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Produtores chilenos querem regulamentação mais severa para importações

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 23/05/2001

3 MIN DE LEITURA

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O vice-secretário da Agricultura do Chile, Arturo Barrera, rechaçou a possibilidade de criação de uma "Lei do Leite", solicitada pelos produtores chilenos para regulamentar melhor o setor. Segundo Barrera, a proposta foi negada por não estar de acordo com as normas determinadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Uma das preocupações dos produtores está relacionada às salvaguardas que regem o produto, que expiram em 13 de julho. Este tem sido o único meio com que os produtores de leite contam para se proteger das importações. Atualmente, as salvaguardas se aplicam somente ao leite fluido e em pó, sem abranger os derivados, tais como os queijos.

O novo presidente da Federação de Produtores de Leite do Chile (Fedeleche), Fernando Becker, disse que o preço pago pelas cinco maiores empresas aos produtores caiu para US$18,25/100 litros. Segundo Becker, isto implica no futuro desaparecimento da produção leiteira, "se não forem estabelecidos mecanismos que impeçam a importação excessiva de leite".
As duas maiores empresas concentram, juntas, 52% do mercado de leite - a Soprole, com 28% e a Nestlé, com 23%. As outras três empresas, Loncoleche, Colún e Parmalat, controlam 34% do mercado. Somadas, as cinco detêm 85% do mercado. Becker destacou ainda que as importações nos primeiros dois meses desse ano chegaram a US$10 milhões, "o que provocou uma queda no preço pago ao produtor, porque, com as importações massivas, impõe-se um determinado preço à produção leiteira nacional". A Fedeleche se opõe a um tratado de livre comércio com os Estados Unidos e a Nova Zelândia, por se tratarem de países cujos governos subsidiam as exportações e contam com vantagens tecnológicas.

"Não buscamos proteção, mas sim, um sistema de regras claras que regule o excesso de importação e o prejuízo a um setor no qual são feitos grandes investimentos e que mantém uma preocupação permanente pelo melhoramento genético do gado e pela qualidade do produto", disse Becker.

O consumo de leite no Chile chega a 120 litros per capita por ano, "mas é possível que aumente para 250 litros, se forem dadas à atividade as condições necessárias", concluiu ele. O setor emprega mais de 100 mil pessoas, além de aproximadamente 13 mil produtores.

Situação crítica

Os produtores de leite do Chile acusam as indústrias processadoras de pagarem preços abaixo das condições de mercado.

A Associação dos Produtores de Leite da Província de Ñuble (Aproleche-Ñuble) aguarda uma confirmação da empresa Parmalat-Chillán, de que não estaria disposta a pagar mais pelo produto durante a temporada de outono-inverno de 2001 (iniciada em 11 de maio).

Em abril, a Aproleche pediu à Parmalat-Chillán um preço base de US$17,09/100 litros para a temporada atual (no ano 2000, a média de preço no país estava em US$17,34/100 litros). O pedido baseia-se no fato do custo alternativo de importações de leite estar atualmente em torno de US$29,86/100 litros, em circunstâncias em que o preço médio pago ao produtor chileno está em torno de US$18,91/100 litros, quase 40% menor do que o do produto importado. Além disso, as importações de leite em pó do primeiro trimestre foram 225,4% superiores às do mesmo período do ano 2000, o que implica que a indústria está necessitando de matéria prima, já que, em média, pagou preços 25% mais caros do que na temporada anterior.

Os produtores de leite chilenos consideram que a produção no inverno historicamente tem tido um custo maior e que a indústria não tem bonificado de maneira suficiente. O cenário complica-se ainda mais considerando a alta de 20% no preço dos alimentos concentrados - imprescindíveis para sustentar a produção no inverno - e o aumento do preço dos fertilizantes e sementes. Além disso, o petróleo está com preços 53% mais altos do que no mesmo período do ano passado.

O complexo quadro de rentabilidade pelo qual atravessa o setor leiteiro chileno arrasta-se desde o final da década de 80. o preço vem caindo desde aquela época, fazendo com que a rentabilidade média de muitos produtores fique negativa. A situação mais crítica ocorreu em 1999, quando o preço do leite caiu até atingir o valor de US$13,94/100 litros, nível mais baixo da história.

De acordo com estudos realizados pela Fedeleche, os preços pagos pela indústria processadora aos produtores deveriam ter um aumento de 15 a 20%.

fonte: El Mercurio, adaptado por Equipe MilkPoint

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