de leite concretizaram um plano de luta que consistiu em uma greve, com bloqueios de caminhões na saída e entrada das indústrias, em protesto visando o aumento do preço pago pela matéria-prima - na época, 25 centavos de pesos (8,5 centavos de dólar) o litro. Neste momento, não se chegou a um acordo com a indústria e o Governo tardou a subir o preço do leite para 37 centavos de pesos (12,59 centavos de dólar), o que não convenceu os produtores.

Hoje, o preço é de 40 centavos de pesos (13,61 centavos de dólar) o litro e pode subir de acordo com a qualidade, e nos supermercados, o preço é de 1,20 a 1,40 peso (40,84 e 47,65 centavos de dólar) o litro. Em média, 30% das propriedades leiteiras deixaram de produzir e se dedicaram a uma atividade mais rentável, como a produção de soja.

SanCor e Milkaut disseram que não compram leite uruguaio

Cerca de 150 mil litros de leite longa vida já entraram na Argentina nos últimos dias e a previsão é de que, em pouco tempo, sejam importados mais 1 milhão de litros.

O dado foi fornecido na quarta-feira pelo responsável pelo Programa Nacional de Política Leiteira, da Secretaria da Agricultura do país, Juan José Linari, durante a reunião que a Mesa Interprovincial de Leiteria realizou em São Francisco e cujo tema central foi a preocupação que o setor de produção exibiu devido à questão da importação.

Apesar de os produtores terem alertado para a gravidade desta decisão, ficou claro que, no momento, a importação de leite somente está sendo realizada pela cadeia de comercialização, já que as empresas lácteas - especificamente as localizadas na região central do país - negaram que tenham a intenção de importar leite do Uruguai.

"Levantamos a preocupação de nossos associados porque há fortes comentários de que algumas empresas da região estariam importando leite", reconheceu o presidente da Federação de Centros Produtores de Leite, Gustavo Colombero.

Durante o encontro em São Francisco, Linari deixou claro que a importação de leite uruguaio da cooperativa Conaprole é uma "operação legítima" já que "se trata de abastecer um mercado interno ampliado".

O presidente das Confederações das Associações Rurais da Província de Santa Fé (Carsfe), Nestor Vittori, reconheceu que, frente à queda registrada na produção argentina, "é evidente que a produção não poderá abastecer o consumo interno". Segundo ele, como é possível importar sem tarifas pelo Mercosul, teme-se que esta atividade se transforme em um pólo de triangulação para fugir das tarifas da importação direta.

Na quarta-feira, tanto a SanCor como a Milkaut deixaram claro que não estão importando leite. "Até o momento, não efetuamos nenhuma operação de importação de leite. É verdade que o produto está escasso porque, além da queda estacional, existem outros fatores, como o crescimento da produção de leite marginal, mas não estamos importando", informou um porta-voz da SanCor.

O gerente geral da Milkaut, Federico Eberhardt, explicou que "por uma questão de competitividade, não é tão simples importar leite em volumes significativos. Que tenham entrado 500 mil litros de leite longa vida, quando aqui se consomem 30/40 milhões de litros por mês, é irrelevante. O Estado deveria estar atento para que não entre leite privilegiado, mas não acho possível que a indústria importe".

Em 17/04/03 - 1 Peso Argentino = US$ 0,34037
2,938 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)


Fonte: Lechería Latina, adaptado por Equipe MilkPoint

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